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“Qualquer partido erra quando diz que quer espaço a qualquer custo na majoritária”

Heleno Silva explica ainda opção pelo grupo do governador Jackson Barreto

Heleno: PRB fugiu do “grupo da morte”

Por Joedson Telles

O prefeito de Canindé do São Francisco, Heleno Silva (PRB), conversou com o Blog do Joedson Telles sobre a sua gestão e avaliou também o momento político do seu agrupamento. Segundo ele, os aliados do governador Jackson Barreto (PMDB) devem ter o máximo de cautela e evitar exigências que possam colocar em xeque um projeto que vem dando em certo em Sergipe. Segundo Heleno, quem já está no bloco precisa deixar Jackson à vontade para ampliar o arco de alianças, tendo como principal foco a sua pré-candidatura ao Governo do Estado. “Qualquer partido erra quando diz que quer espaço a qualquer custo na majoritária. Eu não concordo com isso, eu acho que grupo bom é o grupo que vence o governo. A gente defende que Jackson possa fazer a sua composição. Eu mesmo tenho dito a ele que vá em busca do DEM, de João Alves, de Maria do Carmo e de Mendonça Prado, para que a aliança se consolide e que ele possa ir com forças populares na política para vencer as eleições”, argumenta. A seguir a entrevista:

 

Está mais fácil administrar Canindé ou era melhor quando o senhor estava como deputado federal?

Eu achei que Canindé era mais fácil dado a fama de uma cidade rica, mas não é não. Em Brasília era mais tranquilo, mas a vida do ser humano é feita dos desafios. Uma cidade que tem os recursos, mas os recursos são diferenciados.  A gente está lutando, trabalhando, no sentindo de que, ao final do nosso mandato, possamos deixar uma melhor cidade para aquele povo.

 

Dá para fazer um balanço destes anos de gestão?

O ano de 2013 foi muito difícil para todos os municípios, mas foi quando nós conseguimos avançar muito na área da educação, da saúde. A saúde era muito deficitária, nós investimos bem, ampliamos a equipe da saúde da família, eram quatro e hoje são 10, nós tínhamos nove médicos e hoje são 32 com 20 especialidades, nós investimos muito no programa que é um projeto muito maravilhoso que nós temos que é o cuidado com as crianças portadores de deficiência. Canindé tem mais de 500 famílias que tem filhos portadores de deficiências. Nós temos uma estrutura grande e só em casos extremos é que se vem para Aracaju. A gente tem fono-terapeuta, médico, a gente tem uma estrutura muito grande, sem falar na educação que pagamos o piso dos professores, reformamos todas as escolas, compramos 1500 carteias do padrão de universidade, investimos bem na área do campo apoiando o homem do campo, fazendo estradas, limpando barragens. Fizemos um trabalho maravilhoso em 2013 e em 2014 acho que vamos fazer muito mais.

 

Qual o grande desafio, hoje, de Canindé?

Geração de emprego. Os empregos se concentram nos grandes centros urbanos, e temos buscado junto ao governador e com o secretário de Indústria e Comércio para atrair indústrias para aquela região. Canindé fica longe de Aracaju, ma fica no centro do sertão próximo a Paulo Afonso (BA), Maceió (AL), Recife (PE). Estamos criando o Distrito Industrial para dar oportunidade e infraestrutura para que as empresas possam se instalar naquele lugar.

 

O grupo do senhor está fechado na pré-candidatura do vereador Jony Marcos a deputado federal. O que esperar dessa projeto?

Jony é o nosso pré-candidato. É vereador de terceiro mandato, merece ser deputado federal. É um jovem promissor. Eu acho que Brasília e o Brasil passam por essa renovação, e nosso partido o escolheu como pré-candidato a deputado federal. Estamos trabalhando nossas bases, nossa militância, o sertão que votou em mim sabe da valorização que dou aquela região e eu vou pedir para votar nele, a comunidade evangélica também que acredita no nosso trabalho também estará com ele. A gente vai pedir para que tudo dê certo e que ele possa vencer. Acho que vai ser muito bom para o Brasil e para Sergipe a vitória de Jony.

 

O PRB já tem posição sobre a disputa pelo Governo do Estado. A preocupação, agora, é montar uma forte?

Já fechamos com Jackson Barreto (pré-candidato ao governo), e acho que todos os partidos que compõem esse arco de aliança têm que ter o discernimento de que a chapa boa é a chapa que vence. Nós temos um nome para chapar majoritária muito bom, que é o de Ivan Leite, ex-prefeito de Estância. Um homem que foi, inclusive, candidato a senador e ficou em terceiro com uma votação grande, e nem por isso estamos brigando por espaços. Qualquer partido erra quando diz “eu quero espaço a qualquer custo na majoritária”. Eu não concordo com isso, eu acho que grupo bom é o grupo que vence o governo. A gente defende que Jackson possa fazer a sua composição. Eu mesmo tenho dito a ele que vá em busca do DEM, de João Alves, de Maria do Carmo e de Mendonça Prado, para que a aliança se consolide e que ele possa ir com forças populares na política para vencer as eleições.

 

Mesmo que isso coloque em xeque a permanência do PT na chapa?

O PT sabe que chapa boa é chapa que vence. Num projeto desse o nome da presidenta Dilma estaria incluso. Não há aliança sem presidente. O PT já amadureceu muito. O PT, que era contra Sarney, hoje recebe o voto de Sarney. Acho que o PT já tem maturidade suficiente para saber que esses tempos passaram, e que a realidade em Sergipe é outra e é a mesma realidade do país.

 

Então, o momento requer dos aliados do governador Jackson Barreto cautela para que a chapa seja formada com a maior força possível?

Exatamente. Momento de cautela. Ver a força política de cada grupo, e que os nomes que venham compor a chapa majoritária venham fortalecer o nome do pré-candidato Jackson Barreto. Partido nenhum pode estar impondo. Colocando ninguém na parede, já declarando quero isso ou aquilo. Até por que o processo está começando agora, e temos poucas vagas no campo majoritário, e Jackson precisa abrir o leque de alianças para sair fortalecido para vencer as eleições.

 

Até porque se deve estar atento que numa possível derrota de Jackson Barreto alguém pode pagar a conta, não é verdade?

Quando você parte para o extremismo ninguém vence. Acho que se é aliado, se é grupo tem que ver o momento político de cada um. Então, defendo que Jackson parte para uma conversa com o prefeito João Alves Filho. É um posicionamento meu. Ninguém está forçado a concordar comigo. Até porque em Sergipe, todos já caminharam com todos. O foco principal é vencer o Governo do Estado. E se Jackson não fizer outros grupos farão. O PSC sonha com razão em ter o apoio de João Alves. Tem muita coisa para acontecer, mas acho que João Alves só deve se definir depois de abril, quando o tom da política fica mais forçado. Mas, particularmente, acho que ele não vai. As portas já foram abertas e ele não sinalizou. Ele vai concluir o seu mandato e escolher quem vai apoiar, sempre defendendo o fortalecimento do seu grupo, o do DEM.

 

O senhor ratifica o acordo com o governador Jackson Barreto. Isso está definido também nacionalmente, por que se ventilou uma composição PRB/PSC?

A Nacional (do PRB) quer o fortalecimento do partido, que a eleição de um deputado federal. De nada adianta acertos políticos, alianças feitas em Brasília, se em Sergipe você não concorre em pé de igualdade. O grande desafio hoje do PSC é dar viabilidade aos seus candidatos. Seus candidatos sabem que a batalha vai ser dura. A chapa deles não será fácil. Assim como na Copa do Mundo tem o grupo da morte, a chapa dos irmãos Amorim se desenha para isso. Entram três fortes sabendo que só se elegem dois.

Modificado em 17/02/2014 08:54