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Havendo entendimento, Valadares não se furta disputar o governo, avalia Luciano Pimentel

Por Joedson Telles

O deputado estadual Luciano Pimentel (PSB) vale-se da prudência, ao comentar as pesquisas que colocam o senador Antônio Carlos Valadares (PSB) como o favorito para ser o próximo governador de Sergipe, se as eleições fossem hoje. Luciano ressalta que o senador Eduardo Amorim (PSC) também aparece bem nas pesquisas e que a decisão do nome da oposição será definido pelo grupo. Apesar da cautela, Luciano Pimentel vê no senador Valadares uma reserva moral num momento em que o Brasil respira escândalos envolvendo políticos. “O senador é um homem que tem mostrado, ao longo de sua vida pública, muita correção, muito engajamento nas ações que são em beneficio do estado de Sergipe. Valadares é sempre lembrado pela sociedade porque é um homem que está há 50 anos na vida pública, já foi prefeito, governador, senador, vai completar quando terminar seu mandato 24 anos no Senado, sem ninguém no Brasil ter levantado uma única suspeição sobre ele. Isso aliado à sua capacidade técnica coloca o senador numa condição muito favorável para a disputa de uma eleição para governador”, assegura Luciano Pimentel. “Os partidos que, hoje, estão juntos, havendo um entendimento, eu tenho certeza que o senador não se furtará a ser pré-candidato a governador.”

As pesquisas que colocam o senador Valadares como favorito para a disputa do Governo do Estado motivam o PSB a incentivar a pré-candidatura?

A oposição tem apresentado excelentes indicadores, no que se refere aos índices dos prováveis candidatos, seja o senador Antônio Carlos Valadares, seja o senador Eduardo Amorim. Eu entendo que o senador Valadares, pela sua experiência e pela sua vida política, e hoje eu percebo no interior e nos lugares que eu frequento que há muito boa vontade da classe política e da população em geral em fomentar a sua candidatura a governador do Estado, e as pesquisas mostraram ele com alto índice de aprovação.

Isso se deve à sua conduta como homem público?

O senador é um homem que tem mostrado ao longo de sua vida pública muita correção, muito engajamento nas ações que são em beneficio do estado de Sergipe, e, no momento que a classe política passa no Brasil descrédito, tantas revelações, de certa forma, um nome como o senador Valadares é sempre lembrado pela sociedade porque é um homem que está há 50 anos na vida pública, já foi prefeito, governador, senador, vai completar quando terminar seu mandato 24 anos no Senado, sem ninguém no Brasil ter levantado uma única suspeição sobre ele. Isso aliado à sua capacidade técnica coloca o senador numa condição muito favorável para a disputa de uma eleição para governador.

O senhor sente no senador esta pré-disposição, deputado?

O senador Valadares tem dito sempre que é pré-candidato à reeleição. Mas ele está atento ao sentimento do povo sergipano. Os partidos que, hoje, estão juntos, havendo um entendimento, eu tenho certeza que o senador não se furtará a ser pré-candidato a governador, e, com certeza, terá uma grande vitória no Estado de Sergipe. Fará uma administração esplendorosa, pensando o futuro de Sergipe. Até pela sua capacidade de articulação, com o conhecimento que tem em Brasília, traria muitos investimentos de grande significado para o estado. Entendo também que se a decisão for pelo nome do senador Eduardo Amorim, as oposições estarão todas unidas no sentido de buscar elegê-lo, que é hoje muito bem lembrado para o Governo do Estado.

As pesquisas motivam o PSB a incentivar o senador Valadares a disputar o governo?

O senador é um homem muito ético, correto, de compromisso. O PSB está junto do PSC, PSDB, e dentro dessa conjugação de forças políticas eu acho que o senador Valadares só irá se pronunciar se houver um entendimento entre os partidos que podem dar sustentação a essa eventual candidatura. Mas há um clima muito favorável no PSB no sentido de o senador Valadares aparecer bem nas pesquisas, e uma certeza grande que uma candidatura dele ao governo é bem vinda e exitosa.

As falhas, os problemas do atual governo ajudam no crescimento deste sentimento por uma pré-candidatura de Valadares?

