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Quando a maior crise é a falta de gestão

Jackson na Assembleia: crise/Foto: César de Oliveira

Por Joedson Telles

O governador Jackson Barreto ficou previsível além da conta. Um samba de uma nota só. Crise, crise, crise… Eis o socorro quando uma mente lúcida o lembra do caos que vive Sergipe diante da sua patética gestão. Na última segunda-feira 15, na Assembleia Legislativa, ao invés de apresentar ideias e projetos para tirar o estado do buraco, optou pela mesma ladainha numa discreta participação. Aliás, a não divulgação da sua ida à Alese soou temor à semeação de sentimentos.

Bolas! Se a coisa é tão ruim como Jackson prega, dando a entender até a inviabilidade do Estado, não entendo o que ele ainda faz no cargo. Se para ele não tem jeito, se a crise o impede de governar não seria melhor para Sergipe e para ele mesmo ir para casa? Antecipar o pijama? Abrir caminho para quem tem projeto dar sua contribuição a Sergipe?

De forma seca: ou o governador é desinformado sobre outros estados ou tenta subestimar a inteligência das pessoas. Crise, governador? Crise é Sergipe, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul… Meia dúzia. Aí tudo bem. Mas e outros estados brasileiros? A crise não existe para quem está dando certo? Ou existe, mas a boa gestão faz a diferença? Há criatividade, boas ideias e soluções práticas a evitar o caos vivido em Sergipe. Governar bem só na abundância de recursos? Eis o mote do choro, governador?

Pegue-se, por exemplo, os números da insegurança que vive o sergipano. Números de homicídios, assaltos, sequestros… Os dados que mostram o banho de sangue que os bandidos dão no Governo do Estado. Agora indague o governador sobre o projeto de segurança pública de Sergipe. Coloque-o de cabeça para baixo e a ainda assim a resposta será frustrante. Ou o projeto é falido ou sequer existe. Agora lembre há quando tempo Jackson é governador com ou sem Marcelo Déda. Indague-o também sobre os motivos de Mendonça Prado não ter dado certo. Feito isso, chega-se à conclusão lamentável: falta mesmo é gestão. Governo. Isso pra ficarmos em apenas uma área do governo.

Já disse neste espaço, não podemos duvidar da vontade do governador Jackson Barreto em acertar. Jamais o julgaria. Não estou dentro dele. Mas é preciso bom senso. Há um oceano de distância entre a vontade de ser um bom gestor e ser um bom gestor. Como tudo na vida, governar exige vocação. Aptidão. Habilidade. Jackson Barreto não tem culpa de não ter nascido para a coisa. Mas façamos justiça: tampouco encostou uma arma na cabeça do eleitor e se fez governador. É governador de fato e de direito. Isso não se discute.

O problema é que seu governo é muito aquém das expectativas. Dos pleitos e necessidades dos sergipanos. E quem tem a história de acossar então governadores, exigindo a boa gestão, aliás, acertadamente, teria a obrigação de velar a coerência e ser o primeiro crítico do seu governo quando o trem teima em rejeitar os trilhos de forma tão evidente.

P.S. O governador Jackson Barreto andou prevendo resultados da eleição 2016. Não seria melhor usar a “bola de cristal” em prol do povo, lhe auxiliando a tentar mudar o caos? Ou seria perder tempo com uma previsão furada?

Modificado em 16/02/2016 07:53

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