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Quando a tragédia anunciada é cavalice

Por Joedson Telles

A foto que ilustra este texto é um registro da porta da Arena Batistão, na Rua Cedro, que oferece acesso ao estádio pelo lado da torcida do Confiança. Domingo 17, por volta das 17h30. Torcedores chegam para assistir à partida que o São Bento venceria o Confiança por 2 x 0, obrigando o clube sergipano a ganhar o jogo de volta, em Sorocaba (SP), no próximo domingo, por três gols de diferença, para não acordar do sonho de disputar a série B do Campeonato Brasileiro 2018. O “Vamos subir Dragão”. A eliminação, contudo, não seria nada perto de uma tragédia anunciada.

Notem que, ao fundo, o ônibus do time do Confiança chegava, neste momento, chamando a atenção e contagiando ainda mais a torcida. Há crianças e mulheres entre as pessoas. Idosos vão aos estádios de futebol. Agora, dá para imaginar policiais militares montados em cavalos perseguindo torcedores suspeitos neste mesmo espaço? Mais policiais a pé com cassetetes em mãos abrindo caminho? Parece fora da realidade, não? Mas acontece. E voltou a acontecer ontem à noite na saída do estádio.

A pessoa vai caminhando normalmente, se dirigindo ao seu veículo ou ao ponto de ônibus, e, de repente, percebe o tumulto: todo mundo correndo e policiais e cavalos abrindo caminho. “Salve-se quem puder”.

A tragédia está anunciada. Se já não aconteceu, a permanecer a estupidez, pessoas machucadas soa questão de tempo. Não descartemos morte, inclusive.

A Polícia Militar precisa rever a tática nociva, que pode afastar pessoas de bem do estádio. Evidente que não tem esta intenção. Tampouco quer machucá-las. Os policiais agem motivados por ações de determinados “torcedores”, para não escrever marginais, que afrontam a ordem pública. E, óbvio, é papel da PM orientar e, se for o caso, prender quem estiver agindo à margem das leis. Inclusive com energia, se for o caso.

Contudo, é preciso preparo para chegar aos torcedores baderneiros sem atingir os do bem. Do jeito que a PM age, hoje, crianças, idosos, mulheres… Todos estão em xeque. E, evidentemente, mil malandros presos não justificariam uma só pessoa de bem ferida. A PM é imprescindível e merece o reconhecimento e o respeito de todos. Já métodos falidos e nada inteligentes precisam ser descartados. Urgentemente.

Modificado em 18/09/2017 08:23

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