body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

O açodamento de querer medir a força eleitoral de Galeguinho hoje

Por Joedson Telles

Desperdiçam tempo – próprio e alheio – por ingenuidade (quiçá inaptidão?) à medida que semeiam devaneios que não levam a lugar algum ou agem conscientes, mas à sombra do escopo de ludibriar desavisados? E quais seriam os exatos interesses neste segundo caso? Refiro-me ao fato de se tentar medir a força eleitoral do vice-governador Belivaldo Chagas, precocemente, num suposto projeto de disputar as eleições 2018 para governador.

Bolas! Não existe – e nem poderia existir – candidatura a qualquer cargo, faltando mais de um ano para as eleições. Sequer é permitido pela legislação eleitoral fazer propaganda. É verdade que os políticos jamais deixarão de ser inquietos. Dão o “jeitinho brasileiro” sempre.

Todavia, não há campanha nas ruas. Cartazes, santinhos, números de candidato, músicas, caminhadas e carreatas, coligações fechadas. Muito menos político colocando a cara na TV. A voz no rádio, mantendo vivo o horário destinado à propaganda eleitoral gratuita.

É verdade que sempre existem “as conversas”. Visitas. Pré-acordos. Galeguinho não está parado. Mas nada de concreto. Ou pouca coisa a se confirmar. Até pesquisas que estão sendo divulgadas, neste momento, exceto para enganar a faixa do eleitorado que nutre dificuldade de pensar só servem mesmo para assegurar uma grana a mais para quem faz o trabalho. Mas de real é zero à esquerda.

Como já disse neste espaço, muita coisa ainda vai acontecer ou deixar de acontecer para que haja definições. E, exceto o tempo, ninguém, por maior liderança que tenha, por mais inteligente que seja conseguirá mudar o script. A permanência ou não de Michel Temer até o fim do mandato, a reforma política sair ou não do papel, a prisão ou não de Lula, que em escapando somente não será candidato a presidente se morrer antes e outros pontos definirão o quadro político em Sergipe, nos demais estados e no Distrito Federal.

É possível, evidente, especular, torcer, chutar e até inventar fatos… É possível muita coisa. Mas definição, elementos concretos, só com o tempo. O que for dito hoje, ainda que passado em cartório, pode ser desmoralizado amanhã pela força dos fatos. Galeguinho tem tempo para construir um projeto. E o curioso é que não há novidade no calendário. Eleições após eleições já trouxeram os exemplos…

… Voltando ao início deste texto, porém, indago de pronto: como querer medir a força eleitoral do “candidato” Belivaldo Chagas sem levar tudo isso em conta? Sem o político Belivaldo Chagas sequer ter se lançado candidato por tudo que já explicamos nos parágrafos anteriores? Nem Sigmund Freud explica. É de um açodamento terrível…

Quer ver uma coisa? Anote os nomes de figuras que sutilmente ou não tentam tirar Belivaldo de cena, neste momento. Que querem testar suas forças antes do tempo. Lá na frente, ao que tudo indica, o governador Jackson Barreto se afastará definitivamente do governo para se lançar pré-candidato ao Senado. Ok?

Aí será o momento perfeito para se começar a analisar o quadro. Governador, de fato e direito, Belivaldo terá a caneta. Os prefeitos dependendo do seu governo e outras coisas de praxe na política que costumam mudar da água para o vinho certos comportamentos. Aí, sim, será o momento de se testar Belivaldo. E o que dirão os apressados que ajuízam ao vento neste instante?

Dirão os pessimistas que serão poucos os meses que Belivaldo estará no poder. E é verdade. Todavia, com habilidade, neste curto espaço de tempo é possível se fazer o suficiente para garantir o êxito do projeto. Ter um governo na mão faz diferença. E, se o governo melhorar até lá, sobretudo se conseguir se livrar dos gargalos, como a desarmonia com o servidor público, a futura chapa governista pode colher bons frutos. Ou estou exagerando?

Claro que pode. Inclusive porque, a esta altura, candidato a senador, Jackson jamais romperá com o governador de plantão. E se já assistimos a Jackson Barreto eleger políticos de bem menos expressão, de bem menos densidade eleitoral, bem menos conhecido, sem estar sentado na cadeira de gestor, como, por exemplo, João Augusto Gama, só muita má vontade para se colocar Galeguinho em xeque precocemente. É factual. Só não enxerga quem não quer. Ou quem não tem discernimento suficiente para juntar as peças do quebra cabeça.

Modificado em 09/08/2017 05:45

Universo Político: