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“Queremos apresentar uma alternativa socialista”

“Entrevista uniforme”: Gilvani Santos, candidata a prefeita de Aracaju pelo PSTU

Por Joedson Telles

Buscando contribuir jornalisticamente para que o eleitor conheça melhor os candidatos e candidatas à Prefeitura de Aracaju, o Universo publica a chamada “entrevista uniforme” com  todos que, gentilmente, aceitarem expor suas ideias nesta página. A exemplo das eleições para governador de Sergipe, em 2018, as mesmas perguntas são feitas a todos que almejam administrar a capital, como forma de auxiliar na democratização do processo eleitoral. Nesta quarta-feira, dia 21, Gilvani Santos, candidata do PSTU, é a nossa entrevistada.

Quem é Gilvani Santos e por que o eleitor de Aracaju deve votar na senhora?

Sou uma mulher negra, de 54 anos, trabalhadora e que luta há mais de 30 anos por uma sociedade em que tenhamos direito à dignidade e à felicidade. Em nosso programa de governo estamos apresentando 16 medidas emergenciais para Aracaju, que visam oferecer uma alternativa aos trabalhadores e ao povo pobre da nossa cidade. A lógica implementada pelos governos e pelo capitalismo tem levado a um agravamento das condições de vida dessa parcela da população, que vê seus direitos e necessidades serem atacados e negligenciados constantemente. Temos visto um alto índice de letalidade na periferia, desemprego, violência a negros, mulheres e LGBT, além do pior Ideb registrado entre as capitais brasileiras. Não aceito passivamente essa situação. Por isso, queremos apresentar uma alternativa socialista que priorize as necessidades da periferia, dos pequenos comerciantes, dos profissionais da educação e da saúde, da juventude, dos negros, das mulheres e das pessoas LGBT.

De forma resumida, quais as suas propostas para a saúde, educação, segurança e mobilidade urbana?

A saúde precisa ser pública, gratuita e de qualidade para atender à população pobre de nossa cidade, em especial. Por isso, pretendemos ampliar o investimento no setor, construir Unidades Básicas de Saúde (UBS) por toda a cidade, principalmente, nas periferias; aumentar o horário de atendimento à população,com valorização dos profissionais da saúde; encampara saúde privada para que tenhamos uma grande rede pública de saúde, com serviços de qualidade que atendam toda a população. Na educação, a gestão de Edvaldo levou Aracaju para a última colocação entre as capitais no ranking do Ideb: de 0 a 10, Aracaju tem apenas 4.8. Uma vergonha que revela a negligência com que a educação tem sido tratada no município. O setor precisa de uma revolução que garanta 30% do orçamento.Somente assim poderemos construir creches públicas, para que as mães possam trabalhar e deixar seus filhos seguros e com cuidados adequados. Também faremos o pagamento imediato do piso salarial dos professores. Sobre a segurança pública, será preciso combinar iniciativas.É preciso garantir iluminação em toda a cidade,além de praças conservadas, com Wi-Fi e atividades esportivas e culturais. Essas iniciativas se somam à construção de um Plano Popular de Segurança Pública, que concedem à população o poder de definir as diretrizes de segurança nos bairros e a eleição dos comandantes da Guarda Municipal.Para o transporte público, prestaremos o serviço a partir de uma empresa municipal de transporte público, que reduzirá o valor absurdo pago atualmente (R$ 4,00). Desempregados e idosos com mais de 60 anos não pagarão, além do passe livre para estudantes. Serão mantidos todos os empregos de cobradores e motoristas, que não mais precisarão cumprir dupla função. Implementaremos ônibus mais confortáveis, com Wi-Fi, ar-condicionado e com mais linhas disponíveis. Os Conselhos Populares, também formados por rodoviários e usuários, controlarão o sistema para seguir em direção à tarifa zero em Aracaju. Assim, retomaremos o serviço público da iniciativa privada.

Quais as obras estruturantes que precisam ser edificadas em Aracaju?A senhora se compromete em executá-las?

Realizaremos um Plano de Obras Públicas, com a construção de creches, escolas, Unidades Básicas de Saúde (UBS), restaurantes populares, moradia e demais edificações necessárias. Vamos também universalizar o saneamento básico.As demais obras serão decididas pelo poder popular, a partir dos Conselhos Populares.

Como a senhora pretende diminuir o desemprego em Aracaju?

Pelo terceiro mês seguido, vemos um aumento no índice de desempregados em nosso Estado. Esses números se acentuaram devido à postura inerte de Edvaldo Nogueira e Belivaldo Chagas, que pouco ou nada fizeram diante do fechamento da Petrobrás, por exemplo, uma grande fonte de renda e emprego para nosso povo. Por isso, nossas medidas para o combate ao desemprego em Aracaju estão relacionadas à luta pela permanência da Petrobrás em Aracaju e no Nordeste;abertura de crédito a juros zero para pequenos comerciantes garantirem seus negócios e os empregos,disponibilização de equipamentos público para a população, por até 24h; e à defesa da jornada de trabalho de 30 horas semanais. As grandes empresas que receberam algum tipo de isenção ou incentivo municipal serão proibidas de demitir seus empregados. Construiremos, ainda, uma empresa municipal de construção civil e obras para executar o Plano de Obras Públicas, gerando mais empregos para a população.

Como reduzir a desigualdade social na capital?

De forma imediata, construiremos restaurantes populares na periferia da cidade para atender quem tem fome.Junto aos conselhos populares, implementaremos medidas que visam garantir emprego, renda, saúde e educação.
Aplicaremos todos os recursos públicos para ações que atendam mulheres, negros/as trabalhadores/as, desempregados, autônomos e pequenos comerciantes. Dinheiro público destinado estritamente para o serviço público. Sendo assim, daremos um fim à farrada iniciativa privada, que acumula milhões para os cofres das empresas, enquanto falta para os serviços público de atendimento à população. Precisamos romper com essa lógica urgentemente para priorizar as necessidades dos trabalhadores, trabalhadoras e do povo pobre.

Quais as fontes dos recursos para a realização das obras e ações previstas no seu plano de governo?

Inicialmente, acabaremos com as isenções e benefícios às grandes empresas e faremos um IPTU progressivo para garantir a justiça social: quem tem mais paga mais e a classe média e pobres pagam de acordo com suas condições ou serão isentos. Prestaremos um forte incentivo aos pequenos comerciantes, que também serão fonte de arrecadação municipal. Aliado a isso,daremos um fim à chamada “máfia do lixo” e dos especuladores imobiliários, que retiram milhões dos cofres públicos.Com o controle direto da PMA, os custos desses serviços cairão consideravelmente.
Por fim, todo recurso municipal arrecadado será discutido pelos Conselhos Populares, que também definirão seu destino.

Além do que já foi abordado nesta entrevista, quais são os pontos principais de uma possível gestão sua, a partir de janeiro de 2021?

Nós aplicaremos os Conselhos Populares, que, durante nossa gestão, serão os espaços de poder destinados à população para que possam discutir e decidir como utilizar os recursos públicos no seu bairro ou na sua comunidade. A experiência do orçamento participativo mostrou que o povo pode decidir, mas essa era limitada porque concedia a discussão de apenas 10% do orçamento. Os Conselhos Populares permitem que, pela primeira vez em Aracaju, o povo e os trabalhadores decidam inteiramente seus rumos. Será a vez do povo e dos trabalhadores/as no poder. Além disso, como dito anteriormente, trazemos 16 medidas emergenciais para Aracaju, que serão trabalhadas durante minha gestão. A população pode conferir cada uma delas em nosso site www.gilvani16.com.br e somar forças à nossa campanha, para que juntos possamos construir uma Aracaju que atenda às necessidades do povo e caminhe rumo ao socialismo.

Modificado em 21/10/2020 11:20

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