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Um inquérito policial é o caminho para sabermos quem falta com a verdade

Por Joedson Telles

O internauta conhece o cidadão Jadson Lima, que, neste instante, acusa o deputado federal de André Moura de tê-lo agredido? Sabe se ele é radialista? Não duvido. Só não sei dizer. Confesso a ignorância: nunca soube sequer da existência. E olha que conheço mais comunicadores que o número de cédulas de R$ 100 encontradas no AP do Geddel… Mas, supondo que Jadson Lima é radialista, ele exercia a profissão com a ética imperiosa quando diz que abordou a prefeita de Japaratuba, Lara Moura, na última quinta-feira, dia 7, para tratar de assuntos do município? Ou ele foi quem agrediu a gestora fora de sintonia com o bom jornalismo? Difícil, não? Perguntar não ofende. Jadson fora interrompido violentamente pelo deputado André Moura, que não apenas tomou-lhe o celular gravador, mas também lhe rumou a mão no pé do ouvido? É a sua a versão… Por sua vez, André Moura nega, se diz vítima de uma política odienta e de um caso de assédio moral. André assegura que Jadson Lima é um falso radialista e promete levá-lo à Justiça. Moverá uma ação por calúnia, injúria e difamação.

A versão de André Moura: “Um grupo de cinco senhoras reivindicava à prefeita Lara melhorias para uma localidade. De forma ostensiva e falando alto, o falso radialista – o suposto agredido –, interrompeu o diálogo, exigindo uma posição da prefeita. Ela pediu calma e um tempo para se colocar a par das solicitações. Neste momento, insatisfeito, o falso radialista se dirigiu a André Moura, que acabava de chegar ao local e, gritando, reclamava a devolução de um aparelho celular supostamente tomado dele. Em seguida, saindo do local sem que houvesse sequer havido um diálogo entre ele e André Moura, o falso radialista passou a gritar no meio da multidão: deputadozinho, deputadozinho.”

Evidente: somente uma apuração bem feita destes e de outros fatos jogará a luz necessária ao juízo perfeito. Tem-se postas, como em qualquer animosidade, duas versões dos fatos – e, exceto quem testemunhou do primeiro ao último segundo, só investigando é possível dirimir quaisquer dúvidas e apontar a correta.

O fato é que, sobretudo por envolver uma prefeita e um deputado federal x um cidadão – sendo ou não radialista -, o caso precisa ser investigado pela polícia. Todos, inclusive testemunhas, precisam ser ouvidos num inquérito não viciado. Seja ele quem for, o mentiroso precisa ser desmascarado. O episódio é de uma gravidade extrema.

Vamos supor que Jadson Lima esteja expondo a versão verdadeira. Não pode ser tolerável um deputado agredir um radialista, simplesmente, por este cumprir – ou tentar cumprir – seu ofício. Pessoas públicas devem, sim, satisfação dos seus atos públicos à sociedade. Não se discute.

Por outro lado, e se André Moura estiver sendo 100% sincero? É vítima de uma armação sem tamanho. Um falso radialista, para usar suas palavras, estaria a lhe caluniar e, querendo ou não, por tabela desgastando a imagem de duas pessoas públicas, sobretudo a de André, com uma história fantasiosa. Homens e mulheres públicos vivem da imagem. André, por exemplo, enfrentará as urnas ano que vem. A quem interessa sacaneá-lo?

Evidente que o ser humano é momento. André Moura pode, de fato, ter pedido a cabeça. Não sei. Como disse, só quem testemunhou tudo pode emitir um juízo de valor preciso neste momento. Todavia, poucos políticos em Sergipe foram igualmente provocados e desafiados com críticas, ofensas e acusações das mais diversas como André Moura.

Já escutei radialista acordar e dormir tirando dos cachorros e colocando em André. Meses e meses em pleno ano eleitoral. E pelo que consta, a resposta foi sempre buscar o caminho da Justiça. Quando muito, usar o verbo também em outro veículo. Mas agressão física de André contra um jornalista, um radialista? Não lembro. Como o ônus da prova cabe a quem acusa, um inquérito policial é uma excelente oportunidade, é o caminho para Jadson provar o que diz. Para sabermos quem falta com a verdade.

 

Modificado em 08/09/2017 16:53

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