Senador nega conversas políticas com Valadares, mas garante não ter inimigo
Por Joedson Telles
Apesar do surgimento de especulações em torno de uma reaproximação entre os senadores Eduardo Amorim (PSC) e Antônio Carlos Valadares (PSB), visando às eleições 2014, Eduardo, que é pré-candidato ao Governo do Estado, trata de puxar o freio dos mais açodados. Segundo ele, a conversa que teve com Valadares, esta semana em Brasília, que ganhou contorno político para analistas da área, girou em torno das comissões do Senado Federal que ajudaram a resolver , na quarta-feira 19, a polêmica questão do Projeto Carnalita. “Tenho conversado com o senador Valadares, sim. Mas eu, particularmente, não sobre política. Mas sempre conversei com ele. Sentamos lado a lado. Não sou inimigo de ninguém”, disse o senador ao Blog do Joedson Telles.
Provocado sobre a possibilidade do mesmo palanque em Sergipe abrigar os dois Eduardos – o Amorim e o Campos –, o primeiro recorreu à velha bengala do tempo, que socorre os políticos nestas horas em que os jornalistas tentam assassinar a curiosidade dos internautas, mas deu uma pista. “É muito cedo para a gente decidir estas questões. Mas, é evidente, que o mesmo palanque comporta os dois Eduardos. Mas é cedo para isso”, disse, alimentando, assim, a possibilidade de um acordo com Valadares envolvendo apoio à pré-candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à Presidência da República.
Cutucado sobre a possibilidade de um suposto rompimento entre o senador Antônio Carlos Valadares e o grupo do governador Jackson Barreto (PMDB) facilitar o acordo PSC/PSB, Eduardo Amorim observou que Valadares já colocou os cargos que tem no Governo do Estado à disposição, atendendo, inclusive, determinação da Executiva Nacional do PSB. O senador do PSC esqueceu, contudo, de salientar também que o senador do PSB fez o que os mais íntimos da política chamam de gentilmente “colocar a faca no pescoço”, condicionando a permanência do PSB no grupo governista à ocupação da legenda na chapa majoritária.