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Zezinho sobre aliança com o PT: “se achar que não deve trilhar o caminho com o PMDB, paciência. A fila anda”

Zezinho: deixando o PT à vontade

Por Joedson Telles

O deputado estadual Zezinho Guimarães diz nesta entrevista que o PMDB, partido ao qual é filiado, apresenta, nesta quinta-feira, dia 28, seu pré-candidato a prefeito de Aracaju e não está muito preocupado se o PT apoiará ao não o projeto, por conta do racha que houve em Brasília, com o PMDB abandonando o governo Dilma Roussef (PT). “O PT tem muitas correntes e se achar que não deve trilhar o caminho com o PMDB, paciência. Cada um procure seu caminho. A fila anda. O PMDB é uma grande agremiação. A gente espera que a militante do PT, a ex-esposa de Marcelo Déda, Eliane Aquino aceite. Se aceitar, ótimo. Se não aceitar, vamos conseguir formar uma chapa competitiva para as eleições municipais de Aracaju”, diz.

Como o senhor avalia a dificuldade financeira do Estado que já atinge outros Poderes e o TCE?

Para mim, não é surpresa alguma haja vista a situação do país. A atividade econômica em decadência, todo mundo sabe das finanças do Estado brasileiro e não é difícil entender que isso vai repercutir em todos os setores da vida do povo brasileiro. Em Sergipe, também não é diferente. A gente espera que esse ciclo de decadência financeira acabe. Estamos sofrendo perdas consideráveis no Fundo de Participação dos Estados (FPE), que a gente sabe que é a nossa principal receita, e está levando todos os poderes porque o orçamento acaba sendo um só. Era previsível. A gente espera compreensão e que se reverta esse quadro o mais rápido possível, para trazer menos estrago para a sociedade sergipana.

O Governo de Sergipe já sinalizou como pode rever isso?

Os Estados brasileiros, a exemplo do Rio Grande do Sul, já começaram a trabalhar um novo plano, do ponto de vista de conter esses problemas dos déficits, principalmente os previdenciários que é uma coisa que está estrangulando todos os Estados brasileiros. A gente já tinha dito isso. O Estado de Sergipe, hoje, já conta com quase 30 mil aposentados. Como não foi feito um fundo adequado, uma poupança adequada para honrar essas aposentadorias, está desaguando no tesouro do Estado – e isso fatalmente vai levar todos os Estados Brasileiros à falência total. Não tem saída. Isso é matemática. Portanto, a gente tem que fazer com que a recuperação da economia aconteça o mais rápido possível, para que a gente possa encontrar saída para esses problemas que são gravíssimos.

O PMDB está preparado para eleição de Aracaju?

O PMDB se prepara para apresentar uma candidatura própria, que eu acredito que nosso pré-candidato vai preencher todos os requisitos que o povo de Aracaju está esperando, e logo vamos fazer um pré-lançamento dessa candidatura para que o povo possa avaliar.

Então será o candidato do governador? Edvaldo Nogueira e Valadares Filho não devem ter esperanças?

O pré-candidato do governador é o candidato do PMDB, que será lançado, provavelmente, nesta quinta-feira, dia 28. Eu tenho convicção que o PMDB terá candidatura própria e caminharemos todos em busca do povo para e levar o nosso pré-candidato a administrar a Prefeitura de Aracaju.

Existem outras pré-candidaturas no grupo. Mesmo assim, o PMDB vai tentar a unidade?

Vamos buscar. Lançando a pré-candidatura vai se buscar a unidade do grupo. Se não for possível, cada um tem toda a autoridade de qualquer partido de lançar seus candidatos.

A vaga de vice será preenchida com a petista Eliane Aquino? Está tudo certo?

Eu não sei se está tudo certo porque política é essa dinâmica toda e poderá acontecer alguma coisa. Ela própria pode até não querer.

Único integrante do PMDB de Sergipe na Câmara Federal, o deputado Fábio Reis, votou contra Dilma. Isso não cria um clima desfavorável para que o PT apóie a chapa do PMDB aqui em Aracaju?

Eu lamento que o PMDB e o PT não possam trilhar esse caminho, mas paciência. Têm outros que querem essa aliança com o PMDB.

A deputada Sílvia Fontes (PDT) seria um bom nome?

Pode ser. Uma excelente deputada, conhecida em Aracaju, muito bem votada. Poderia ser ela ou outro qualquer que a cúpula do PMDB possa escolher para ser vice na nossa chapa. Eu confesso que não me fixei no nome de ninguém, inclusive do PT. O PT tem muitas correntes e se achar que não deve trilhar o caminho com o PMDB, paciência. Cada um procure seu caminho. A fila anda. O PMDB é uma grande agremiação. A gente espera que a militante do PT, a ex-esposa de Marcelo Déda, Eliane Aquino aceite. Se aceitar, ótimo. Se não aceitar, vamos conseguir formar uma chapa competitiva para as eleições municipais de Aracaju.

A votação do impeachment dividiu o grupo em Sergipe?

Acho que não dividiu nada, até porque o impeachment ainda não se concretizou. A Câmara votou a admissibilidade. Ainda vai ser votado no Senado, que se aceitar se concretiza. Isso faz parte da política. Está configurado o crime de responsabilidade. É admitido na Câmara, vai para o Senado que vai julgar se avança ou não. Vamos ver o que vai acontecer no Senado Federal, são homens experientes, ex-governadores. Gente que tem experiência profunda. Vamos aguardar.

O que esperar dos três senadores de Sergipe?

Que cumpram com o seu papel com honradez e correção.

Como avalia a real possibilidade de o PMDB assumir o Governo Federal?

A gente tem uma experiência no Brasil de que os vices sempre dão certo. Aconteceu no impeachment de Collor. O vice quando assumiu entrou num eixo de desenvolvimento que culminou no Plano Real e o Brasil alicerçou suas bases econômicas com base muito satisfatória. A gente espera que, se o vice-presidente Michel Temer assumir, também trilhe esse caminho. Não o caminho do populismo, mas de bases reais para que a economia do Brasil voltar a crescer e gerar renda.

Já pensou como seria seu voto, se estivesse na Câmara Federal?

Se eu estivesse na Câmara naquele momento, eu seguiria a posição do governador Jackson Barreto, em nome de Sergipe. Eu partidário como sou, amigo de Jackson como sou, seguiria a orientação. O que ele decidisse – pelo sim ou pelo não – eu seguiria, até porque ele é um político experimentado e conhece como ninguém as entranhas da política. Eu faria essa opção.

No caso de Temer assumir, pode haver retaliação ao estado, por conta dessa posição do governador a favor de Dilma?

Muito pelo contrário. Temer é um político experimentado. É um homem que foi forjado nas lutas, nesse ambiente político. Não iria retaliar um governo do seu partido. Ele sabe que Jackson é um democrata e que agiu de acordo com a sua coerência, e ele tem que respeitar isso. O PMDB irá compreender como já compreendeu ao ligar para o governador e deixá-lo à vontade.

E sobre a ideia de haver novas eleições para presidente da República? É simpático?

Eu acho que, se a presidente Dilma tivesse feito isso lá atrás, proposto isso ao Congresso Nacional, sairia melhor do que como está agora, sangrando do ponto de vista político. Eu advogo que seria até favorável, se tivesse que externar meu voto. Se o povo não está satisfeito, e está mostrando que não está, por que não fazer uma eleição geral de todos os níveis? De vereador a presidente da República. Seria uma grande oportunidade para que o povo pudesse escolher os seus comandados.

Modificado em 26/04/2016 19:41

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