O senador Valadares foi um homem que lutou muito para que Jackson Barreto fosse governador do Estado. Ele chegou a se indispor com a direção nacional do PSB, com o nosso saudoso Eduardo Campos, que não queria uma aliança do PSB local com o governador Jackson Barreto. Chegou haver um rompimento. Eduardo Campos chegou a dizer a Valadares que na sua candidatura a presidente da República passaria por Sergipe por cima. Ele não fez campanha aqui contrariado com a decisão de Valadares. No momento do segundo turno nas eleições presidenciais, o PSB nacional decidiu por apoiar Aécio Neves. O PSB de Sergipe já tinha contrariado a decisão do partido em nível nacional na eleição de governador. Se já havia contrariado a decisão para governador e na decisão para presidente passa a contrariar novamente o partido ficava difícil, inviável politicamente para o PSB daqui não apoiar a nacional. Isso motivou uma reação inesperada do governador Jackson Barreto, rompendo com o senador Valadares e com o PSB. Isso aconteceu de forma inexplicável porque não havia motivos para a reação que o governador teve em relação ao PSB, visto que o PSB tinha contrariado a direção nacional para lhe apoiar.

O caminho estava pavimentado para a oposição…

Com essa ruptura, o senador foi para oposição. É um homem muito inteligente, que sabe da política, que não tem telhado de vidro. Eu acho que o nome dele é o mais forte, a postura política dele, a seriedade, a serenidade em alguns momentos, saber o momento exato de decidir… O momento que o Brasil passa hoje, com delações, a gente fica muito feliz em ver o nosso senador que está no Congresso Nacional há tantos anos ser uma reserva moral não só do nosso Estado, mas do Brasil. É um exemplo que a classe política precisa se inspirar. Eu me recordo que, na última eleição de senador, muitos colegas do senador Pedro Simon (PMDB/RS) buscavam o senador para fazer uma gravação e ele evitava gravar para outras pessoas, mas procurou o senador Valadares para dizer que ele não pediu, mas queria gravar com ele. Isso é um testemunho que eu estou dando que aconteceu. Ele é reconhecido em todo o Congresso Nacional e a sociedade, hoje, busca nomes desta forma, que buscam o governo para servir ao povo e não para se servir no governo. O senador Valadares tem a característica de trabalhar em serviço da sociedade. Não tem nenhum tipo de interesse pessoal. Ele é uma reserva moral que temos e isso honra a todos nós que fazemos o PSB.

Como o senhor tem acompanhando a situação de Brasília?

É muito triste, hoje, ao que assistimos no nosso país porque estamos vendo a classe política cada vez mais desmoralizada, denúncias no Judiciário, Executivo, Legislativo, a comunidade internacional olhando o Brasil com um olhar de certo desprezo porque não somos referência para nenhum país no mundo. Isso é muito triste. Eu vim de Brasília, na semana passada, quando eu fui para uma audiência com o ministro das Cidades, Valadares Filho, o senador Valadares e o ministro da Educação, e, no desembarque do Aeroporto, o deputado que tivesse uma identificação que era parlamentar era vaiado, chamado de corrupto, de toda ordem possíveis de palavrões. Alguns daqueles que passaram poderia ser até alguém envolvido nesses escândalos que estão sendo apurados, mas muito poderiam ser pessoas sérias que realmente tenham respeito. Mas, para população, está chegando na vala comum.

Ao fundo do poço…

Isso é muito ruim para classe política, inclusive pode afastar as pessoas da política porque não querem se expor. Pessoas que querem trabalhar, mas tem receio. Muitos não querem ver a família passando por constrangimentos. A forma hoje que a política está sendo feita no Brasil está muito difícil. A gente vê esses escândalos na JBS e é um absurdo. Aécio Neves pedindo dinheiro, o presidente da República envolvido. Não faz bem e isso deixa nosso país muito fragilizado internacionalmente. As pessoas passam a não acreditar no nosso país. Mudou o governo, achávamos que a economia iria melhorar. Começou a dar sinais de melhoria, uma equipe econômica muito bem escolhida.  Mas estamos numa quadra muito triste, e a gente não está vendo hoje o futuro do país. Eu não sei quem eu posso dizer que será o presidente da República no país. Não tem um nome, uma liderança para dizer que vai colocar o país nos rumos. Por isso que em Sergipe temos uma grande possibilidade de ter uma substituição de um quadro político por um nome de grande significado.

Modificado em 30/05/2017 21:15

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