body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Os desafios do Flamengo com ou sem Rogério Ceni  

Por Joedson Telles

Ainda sem condições de mandar seus jogos na capital Rio de Janeiro, por conta da Covid-19, o Flamengo entra em campo, nesta quarta-feira, dia 31, às 21 horas, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, pela primeira vez com seu time principal.  O jogo será contra o Bangu pela sétima rodada da Taça Guanabara do Campeonato Carioca.

Líder da competição, com 13 pontos, o Flamengo tem objetivos muito maiores que conseguir o tricampeonato estadual, em 2021: o time comandado pelo técnico Rogério Ceni não apenas buscará o tricampeonato brasileiro seguido (o nono na história) e a Copa do Brasil como também sua terceira Taça Libertadores da América – passaporte para entrar na briga pelo bicampeonato mundial. Os desafios são todos possíveis.

Não é exagero afirmar que o Flamengo tem o melhor elenco do futebol da América do Sul. Some-se a isso o peso da camisa, o tempo que o time é o mesmo – ou que sofreu pouquíssimas mudanças -, a estrutura financeira que assegura pagar em dia e a possibilidade de voltar a contar com sua grande torcida nos estádios. O conjunto da obra é privilégio.

Evidente que futebol se ganha dentro de campo, mas, ao menos na teoria, o Flamengo larga bem à frente de quase todos adversários, e tem quase tudo para fazer uma grande temporada.

Não tem tudo porque, apesar da conquista do Brasileirão do ano passado sob a sua batuta, o técnico Rogério Ceni ainda soa uma incógnita. Parte considerável da torcida ainda o coloca em xeque. Duvida da sua capacidade de devolver ao Flamengo o brilho que fez do treinador português Jorge Jesus um ídolo.

Nesta temporada, Rogério não terá a seu favor a desculpa que pegou o trem andando. Além da experiência amealhada nos cinco meses que está como treinador, e lhe permitiu conhecer cada atleta, ele teve direito à pré-temporada, para implementar suas ideias, sua filosofia de jogo e fazer os devidos reparos.

Com o reforço do zagueiro Bruno Viana, que vem jogando de terno, Ceni pode, por exemplo, eliminar um dos maiores problemas do time na temporada passada: a fragilidade da zaga.

A lentidão e falhas sucessivas de Gustavo Henrique e a falta de futebol do Léo Pereira provocaram derrotas que comprometeram objetivos. A improvisação do volante Arão no setor e o retorno de Rodrigo Caio salvaram o Brasileirão, ratificando o problema flagrante.

Evidente que não é possível julgar de forma açodada o ano de Ceni no jogo desta noite contra o Bangu. É a sua estreia na temporada, e o futebol sempre requer ajustes.

Entretanto, os sinais estarão à disposição dos mais atentos. Escalação, mexidas, postura em campo, jogadas ensaiadas, intensidade…  É possível fazer a leitura e ter uma ideia de como será o ano do Flamengo com Ceni como treinador. Se ele corresponderá às expectativas frente aos desafios ou se precisará ser substituído.

 

Modificado em 31/03/2021 09:46

Universo Político: