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Apoio de Jackson Barreto derruba candidato a prefeito de Aracaju, diz líder de João Alves

Agnaldo Feitosa afirma ainda que adversários pré-candidatos não têm expressão

Agnaldo:  cobrando um governador com pulso

Por Joedson Telles

Líder do prefeito João Alves Filho (DEM) na Câmara de Aracaju, o vereador Agnaldo Feitosa (PR) rechaça críticas feitas pelo ex-prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B) à gestão João Alves, e assegura que nenhum adversário – dos nomes ventilados até o momento como pré-candidatos – seria páreo para um suposto projeto de reeleição de João Alves em 2016. “Não existe dificuldade nenhuma porque nenhum tem expressão”, subestima, assegurando que o apoio do governador Jackson Barreto (PMDB) a um dos candidatos do seu agrupamento mais atrapalharia do que ajudaria, por conta do péssimo governo que ele vem fazendo. “A gente está precisando de um novo governador, que tenha pulso… Já disseram para o governador abrir o olho porque seu governo pode entrar para a história como o pior governo que Sergipe já teve… É articulador político, mas, se der apoio a qualquer candidato a prefeito de Aracaju, com essa imagem que o governo do Estado tem, derruba qualquer um”, diz Agnaldo. A entrevista:

Pré-candidato a prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira acredita que ele e João Alves polarizarão o debate em torno das eleições 2016. Como líder do prefeito, o que Agnaldo Feitosa pensa sobre o juízo?

Eu acho que isso cumpre bem o papel político. É um discurso de alguém que quer polarizar com o prefeito João Alves porque muitos tiram proveito da própria polarização. O ex-prefeito cumpriu seis anos e nove meses de mandato, e o bairro que ele diz que é o pai, 17 de Março, deixou sem creche, sem escola, apenas um prédio tinha caixa d’água, todos sem vaso sanitário, sem drenagem de águas pluviais, sem escoamento, sem saneamento básico. Ou seja, a única obra que o prefeito fez em relação à moradia foi totalmente capenga, feitas às pressas, tentando colocar pessoas rapidamente para dizer que criou um bairro novo no município de Aracaju – e, de forma irresponsável, entregou aquelas moradias. As pessoas passaram por diversas dificuldades, e o prefeito João Alves está corrigindo tudo isso, investindo cerca de R$ 88 milhões.

Mas Edvaldo Nogueira aponta vários problemas em Aracaju para exemplificar a falta de gestão do atual prefeito…

Passamos por uma dificuldade financeira, e isso não é surpresa para ninguém. Apenas o que nós queremos que fique bem claro é que o ex-prefeito Edvaldo Nogueira foi um prefeito que, em relação, por exemplo, ao transporte público, foi inerte. Ele não reagiu ao transporte público. Transporte ruim, capenga, com 274 ônibus que quebravam pelo menos uma vez por semana nas ruas. Uma frota velha e ele não fez absolutamente nada. Havia uma fartura financeira muito grande porque ele estava ao lado governador, de um presidente da República, que era do lado dele, mas não fez nada por Aracaju, a não ser algumas ciclovias , manter as praças limpas e o tapa buraco. Isto foi o que ele fez durante seis anos e nove meses. Ele não construiu, não estruturou. A gente precisa de obras estruturantes para Aracaju. Esse calçadão da 13 parece só uma praça, mas vocês não sabem que para fazer aquela praça foi preciso que uma grande empresa fizesse toda a drenagem daquela rua, que ainda não havia. Isso pode ser perguntado a doutor Luciano da Celi. Quando eles abriram para fazer não havia drenagem de águas pluviais. O governo Edvaldo não se preocupava com absolutamente nada. Era um governo que queria manter o que tinha e se manter prefeito. Tanto é que o povo não reconheceu a sua força como prefeito: não elegeu seu sucessor e ele mesmo não se elegeu deputado federal. O povo não quis. Edvaldo fala da qualidade de vida que não havia, que era uma farsa. O Santa Maria carecia de todo tipo de infra-estrutura, que está sendo feita agora nesse governo de João Alves, mesmo com a dificuldade financeira. Tivemos a construção do viaduto do DIA, que é do ex-prefeito, que melhorou um pouco a mobilidade urbana, mas ele deixou naquele mesmo local o terminal de ônibus debaixo do viaduto, que é uma coisa que não se explica. Eles sabem que havia uma área próxima à Codise que podia ser construído um novo terminal. Infelizmente, é triste. Ele tenta polarizar para se sentir o outro lado. Na verdade, ele não é mais o outro lado. Ele não representa mais o outro lado, o outro lado agora é das realizações. O Governo Federal que deu apoio a todas as realizações não concluídas pelo ex-prefeito Edvaldo Nogueira é o mesmo governo que deflagrou uma crise enorme no Brasil e que peca hoje com base jurídica para o impeachment por conta das pedaladas fiscais. O que eu quero dizer ao ex-prefeito é que eles não tocaram obras com responsabilidade no município de Aracaju, que é diferente do quem vem fazendo o prefeito João Alves, que mesmo com todo déficit financeiro, vem tocando alguma coisa. Com lentidão, por conta da parte financeira, mas com responsabilidade.

Edvaldo desafiou João para um debate. O que senhor pensa sobre isso?

O que Edvaldo quer é ter cartaz para polarizar. Eu aconselho ao prefeito que não vá para esse embate porque esse tipo de embate não acrescenta ao prefeito que está na gestão. Acrescenta para aquele que quer ficar como oposição e quer fazer o contraponto da política. O contraponto da política quem vai dizer é o povo no próximo ano – seja lá quem for o candidato: pode ser o senador Eduardo Amorim, João, Machado… A gente ainda não tem um nome definido para a eleição e nós acreditamos que esse grupo unido tem muito mais a dar a Aracaju do que qualquer outro grupo que seja ligado a essa presidenta, porque a gente sabe que só vai trazer tristeza para o povo brasileiro.

É mais difícil enfrentar Edvaldo Nogueira, Valadares Filho ou Ana Lúcia?

Não existe dificuldade nenhuma porque nenhum tem expressão. Valadares Filho é um deputado federal inerte, inexpressivo, não trabalha em Aracaju. Há onze anos não mora em Aracaju, não tem essa fisionomia aracajuana. O ex-prefeito Edvaldo Nogueira já mostrou a sua inexpressividade – e não conseguiu eleger seu sucessor e nem se eleger deputado. A deputada Ana Lúcia vem trazendo nas costas um fardo pesadíssimo que é trazer o PT da presidenta Dilma, o partido da maioria daqueles que estão hoje na Penitenciária Papuda. Ela teria ainda uma grande dificuldade de convencer o povo que é uma grande administradora, porque nunca foi administradora, a não ser de uma secretaria que ela entregou sob a batuta de irrelevância nas ações que tomou. O povo vai ter que botar no papel o que João Alves fez por Sergipe, por Aracaju e o que ainda pode fazer porque podemos amanhã ter um presidente do grupo, do PSDB, que venha contemplar. Vai ser muito importante que o povo entenda que Dilma não pode continuar e que teremos outros candidatos.

O apoio do governador Jackson Barreto não fará a diferença nas próximas eleições?

Já disseram para o governador abrir o olho porque seu governo pode entrar para a história como o pior governo que Sergipe já teve. Isso não pelo administrador, que já se dizia ruim quando foi prefeito de Aracaju duas vezes e não conseguiu concluir um mandato – inclusive em uma delas foi cassado. É alguém que não tem muita fisionomia política para administrar. É articulador político, mas, se der apoio a qualquer candidato a prefeito de Aracaju, com essa imagem que o Governo do Estado tem, derruba qualquer um. É um governador que não consegue pagar em dia, não consegue concluir obras. Faz um governo capenga com secretarias capengas.Tem dificuldades financeiras, como a  Prefeitura de Aracaju, mas precisa fazer algo. Se for essa imagem que o governo tem levada a cabo pelas oposições, nós temos certeza que o aracajuano saberá fazer a diferença. A oposição em Aracaju tem se mostrado raivosa. Oposição com diversas dificuldades, fazendo discursos monocráticos, como cantos gregorianos, de uma nota só. Contra tudo, inclusive quando se melhora a iluminação eles dizem que parece com o Estádio Batistão. É uma oposição que não constrói e que o povo de Aracaju saberá dar a resposta na hora certa.

Então, um suposto apoio de Jackson a Edvaldo ou qualquer outro nome é negativo? É isso?

É negativo. Quando Edvaldo foi prefeito, e Jackson deputado federal, ele não atendia Jackson. Jackson passou uma vez duas horas e meia na anti-sala do ex-prefeito para ser atendido. Eles nunca se deram bem. Agora, ele quer essa forma de fazer governo, ligada ao governador, ele se passa por amiguinho de Jackson Barreto. Na realidade, eles nunca foram amigos. Jackson Barreto nunca foi atendido em sua plenitude como deputado federal, e ele prefeito de Aracaju. Ele é uma pessoa que quando é prefeito se torna totalmente diferente. Eu tenho impressão que essa amizade vai trazer fluídos ruins. Tenho certeza que o candidato desse grupo não logrará êxito porque não tem plataforma política, não tem nesse momento um histórico político condizente e junto ao governo não tem uma história momentânea, contemporânea que possa justificar o apoio a nenhum tipo de candidato. O Governo do Estado nesse momento não tem história para apoiar nenhum tipo de candidato.

Então, o Jackson que elegia qualquer um prefeito de Aracaju, hoje, não existe mais?

Acabou. Ninguém mais é dono. O povo de Aracaju é dono de Aracaju e saberá fazer o julgamento. Aquele Jackson que elegia um bode a vereador ou a prefeito de Aracaju, hoje, não é mais verdade. A verdade é que o povo reconhece nele o péssimo administrador, a dificuldade de estar ligado a um Governo Federal esdrúxulo, vergonhoso, que fez a pedala fiscal, que disse que copiou de outro presidente, mas está provada a pedalada, porque quando os bancos públicos anteciparam os financiamentos dos programas sociais cometeram crime, e, principalmente, o tesouro nacional não contabilizou, e aí configura a pedalada fiscal num ano eleitoral, ferindo a Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso já é margem para o impeachment. Eu até sou contra o impeachment. Acho que o Brasil perde mais politicamente na política externa. Eu sou a favor de que ela renuncie amigavelmente. Infelizmente, o Brasil precisa contar com o apoio da presidente Dilma renunciando para que possa dar um passo para melhorar.

O senhor acha que o sergipano quando olha a gasolina mais cara, a conta de luz… precisa lembrar que Jackson Barreto pediu voto para Dilma?

Jackson Barreto está abraçado a essa governante irresponsável, Dilma, que usou irresponsavelmente os recursos que são do povo brasileiro. Infelizmente, esse governador é Jackson Barreto. Pessoalmente, acho Jackson Barreto um grande político, articulador, mas administra mal. Está horrível a imagem do governador Jackson Barreto. Precisa administrar. Dizer ao povo porque é governador porque até agora nenhuma menção de ser governador do estado. Os índices de violência são alarmantes. O pessoal perdeu o respeito a esse governo, ao secretário de Segurança Pública, perdeu o respeito ao comando da Polícia Militar, à Superintendência da Polícia Civil. São eles que estão sendo afrontados pelos bandidos. O povo só está sofrendo com isso. Eles precisam mostrar para o que vieram. Se a gente está precisando de um novo comandante da Polícia Militar, de um novo superintendente da Polícia Civil, de um novo secretário, na verdade, a gente está precisando de um novo governador, que tenha pulso. Que enfrente essa violência com pulso de homem. Que possa dizer que vai diminuir o índice de violência no estado. A gente está precisando de um novo governador.

Jackson acertou, ao anunciar aposentadoria?

Eu sou devoto daquele que, mesmo com a idade, a experiência possa de alguma forma se traduzir em benefício para o povo. Mas ele, no primeiro mandato de prefeito de Aracaju, foi cassado. No segundo, entregou ao vice. E, agora, no primeiro ano do mandato de governador, entregou ao vice mais uma vez. É alguém que não tem tesão para governar. Se for como articulador político, a gente entende que pode ter alguns benefícios para articular em Brasília, mas não para ser administrador.

Foto: Eron Ribeiro 

Modificado em 29/11/2015 07:28

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