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Sergipe tem o líder do Governo Federal e isso incomoda muita gente, diz Lara Moura

Lara Moura: “desistir, jamais 

Candidata pelo PSC em Japaratuba, a bacharela em Direito Lara Moura tem adversários fortes, mas acredita numa vitória histórica no município. Esposa do deputado federal André Moura (PSC-SE), líder do governo Michel Temer na Câmara dos Deputados, Lara Moura tem feito uma campanha sem ataques aos adversários e muito voltada a difundir propostas. Nesta entrevista, a candidata fala sobre a campanha, explica os motivos para crer na vitória e de como pretende administrar num momento de crise econômica nacional, e também sobre a decisão da Justiça contra o deferimento de sua candidatura. Lara comenta ainda a polêmica envolvendo André Moura. “Sergipe hoje tem um líder do Governo Federal e isso deveria ser melhor aproveitado”, diz, observando que isso, porém, incomoda muita gente.

A senhora teve a candidatura indeferida pelo juízo eleitoral de Japaratuba. Pretende desistir da disputa e indicar um candidato substituto ou segue confiante de que poderá reverter a decisão?

Respeitamos a decisão da Justiça local, mas discordamos frontalmente dela. Aliás, a questão já havia sido analisada por um desembargador que por meio de liminar já havia liberado a nossa candidatura. Os advogados entendem que será possível obter o deferimento junto ao TRE. Desistir, jamais! Somos um povo que respeitamos a lei dos homens. Mas, acima de tudo, temos esperança e confiança em Deus. Por isso, iremos às urnas em outubro ainda mais firmes e com mais força.

Recentemente, um discurso do deputado André Moura num povoado em Japaratuba gerou polêmica, indo parar até na imprensa nacional, quando ele afirmou que fará distribuição de casas, caso a senhora seja eleita. Não seria uma declaração imprópria a um líder de governo?

Creio que não, até porque é legítimo que um parlamentar, especialmente quando se encontra numa posição de destaque – e penso que é isso que incomoda muita gente –, possa usar a força política para ajudar o seu Estado. Sergipe hoje tem um líder do Governo Federal e isso deveria ser melhor aproveitado. Aliás, André sempre trabalhou para trazer recursos em benefício dos municípios sergipanos. Agora, ele poderá ampliar esse trabalho e Japaratuba será, sim, beneficiada.

O Brasil vive uma crise econômica sem precedentes na história nacional. A maioria das prefeituras e até governos estaduais falam em quebradeira, que a situação é crítica. Como a senhora pretende administrar um município pobre como Japaratuba?

Não é verdade que Japaratuba seja pobre ao ponto de não poder honrar com seus compromissos, especialmente no tocante aos serviços de saúde. Essa situação poderia até ocorrer, caso a crise chegasse na época em que fui prefeita, quando os recursos eram infinitamente menores. O que falta é gestão, é compromisso com a população, não é dinheiro. Só para comparar, nos meus quatro anos de gestão, a prefeitura recebeu 32 milhões de reais em royalties. Hoje, em três anos e meio, já foram arrecadados 108 milhões, e ainda falam em crise.

Além da saúde, já apontada pela senhora, quais seriam as outras demandas urgentes em Japaratuba? A questão da segurança pública também está incorporada ao seu programa de governo?

Sem dúvida, os maiores problemas vividos pela população de Japaratuba, especialmente a população mais carente, são os relacionados à saúde, falta de emprego e oportunidade, melhoria dos índices educacionais e, também, a segurança pública. Quando fui prefeita, a saúde pública era prioridade número um. Havia médicos, não faltava remédio e, quando o SUS não cobria um procedimento, até mesmo uma cirurgia mais urgente que não podia esperar a burocracia do poder público, nós atendíamos a população. Também mantínhamos um programa de segurança alimentar, com distribuição de cestas básicas, e nossas escolas estavam entre as melhores avaliadas de Sergipe. Hoje, mesmo com mais dinheiro em caixa, a população está sofrida, sendo humilhada. A crise existe, sem dúvida, mas tudo é questão de escolher o que seja fundamental. Nossos jovens estão desempregados e a violência aumentou. É triste constatar que muitos deles, alguns até com curso superior, estão sem emprego porque falta incentivo, porque não se tem uma ação empreendedora. Isso se reflete, também, no aumento da violência, sobretudo por causa das drogas. Vamos criar a SSP e a Guarda Municipal, para ajudar no combate a violência.

Os desafios são muitos e a senhora também conta com dois adversários fortes, o atual prefeito Hélio Sobral (PMDB), candidato à reeleição, e o ex-prefeito de Capela, Manoel Sukita (PTN), que resolveu disputar a eleição deste ano em Japaratuba. Dá para vencer, mesmo assim?

Eu acredito na força dos ideais e do trabalho. O povo de Japaratuba conhece quem é quem nesta disputa, sabe dos resultados positivos de nossa gestão anterior e do meu comprometimento com a honestidade, com a transparência e, especialmente, com a administração correta dos recursos públicos. Além disso, fiz no meu mandato passado e, se Deus e o povo de Japaratuba me permitirem, farei novamente a partir do ano que vem, uma gestão voltada para as pessoas, porque para mim, a maior obra de um prefeito é garantir qualidade de vida para todos, indistintamente. Aqui firmo um compromisso com o meu povo: o de fazer a melhor gestão de toda a história de Japaratuba, e deixemos que o povo de nossa cidade, com a sua sabedoria, escolha livremente, através das urnas no dia 02 de outubro, quem merece o seu voto de confiança.

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