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Valadares joga Dilma e o PT na parede

Valadares: impaciente 

Por Joedson Telles

O senador Antônio Carlos Valadares (PSB) parece inquieto com essa história do impeachment da presidenta petista Dilma Rousseff. Anda na base do “ou vai ou racha”. Falante. Na verdade, quem não está impaciente? Procrastinar é verbete que desagrada no atacado. Sobretudo quando um país agoniza numa crise econômica, política e ética sem precedentes.

E, assim, o senador volta a se manifestar sobre o tema. Ratifica sentimentos pela saída da petista para ontem. E antecipa a rechaça para quaisquer argumentos antagônicos com firmeza. Vale-se da lógica: política é lado. E aviva sua decisão lá atrás, quando descartou a então candidata Dilma e suas promessas que virariam traição ao brasileiro antes mesmo de o galo cantar sequer uma vez.

Segundo Valadares, eis o momento de a presidenta entrar no mérito das tão faladas pedaladas fiscais. Dos decretos de suplementação no Supremo Tribunal Federal (STF). A ideia, explica o senador, é o Brasil saber se, por estes dois motivos, Dilma enfiou ou não o pé na jaca. Ou seja, nas palavras do senador, “se atentou ou não contra a Constituição, e se podem dar justa causa a um processo de impeachment.”

Sinopse: o senador vela que o STF oferte a Dilma garantia da sua inocência ou sepulte de vez este chororô de “golpe”, que ninguém aguenta mais. Todavia, assumindo o papel de advogado do diabo, Valadares pontua: “mas pode acontecer de o STF lavar as mãos e não receber a ação de Dilma sob a alegação de que se trata de assunto interna corporis, uma atribuição que pertence ao Senado”. Só faltou externar aquela comunicação de praxe nas redes sociais: “kkkkkkk.”

De forma seca, o senador sergipano joga a presidenta e seus fieis (beneficiados?) na parede: “será que Dilma e o PT estão dispostos a correr o risco de no STF perder o discurso de ‘perseguição’ tão ao gosto dos que pretendem usar nos palanques futuros como arma eleitoral? É possível que Dilma, já tendo certeza de que será afastada no Senado, esteja sendo aconselhada a não se mexer pedindo socorro ao Supremo, trabalhar e torcer pelo fracasso de Temer, e aguardar outras eleições que virão, quando o discurso de vítima será o maior aliado de seu partido…”

As reticências são minhas. Ouso completar o raciocínio do senador para concluir o texto: partido este que, mesmo quando luta desesperadamente para se manter no poder, mesmo quando sai em defesa da autora das pedaladas, quando apela para o vale tudo, ainda assim, silencia diante de provas irrefutáveis da falta de aptidão da presidenta Dilma para governar. Da sua doentia incapacidade para o cargo que deixou como sequela o país no caos que se encontra. O apego que o PT criou ao poder, quem diria, é tão assombroso, beira tanto a insanidade que lhe cega diante de algo tão óbvio: o projeto faliu.

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