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“Vamos implantar o programa Bolsa Trabalho Aracaju”

“Entrevista uniforme”: Márcio Macedo candidato a prefeito de Aracaju pelo PT

Por Joedson Telles

Buscando contribuir jornalisticamente para que o eleitor conheça melhor os candidatos e candidatas à Prefeitura de Aracaju, o Universo publica a chamada “entrevista uniforme” com  todos que, gentilmente, aceitarem expor suas ideias nesta página. A exemplo das eleições para governador de Sergipe, em 2018, as mesmas perguntas são feitas a todos que almejam administrar a capital, como forma de auxiliar na democratização do processo eleitoral. Nesta terça-feira, dia 11, Márcio Macedo, candidato do PT, é o nosso entrevistado.

Quem é Márcio Macêdo e por que o eleitor de Aracaju deve votar no senhor?

Márcio Macêdo é um homem tranquilo, de 50 anos, que adora animais e o meio ambiente, que defende a educação e que é antenado com a juventude e com as mulheres, afinal, é pai de duas filhas, Mariana e Ana, e é avô da pequena Júlia, além de ser casado há 12 anos com Karina. Sou formado em Biologia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente, e, mais recentemente, em Radialismo. Tenho forte atuação junto às causas ambientais e mostrei isso quando fui superintendente do Ibama/SE, no governo do Presidente Lula e secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Sergipe, no governo de Marcelo Déda. Tive o privilégio de ser eleito deputado federal e honrei o mandato com uma atuação em favor das melhores causas e de projetos para Sergipe. Tornei-me um grande amigo do ex-presidente Lula, justamente por termos em comum a crença na força do povo. Acredito firmemente que política se faz na escuta e no diálogo e, por isso, aprendo todos os dias ouvindo as experiências das pessoas a minha volta, buscando sempre me tornar um ser humano melhor. Sou o mesmo jovem sonhador que foi presidente do DCE da Universidade Federal de Sergipe e que entrou na política com o intuito de contribuir para a formação de uma sociedade mais justa e solidária, que acolhe e cuida das pessoas e é por essa razão que quero ser prefeito de Aracaju.

De forma resumida, quais as suas propostas para a saúde, educação, segurança e mobilidade urbana?

A Saúde Pública municipal de Aracaju, que deu um imenso salto de qualidade nas gestões de Marcelo Déda (2001/2006), vem declinando desde então, acumulando ineficiências e deficiências em todas as redes de atenção à Saúde, assim como no importantíssimo Programa de Saúde da Família, cuja cobertura caiu vertiginosamente deixando mais de 50 mil aracajuanos e aracajuanas desassistidos. Em nosso programa de governo, temos um vasto conjunto de propostas para salvar a Saúde Pública de Aracaju, como recuperar a saúde básica, criar um centro de diagnóstico e estabelecer um pronto atendimento eficaz. Na Educação, a situação não é muito diferente, bastando citar que, no Ideb 2019, a rede municipal de Aracaju não atingiu as metas e ainda ocupou a última posição entre todas as capitais do país nos anos iniciais e a vigésima posição nos anos finais. Para reverter essa situação e colocar nossa cidade entre os primeiros lugares, vamos fazer os investimentos necessários nas escolas, valorizar os profissionais da Educação, não só com salário justo, mas, também, com condições dignas de trabalho. Focar na primeira infância, construir novas creches e pré-escolas e levar melhorias as que já existem. Promover a educação digital. A Segurança Pública é mais um triste capítulo e, aqui, cabe chamar a atenção para a multiplicidade de causas do incremento da violência urbana, algumas delas guardando relação direta com a carência de políticas públicas no âmbito da gestão municipal. Nosso primeiro passo será construir, de forma participativa, o Plano Municipal de Segurança Pública, que irá apontar as ações para mitigar esse grave problema. De modo semelhante, nossa cidade precisa de um verdadeiro Plano de Mobilidade Urbana que, a partir de estudos técnicos consistentes, oriente os investimentos no sistema viário, buscando priorizar o pedestre, o ciclista e o transporte coletivo.

Quais as obras estruturantes que precisam ser edificadas em Aracaju? O senhor se compromete em executá-las?

A infraestrutura urbana de Aracaju carece de muitos investimentos para corrigir o acúmulo de problemas decorrentes de um processo de expansão desordenado, subsequente ao descaso das administrações pós-Déda com o planejamento urbano, a ponto de sequer cumprir com a obrigação de fazer as revisões decenais do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, uma das nossas principais prioridades. Ao decretar a centralidade do planejamento urbano na nossa gestão, realizaremos os estudos necessários para orientar os investimentos em obras estruturantes. Não é difícil prever que a drenagem urbana e o sistema viário irão demandar grandes investimentos, portanto, nosso desafio será buscar soluções criativas e de baixo custo. Mas de uma coisa tenho certeza: daremos prioridade absoluta às urgentes intervenções nos muitos assentamentos populares espalhados pela cidade para levar infraestrutura, serviços urbanos, equipamentos e espaços públicos qualificados para aqueles que mais precisam.

Como o senhor pretende diminuir o desemprego em Aracaju?

Em um primeiro momento e emergencialmente, vamos implantar o programa Bolsa Trabalho Aracaju que irá criar postos de trabalho, com contratação por seis meses, para desempregados e desempregadas que não estejam recebendo seguro-desemprego, priorizando aqueles que se encontram em situação de maior vulnerabilidade econômica e social. Em paralelo, vamos elaborar e dar efetividade ao primeiro Plano Municipal de Desenvolvimento Econômico, que terá como prioridade maior o apoio efetivo ao micro e pequeno negócio e ao microempreendedor individual, por meio de programas como a oferta de crédito ancorado em um fundo de aval municipal que criaremos e de uma política de compras governamentais que privilegie o micro e pequeno fornecedor da cidade. Junto com muitas outras propostas, incluindo várias delas voltadas ao fortalecimento do turismo aracajuano, vamos fomentar o desenvolvimento econômico local e, consequentemente, gerar trabalho e renda para nossa gente.

Como reduzir a desigualdade social na capital?

O desafio de reduzir a desigualdade social em nossa cidade é gigantesco e somente um projeto político como o nosso pode dar conta, porque trazemos o ideário de uma força política que vem provando, ao longo das últimas décadas, seu comprometimento com essa agenda, seja em administrações municipais e estaduais, como foram as de Déda, e no governo federal, com Lula e Dilma. A desigualdade social se combate com políticas públicas combinadas entre os entes federados (União, Estado e Município) e o desafio se torna ainda maior quando temos o governo federal agindo em favor do aumento da desigualdade, mas isso não diminui a responsabilidade de fazer a nossa parte, sobretudo criando oportunidades para nossos jovens das periferias, tanto na escola, quanto por meio de outros instrumentos, como capacitação para o trabalho, estímulo às atividades da economia criativa e solidária etc.

Quais as fontes dos recursos para a realização das obras e ações previstas no seu plano de governo?

O orçamento municipal de Aracaju previsto para 2021 é de R$ 2,45 bilhões, portanto sua “repriorização” em relação à forma como vem sendo executado nas últimas gestões já permitirá que boa parte das nossas propostas sejam concretizadas. Entretanto precisaremos de muito mais e, para isso, vamos estruturar a área de planejamento para que seja capaz de construir projetos de captação de recursos nas mais diversas fontes de financiamento, nacionais e internacionais.

Além do que já foi abordado nesta entrevista, quais são os pontos principais de uma possível gestão sua, a partir de janeiro de 2021?

Nosso programa de governo tem um conjunto muito amplo de propostas, todas elas relevantes, de modo que é muito difícil sintetizá-las aqui, mas posso destacar duas diretrizes. A primeira é a ênfase que daremos à assistência social com o fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que se torna ainda mais essencial no enfrentamento dos enormes desafios do período pós-pandemia. Outro destaque é o programa Aracaju Digital, de caráter transversal e intersetorial, que será o primeiro grande passo na jornada em direção a uma Aracaju verdadeiramente inteligente, a partir da visão apropriada do que é uma smartcity, diferentemente do que vimos na gestão atual. Para além de tudo o que mencionei nesta entrevista, temos propostas para a cultura, as mulheres, e a promoção da igualdade racial, da juventude, da população LGBTQIA+, todas elas subordinadas ao princípio do Direito à Cidade.

Modificado em 13/10/2020 06:28

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