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Proibida pelo STF, a vaquejada poderia continuar substituindo o rabo do boi por braços de amantes

Por Joedson Telles

Em boa hora, o STF julgou inconstitucional a lei cearense que regulamentava a vaquejada e o absurdo passa a ser considerado ilegal.  O STF precisa, agora, aplicar a decisão nos demais estados brasileiros. O lúcido entendimento precisa ser levado a sério e colocar na cadeia quem continuar maltratando animais.

“A vaquejada é uma hostilidade que deve ser explicada. Os peões usam luvas com espinhos de aço ponte agudos, onde, montados a cavalo, procuram derrubar o bovino, com forte puxão pelo rabo. Ao peão que conseguir arrancar o rabo é dado inclusive prenda ou prêmio. Provas de laço, estrangulam aos animais e a tração, pela corda, derrubam aos animais causando hematomas e não raro ruptura de ossos, inclusive na coluna”, lê-se no site Proanima.org.br.

Há denúncias também de utilização de açoites e a introdução de pimenta e mostarda via anal, choques elétricos e outras práticas de maus-tratos.

E então? Dá para imaginar a crueldade e achar tudo normal? Cultural? O STF acertou. Mas quem for contra a ideia de proibir a vaquejada por achar algo normal, cultural, uma festa tradicional… Pode muito bem valer-se da democracia e, na proibição do uso do rabo do boi, oferecer um dos seus braços para ser puxado até quebrar do mesmo jeitinho que se faz com o animal e, assim, garantir a “festa”. O argumento não é que inexiste maus-tratos? Dor? A diferença será a mínima: o boi não tem escolha e o amante da vaquejada que vai assumir o seu lugar é voluntário.

Evidente que a ideia soa um delírio: colocar uma pessoa correndo (nua?) nas areias de um cercado e outras montadas em cavalos e devidamente protegidas perseguindo-a para pegar em um dos seus braços e puxar até quebrar é coisa de louco, não? Tudo para delírio da platéia. Mas impressiona muito mais a frieza de maltratar um animal por divertimento…

A medida do STF vem, como disse, em boa hora. Seria muito bom se todas as pessoas se preocupassem com os animais. Usassem da empatia. Mas na ausência do discernimento para a crueldade desnecessária, a proibição emerge como solução. Como já dito, que se coloque na cadeia quem desobedecer, já que não vigora mais a lei de talião.

Modificado em 10/10/2016 10:21

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