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Valadares costura apoio à pré-candidatura de Mendonça ao governo

Por Joedson Telles

Se o senador Antônio Carlos Valadares e o deputado federal Valadares Filho derem um “chega pra lá” no projeto Eduardo Amorim/André Moura e o PSB tomar novos caminhos só surpreenderá mesmo os menos atentos. O senador, que já provou ter frieza para pular do barco deixando cargos para trás, como fez quando rompeu com o governador Jackson Barreto, óbvio que não morre de “amor zero 800” pelo bloco que esteve ao lado do então candidato a prefeito de Aracaju, Valadares Filho, em 2016.

Aliás, o próprio Valadares já observou que a oposição ao governo Jackson não é feita apenas por ele, Eduardo Amorim e André Moura. Em boa hora lembrou que há outras almas, e citou os partidos REDE e PSTU.

Mas nada como a última do senador. Nesta quinta-feira, dia 12 de outubro, Dia das Crianças, leio no grupo Universo, no WhatsApp, o juízo do adulto Valadares: “Neste feriado, em encontro com o presidente do PPS em Sergipe, Clóvis Silveira, concordamos que existem boas perspectivas de um entendimento, mas que alianças deverão ser articuladas em 2018”, postou.

A leitura é simples e objetiva: se Valadares já disse e ratificou que só discute o processo eleitoral em 2018, se descartou a chapa sonhada pelo senador Eduardo Amorim, mesmo tendo Valadares Filho como vice, se cogitou uma terceira via com partidos de esquerda e, numa semana que Mendonça Prado anuncia uma pré-candidatura pelo PPS, vai às redes sociais armado com estes verbos, óbvio que, não tem como prioridade votar em Eduardo Amorim – ou mesmo André Moura – para governador.

Valadares não sente firmeza na pré-candidatura anunciada por Eduardo Amorim, mesmo com pesquisas açodadas lhe dando a dianteira frente à candidatura governista. Valadares também não confia no deputado federal André Moura e muito menos aceita ser liderado por ele. Está cristalino.

Como já dissemos aqui, o senador não pensa no governo. E, neste caso, a pré-candidatura de Mendonça parece cair do céu para um Valadares, visivelmente, insatisfeito com aliados do seu último palanque. No papel, note-se, podemos estar assistindo à criação de uma chapa forte, com credibilidade junto ao eleitor. Em vingando, a depender do que ofereça a dupla que faltaria para fechar o quarteto majoritário – densidade eleitoral, novas ideias, mais estrutura para a campanha, capacidade de agregar tempo de TV – seria uma das chapas com chances reais de vitória.

Martelo batido? Evidente que não. O próprio Valadares fala que “alianças deverão ser articuladas em 2018”. Mas que a possibilidade é grande, concreta e desnuda um Valadares excitado por novos desafios não há dúvida. Se não fosse assim, mesmo que o senador tivesse tido o tal diálogo com Clóvis, ainda que expectativas fossem criadas, não sentiria a mínima necessidade de jogar isso nas redes sociais. É mais ou menos aquele lugar comum da fumaça a anunciar as chamas.

P.S. Danadinho este Clóvis Silveira. Fi do canso para articular. 

Modificado em 13/10/2017 07:51

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