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Sergipe precisa de oposição ao governo, mas sem açodamento

Por Joedson Telles 

O senador Rogério Carvalho diz de lá – em tom de crítica – que não “viu surpresa” no secretariado anunciado pelo governador diplomado Fábio Mitidieri. Fala em continuação da gestão Belivaldo Chagas – criticada duramente pelo então candidato Rogério Carvalho. O próprio. Permito-me dizer de cá: não vejo nenhuma surpresa nos verbos de Rogério. Bolas! Se não for assim não é o PT.

É fato que as urnas colocaram o então candidato petista no papel de oposição. Mas não há documento assinado em cartório obrigando a crítica ser açodada. O novo governo sequer começou. O governador de Sergipe, salvo uma renúncia inesperada, até o dia 31 de dezembro de 2022, chama-se Belivaldo Chagas. Ainda esperamos o Natal.

Rogério e outros políticos – com ou sem mandatos – que estão na oposição têm a missão importantíssima de fiscalizar os passos do Governo do Estado, denunciando à sociedade – e até mesmo batendo à porta da Ministério Público e da própria Justiça se for necessário. Um governo solto, sem uma oposição responsável, tende não ser bom para a sociedade. Portanto, é importante Rogério estar atento, sim.

Todavia, antes de a crítica entrar em cena, o governo precisa entrar. O governador diplomado Fábio Mitidieri precisa assumir – e seu secretariado e demais auxiliares ocuparem seus postos. Até para preservar a própria oposição da possibilidade de ficar desacreditada. Banal. Já pensou se o governo não precisar de muito tempo para se mostrar eficiente, correspondendo, assim, às expectativas do coletivo? Erros vão existir, evidente. Mas e se os acertos forem bem mais numerosos?

Aliás, o senador Rogério Carvalho coloca ênfase no fato de o governador diplomado não ter, ao menos neste primeiro momento, uma Secretaria (exclusiva) de Cultura no seu governo. O petista demonstra não acreditar que as demandas da importante área possam ser solucionadas com a Cultura funcionando juntamente com a Educação na mesma pasta.

Penso que Fábio Mitidieri acertou ao escolher o deputado estadual e vice-governador diplomado, Zezinho Sobral, para estar à frente da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura. Não o encontrou na primeira esquina e fez o convite. É um gestor experiente e preparado. Provou isso, por exemplo, quando foi secretário de Saúde. Seria ou não prudente aguardar pelo menos o inicio dos trabalhos, antes de atrelar valorização da Cultura a uma pasta exclusiva?

Repito: a oposição tem a missão importantíssima de acompanhar de perto o governo e botar a boca no trombone, quando existirem provas irrefutáveis de equívocos. Sergipe precisa do senador Rogério Carvalho e dos demais que estão, hoje, fora do governo. Entretanto não serve a oposição pela oposição. Já vimos este filme varias vezes. Não há razoabilidade.

Modificado em 21/12/2022 07:19

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