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Valadares Filho “alerta” Zezinho Sobral

Por Joedson Telles 

Sempre fico sem entender o barulho – inclusive de setores da imprensa – que provoca a troca de comando de um partido político; e não está sendo diferente com o que acontece, agora, no PSB de Sergipe, que “escapa das mãos” do ex-deputado Valadares Filho para a direção do atual vice-governador, Zezinho Sobral.

Bolas! O comum é o comando não ser do político, mas  do “mandato” que este ocupa provisoriamente – ainda que de forma indireta, como é o caso do ex-deputado André Moura no União Brasil de Sergipe.

É a mesma situação do líder de um agrupamento governista. “O cargo lidera”. Até dezembro de 2022, liderou o então governador Belivaldo Chagas. Fábio Mitidieri assumiu o governo e virou o líder do bloco automaticamente.

Todos os que vivem, minimamente,  a política sabem que o jogo funciona assim. Não há espaço para sentimentalismo. Pequeno ou não, salvo exceções, gratidão é uma palavra fora do dicionário deste universo.

Valadares Filho, que não inventou a roda, não perdeu o comando do PSB de Sergipe, na semana passada. Ele começou a derreter para o PSB Nacional quando deixou de ser deputado federal. Quando perdeu a eleição para prefeito de Aracaju, lá em 2012, para o saudoso João Alves Filho. Quando…

Na verdade, a julgar pelo açodamento que o jogo friamente exige, Valadares Filho ainda sobreviveu muito tempo sem oxigênio, digo, sem mandato. Demonstrou forças até quando foi possível.

Obviamente, a história construída no PSB não apenas pelas mãos de Valadares Filho, mas também (e sobretudo?) pelo seu pai, o ex-senador Antônio Carlos Valadares, não será apagada. O PSB deve muito aos dois políticos, principalmente pelo fato de eles emprestarem imagens de homens públicos sérios, honestos, preocupados com Sergipe, dados ao trabalho. Sem falar da importante contribuição do saudoso ex-deputado Pedrinho Valadares.

Todavia, a longa e importante história dos Valadares no PSB não tem o peso que deveria. Como disse, é política. Arrisco registrar que qualquer legenda, nas mesmas circunstancias, faria o mesmo. Não deixaria passar a oportunidade de permutar um político sem mandato por um vice-governador.

Aliás, o próprio Zezinho Sobral, experiente, assume o partido, hoje, presumo, tendo a certeza que, por melhor que seja o seu trabalho – e precisa ser de excelência para superar o legado dos Valadares -, basta ficar fora da possível chapa de reeleição, em 2026, que estará bem próximo de ser amanhã os Valadares de hoje.

Modificado em 18/12/2023 10:30

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