body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

TSE precisa vetar baixarias nas campanhas. Chega

Por Joedson Telles

Já passa da hora de o TSE proibir que este mingau de sabor horrível em que se transformam algumas campanhas políticas no Brasil continue a ser servido. Azedou. O eleitor não merece e não pode continuar refém do jogo baixo posto em prática ao extremo.

A impressão que se tem é que, sem nenhum constrangimento, o que vem à mente é vomitado nas mensagens de campanhas. Não se leva em conta o respeito ao eleitor e muito menos ao adversário. A regra é simples: tome agressão, mentira, calúnia, ofensas, preconceito… Tudo que “sábias mentes” acharem que deve ser externado para ganhar a eleição passa a ser regra do jogo sem medir consequências.

O mostro cresceu tanto, nos últimos anos, que, atônitos, expectadores acabam nutrindo a ideia que certos candidatos, afoitos ao poder, se permitem à cegueira inconscientemente. De olhos vedados, viajam sem medir consequências na droga alucinante que é servida como a solução para evitar a derrota nas urnas.

“Não são eles os candidatos”, mas aqueles que têm o poder de hipnotizá-los e assumir pensamentos. Impor, no bom sentido, ideias. Evidente, há quem entre no jogo de forma consciente. Política não tem criança. Mas a grande maioria parece mesmo fantoches. Sempre pronta a ecoar ou balançar a cabeça por mais absurda que seja a ideia. A coisa é invertida. Entende?

E aí, note-se, a crítica não cabe a quem dita os passos do caminho, mas a quem se permite dominar. Não há arma apontada para nenhuma cabeça. Os que pensam as campanhas são profissionais contratados – e bem pagos, diga-se – para que o produto tenha sucesso junto ao eleitor. E só.

Não têm registros de candidaturas no TRE. Tampouco serão eles os gestores, ao menos em via de regra, em caso de vitória. Estão, portanto, em seus papéis de vendedor. Compra quem quer. Se os métodos que utilizam não são os mais corretos, do ponto de vista ético, cabe aos políticos discernirem isso e decidir: perpassa ou não ao eleitor?

É inegável, sobretudo nos últimos anos, o esforço da Justiça Eleitoral para dar cabo aos vícios que se aguçam em campanhas políticas de forma negativa a molestar o coletivo. E desta percepção louvável espera-se a decisão lúcida e urgente de vetar baixarias nas campanhas eleitorais. Restringir as mensagens das campanhas políticas a propostas. Aos programas de governo – sobretudo quando for custeado com o dinheiro do contribuinte.

Vá lá que se aceite denúncias e até críticas. Fazem parte da democracia. Mas estas não apenas devem ser fundamentadas como precisam ser feitas com seriedade. Respeito. Nada de apelos. Ninguém metendo a cara na TV ou a voz no rádio para mentir, discriminar, ofender, caluniar… É pedir demais? Não creio. Chega.

P.S. Pior que não tem como se vacinar das baixarias, exceto abrindo mão da TV e do rádio até terminar a campanha. A todo momento, entram “novas” mensagens a alimentar equívocos.

Modificado em 19/10/2016 07:52

Universo Político: