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“Sonho com a mulher na política de um modo mais contínuo e mais duradouro”, diz presidente do PSD Mulher

Maisa: “em nome de que devemos ser minoria?”

Maisa Mitidieri, bacharela em Direito e empresária no setor de saúde, conhece política por dentro. Longe da teoria e perto das práticas. Filha do deputado estadual Luiz Mitidieri e irmã do deputado federal Fábio Mitidieri, ambos do PSD, ela encara política como algo sério. Da experiência de acompanhar a política ao lado de familiares, Maisa Mitidieri começa a dar passos próprios. Ela acaba de assumir a Coordenadoria Estadual do PSD Mulher e diz que o novo tempo “exige mudanças rápidas” sobre o gênero feminino nessa atividade. Para Maisa, a Coordenadoria Estadual vai fazer um trabalho de chamamento às mulheres para que vivam mais a política. “Lógico que nos últimos anos ela vem conquistando bons espaços, mas creio que, pela importância dela enquanto ser social, deveria ter bem mais do que o quadro atual. Apesar do avanço reconhecido, considero que o conquistado se dá de maneira ainda tímida”, diz ela, nesta entrevista. Conheça mais da visão de Maísa Mitidieri.

Agrada a senhora o espaço que a mulher aracajuana, sergipana e brasileira tem na política, ou acha que ela poderia ter bem mais?
Lógico que nos últimos anos a mulher vem conquistando bons espaços na política, mas creio que, pela importância dela enquanto ser social, deveria ter bem mais do que o quadro atual. Apesar do avanço reconhecido, considero que o conquistado se dá de maneira ainda tímida. Isso se manifesta sobre todas as áreas – e não só na política e na esfera profissional.

A senhora apontaria uma razão para que a mulher represente somente 8% a 10% no parlamento brasileiro? Seria por um processo de timidez dela, pela história do machismo?
Acho que tem um pouco de cada coisa. Tem a parte histórica, a mulher vem conquistando década após década seu espaço em tudo – profissionalmente e na política, como o seu direito ao voto a partir dos anos 30, à fala e à opinião iguais, que antes lhe era negado. Mas tem a força do machismo, principalmente em nossa região nordestina, onde é um obstáculo forte. E tem a própria característica da mulher, que parece não gostar de se envolver muito nas questões políticas, quando deveria fazê-lo. De modo que, independentemente dos motivos, o quadro não me agrada. E exige mudanças rápidas.

A senhora é a favor da cota de reserva de 30% de participação das mulheres em candidaturas eleitorais?
Em entendo que, em números superiores a isso, possivelmente em igualdade com os homens, esta participação deveria ser mais ao natural. As mulheres deveriam se envolver e estar mais presentes em todas as áreas, inclusive e sobretudo na política. As pessoas às vezes não prestam bem a atenção, mas a política é o que rege as nossas vidas em sociedade. Quanto mais gente participando dela, melhor será a política e melhor, pelo menos se espera, será a vida. Outro problema: nós mulheres somos 52% da composição do povo brasileiro. Em nome de que devemos ser minoria na política? Esta conta não tem lógica. Não fecha.

A senhora está assumindo agora a Coordenadoria Estadual do PSD Mulher. Isso será mais um espaço em favor das mulheres?
Sim. É, sem dúvida, um espaço para fortalecer mais as mulheres. Para mostrar que elas devem e precisam estar mais presentes na política, em razão disso tudo que falei aí acima. A Coordenadoria vem para fazer com que as mulheres ocupem mais seus espaços, já que existe isso que se chama de “cota” e que nós queremos lutar para que um dia não seja necessário lei para tanto. Que as mulheres se posicionem na cena política com naturalidade.

Como coordenadora na esfera estadual do PSD Mulher, a senhora quer chegar a cada cidade sergipana onde haja uma Executiva organizada do PSD e trabalhando o núcleo feminino do partido?
Exatamente isso. Queremos nos estruturar em cada município. Fortalecer o PSD, potencializar o grupo, convocar as mulheres para que se sintam mais seguras. Que se fortaleçam e fortaleçam mais o partido. Que se sintam compromissadas com nosso Estado e suas demandas. Isso significa que nós, as mulheres, vamos estar mais compromissadas com as causas de Sergipe.

A senhora acha que a mulher traz mais harmonia à política, ou não teria muita diferenciação na comparação com o homem na política? 
No campo da competência, não creio que exista diferença entre homem e mulher. A pessoa pode ter excelente competência, pertencendo a qualquer um dos dois gêneros. Mas defendo que existem, sim, características que são marcantes tanto no homem quanto na mulher – e uma das características do gênero feminino é, sim, a harmonia, a tendência ao jeito calmo e sereno de resolver as coisas. Nisso, temos pontos que são muito importantes para as atuações políticas.

A maternidade e o zelo que a mulher têm sobre a família e a casa podem pesar, contributivamente, sobre a política?
Com certeza. A mulher tem mil facetas: ela consegue encarar a tudo com muito mais amor, mais zelo e mais cautela. Não que o homem seja desprovido disso. Mas a mulher tem uma força diferente.

Por ser eleitoral, 2016 é um ano bom para o PSD Mulher atrair mais mulheres para a luta política, inclusive estimulando mais disputa delas pelos mandatos de vereadoras, vice-prefeitas e prefeitas?
Não sei se existem momentos bons e ruins para isso. Sei que temos de começar. E nunca é tarde para aumentar a participação delas nesse respeitoso universo da política, a começar por esses postos citados. Claro que o momento eleitoral acende um pouco mais a chama. Mas sonho com a mulher na política de um modo mais contínuo, mais perene, mais duradouro e mais espontâneo. Vamos conseguir isso.

Por assessoria da presidente do PSD Mulher 

Modificado em 22/06/2016 19:45

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