body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Surpreende Fábio Reis negar que tentou comandar DEM

Por Joedson Telles  

Nada mais óbvio que um político tentar conquistar o comando de um partido. Diria até ser tão natural quanto um político se candidatar. Prometer. Mentir. Sonegar a verdade dos eleitores… Aliás, almejar comandar uma legenda é algo salutar à política, creio. Exceto se para isso o projeto estiver calçado em ações antiéticas. Na chamada traição ou em coisas afins. Aí é bola fora. 

Como não parece ser o caso do deputado federal Fábio Reis, surpreende ele negar, pela boca de sua assessoria, que tentou (tenta?) assumir o comando do DEM em Sergipe, como foi divulgado neste espaço e confirmado em outros setores da mídia.

Coube ao ex-governador Albano Franco cunhar uma das frases mais felizes da política genuína: “aqui é pequeno. Todos se conhecem e tudo se sabe”. Confesso, assim, minha surpresa com tamanha trivialidade dentro do jogo político. Mas…

… O DEM de Sergipe é hoje um partido largado. Vivendo literalmente do passado. Centrado na figura do ex-governador João Alves Filho, que, no momento, respira mais em Brasília que em Sergipe. Evidente que tem o peso da senadora Maria do Carmo, dois vereadores da capital e pode se arrumar para as eleições 2018. Aliás, precisará fazer isso, se pretende mesmo levar a sério a especulada pré-candidatura de Ana Alves a deputada federal.

A propósito, aposto um picolé de graviola (grande Wellington Elias) que ninguém dentro do partido se lembra quando houve a última reunião para tratar da própria legenda. As saídas de nomes importantes como Mendonça Prado, José Carlos Machado, Augusto Bezerra, Goretti Reis, entre outros, se brincar, nunca foram discutidas internamente como precisariam ser. Não se preencheu lacunas.

É deste DEM ou PFL, como nunca deixou de chamar, entre outras pessoas, o próprio João Alves, que estamos falando. Um partido que tem história, mas precisa construir o futuro.

Logo, não é demérito algum para um deputado federal tentar assumir o comando da legenda, pensando em colocar em prática um projeto novo, que já nasceria grande, almejando compor uma chapa para disputar o Governo do Estado. Insisto: disputa-se eleição, qual o problema de disputar um partido?

Como em política quase tudo é resolvido na conversa, é mais do que natural triunfar ou fracassar nesta tentativa. Só não poderia dar empate por razões óbvias. Deu João Alves. Mas se João tivesse perdido não seria o fim dele, da senadora Maria do Carmo, do partido e muito menos do mundo. Imagine o fim do deputado Fábio Reis?

P.S. Na nota na qual nega a engenharia, o deputado fala em uma “intervenção da senadora Maria do Carmo”. Curioso. No texto do Universo, porém, não tem esta informação. João Alves foi quem tratou do assunto com os caciques do DEM. Repetindo Albano, “… tudo se sabe”.

Modificado em 25/07/2017 22:05

Universo Político: