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Se for o candidato de Bolsonaro, Laércio carrega 30% do eleitor, diz presidente da Acese

Por Joedson Telles

Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese) e do Conselho Deliberativo do Sebrae/SE, o empresário Marco Aurélio Pinheiro afirma, neste domingo, dia 29, que o deputado federal Laércio Oliveira (PP), em sendo candidato a governador de Sergipe, em 2022, pode ser o nome do presidente Jarir  Bolsonaro no pleito, unindo a chamada direita em torno de si. “O eleitorado do presidente em Sergipe é de 30%, naturalmente, garantido sem precisar de nenhum tipo de campanha. Todavia, é um eleitorado extremamente dividido, pois, a direita sergipana não tem um nome de coalisão. Acredito eu, por Laércio ser de centro-direito, ele sendo o candidato do agrupamento, carregará com ele todo o eleitorado do presidente Bolsonaro”, afirma.

Como o comércio está lidando com a pandemia? Está havendo recuperação?

O começo da pandemia foi de muita dificuldade para o comércio. Isso porque os pequenos negócios não estavam preparados para essa virada ao mundo digital, do e-commerce, das vendas online. As empresas menores giram essencialmente na venda presencial, principalmente salões, lanchonetes, mercearias, padarias e uma série de empreendimentos. Evidentemente que houve muito pânico a princípio por conta disso. As ações seguras do Governo Federal, com o auxílio ao pagamento da folha das empresas, a postergação do pagamento de tributos e linhas de crédito ajudaram muito o pequeno empreendedor a não fechar as suas portas. Porém, infelizmente, o número de empresas que não resistiram foi muito grande. Portanto, agora, com a vacina, o tratamento preventivo e as medicações que foram desenvolvidas, há uma esperança grande de recuperação por causa da demanda muito grande reprimida. Tenho certeza de que o micro e pequeno empreendedor estará pronto para enfrentar esse novo momento, mas já habituado com as novas ferramentas tecnológicas. E isso certamente facilitará a retomada não só dá economia como também dos empregos.

Como entidades a exemplo da Fecomércio, a Acese, a CDL e o Sebrae estão auxiliando a recuperação da economia?

As entidades do setor produtivo tiveram e têm um papel muito importante do ponto de vista de ser o porta voz das reivindicações junto às autoridades do Poder Público Federal, Estadual e Municipal. As instituições ouvem os reclames dos seus filiados e associados, transformam isso em pautas reivindicatórias e levam para análise dos órgãos e autoridades competentes. É uma função muito importante, que tem um peso maior no contexto da pandemia. Um grande veículo de interlocução entre a sociedade civil e o poder público. Além disso, no Sebrae, há de se destacar uma função ainda maior, como uma agência de fomento, que facilita a vida do empreendedor. Não somente na área de qualificação, mas também de orientação e até mesmo auxílio ao crédito. É um trabalho especial, por ser a grande instituição nacional de fomento ao empreendedorismo e a melhoria do ambiente de negócios.

O Governo do Estado vem correspondendo às expectativas do comércio, neste processo de recuperação?

Em minha avaliação, o Governo Estadual tem sido importante nesse momento porque, ao organizar as contas públicas, pagando o funcionalismo em dia, os fornecedores em dia e ainda, do ponto de vista da geração de emprego, investindo em obras de infraestrutura, há um aquecimento da economia, melhorando a circulação de dinheiro e também os níveis de emprego. Esse cenário cria um estímulo para o setor produtivo. É preciso ressaltar, inclusive, que o governador Belivaldo Chagas se destaca nesse ambiente como o gestor que, nos últimos anos, finalmente, colocou as contas públicas em dia, inclusive melhorando a classificação monetária do Estado de Sergipe. Isso trará aos gestores futuros um grande alento, pois facilita a captação de recursos para investimentos. Portanto, Belivaldo passará para a história como o gestor que organizou a máquina pública. Isso é uma grande marca, deixando Sergipe pronto para um novo momento. E o próximo governante terá a tarefa de manter essa organização e desenvolver no ponto de vista econômico.

O que o comércio espera do próximo governador de Sergipe?

Sendo direto: precisamos de um governador que tenha o pensamento desenvolvimentista. O próximo gestor terá um cenário relativamente positivo, com as contas públicas em dias, com a reclassificação econômica junto aos agentes financeiros, saneado, recuperando sua capacidade de investimento. A partir daí, buscar as ações que levem o Estado ao desenvolvimento. Temos obras estruturantes há muito tempo aguardando esse gestor. Além disso, é preciso pensar em incremento em todas as áreas – agricultura, turismo, indústria, no setor de serviços e, claro, o comércio. U perfil semelhante ao do nosso saudoso ex-governador João Alves Filho, o maior desenvolvimentista que Sergipe já teve.

O senhor tem dito que Laércio Oliveira é o melhor nome entre os pré-candidatos ao Governo do Estado, em 2022. Por que ele é o melhor quadro, na sua opinião?

Defendo o nome do deputado federal Laércio Oliveira para futuro governador do Estado por vários aspectos. Primeiro, porque como empresário ele é um bom gestor. Isso é comprovado por ter uma empresa com mais de 35 anos de existência e com mais de 5 mil funcionários espalhados por todo o Brasil. Por tanto, é um gestor testado, e isso é reconhecido por todos. Também porque, como deputado federal em dois mandatos, adquiriu conhecimento sobre como funciona o Poder Legislativo, como funciona a máquina pública como um todo – e isso é positivo. Acrescente ainda que, como presidente da Federação do Comércio, é visível o salto de qualidade que a instituição teve. Uma gestão enorme, com grandes obras que ele tem feito no Senac e no Sesc, que são hoje um destaque nacional pela excelente gestão que o deputado Laércio faz. Acredito que ele repetirá a marca de uma grande gestão estando à frente do Governo.

Laércio Oliveira pode ser o candidato do presidente Jair Bolsonaro, em Sergipe? É isso que os bolsonaristas querem?

Laércio Oliveira deixou claro que não vota no PT. Portanto, quem não vota no PT, certamente, votará com o presidente Jair Messias Bolsonaro. Veja: o eleitorado do presidente em Sergipe é de 30%, naturalmente, garantido sem precisar de nenhum tipo de campanha. Todavia, é um eleitorado extremamente dividido, pois, a direita sergipana não tem um nome de coalisão. Acredito eu, por Laércio ser de centro-direito, ele sendo o candidato do agrupamento, carregará com ele todo o eleitorado do presidente Bolsonaro. Até porque, as pautas do presidente se identificam com as pautas do desenvolvimento econômico, da prosperidade e, principalmente, as pautas que levam o Estado de Sergipe a melhorar. Acredito, sim, que, em sendo nosso candidato a governador, tranquilamente, Laércio unirá em torno de si todos os nomes da direita.

Bolsonaro e Lula serão decisivos nas alianças políticas de Sergipe, que formarão as chapas?

A única coisa certa que temos é a pré-candidatura do senador Rogério Carvalho, já lançada pelo presidente Lula. Isso independente do comando local, do governador Belivaldo Chagas, que disse que ainda não tem uma definição do seu agrupamento, que é preciso ter muito diálogo. Por outro lado, evidentemente, quem fará frente a esse nome será um candidato mais à direita, ou de centro-direita. E esse possível candidato deve estar alinhado com Bolsonaro. Com certeza essas chapas irão esquentar o mundo político sergipano.

O senhor participará das manifestações marcadas para o Dia 7 de Setembro?

Na verdade, já participo de forma direta ou indireta de todos os movimentos em prol do desenvolvimento do Brasil. Movimentos anticorrupção, movimento contra a ditadura da toga atual e vários outros. Portanto, 7 de setembro será apenas mais um movimento. Esperamos que seja decisivo e que possamos chegar a um bom termo pois é notável que o STF feriu a Constituição com as invasões de competência.

Qual o grande acerto e o maior erro do presidente Jair Bolsonaro, na sua ótica?

Avalio que, desde o primeiro momento, o presidente Bolsonaro teve um grande acerto em formar um time de ministros de primeira linha, sem alinhamento com fisiologismos políticos. Houve tropeços, houve grandes nomes que caíram ao longo do Governo. Entendo que não deveriam ter caído, que deveriam ter se portado de outra forma. Por outro lado, considero também um grande erro não ter feito desde o começo o jogo político – e aqui não me refiro ao toma-lá-dá-cá, mas o respeito ao Parlamento, o diálogo melhor com o Congresso. Não o diálogo do Governo anterior, com base em corrupção e outras ações, mas, chamar os deputados federais de todos os Estados, para assim contribuírem com a gestão, com a única diferença de que os candidatos deveriam ter currículo e não ficha corrida em delegacias ou nos tribunais. O maior erro do presidente Bolsonaro foi não praticar a arte da política.

Marco Pinheiro é pré-candidato a deputado estadual? O que Sergipe pode esperar deste projeto?

Encerro meus mandatos à frente da Acese e do Conselho Deliberativo do Sebrae, em dezembro de 2022. Sou empresário, graças a Deus, relativamente bem-sucedido. Não tenho negócios com o poder público. E tenho, sim, colocado o meu nome à disposição da sociedade, dos amigos, do meu partido, que é o PP, do nosso líder político, que é o deputado Laércio Oliveira, para ver de que forma e em qual projeto podemos contribuir para o desenvolvimento do nosso Estado – seja na Assembleia Legislativa, seja na Câmara Federal. Mas é preciso deixar claro: meu nome está inteiramente à disposição, porém, nesse momento não é esse o foco. Procuro desenvolver da melhor forma possível o nosso trabalho à frente dessas instituições para que, com certeza, Sergipe melhore ainda mais os seus níveis de emprego e de desenvolvimento econômico. É uma missão importante, ainda mais nesse contexto de pandemia. Na hora certa, construirei com o grupo de que outra forma podemos contribuir.

Modificado em 29/08/2021 11:03

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