Provocado pelo Universo, o deputado estadual Luciano Pimentel (Sem Partido) avaliou, neste domingo, dia 23, que o bloco governista, para escolher o nome para a disputa pelo Governo do Estado, precisa observar não apenas a trajetória política e profissional do candidato, mas também de que forma a sua história está ligada ao estado. “É sempre um critério importante a ser observado. A contribuição que cada um desses nomes deu a Sergipe através da sua atuação é uma forma de ter uma noção de como esse candidato será enquanto governador”, acredita Pimentel.
O que o senhor espera deste último ano de legislatura?
Será um ano bastante intenso. Continuaremos percorrendo os municípios sergipanos, recebendo lideranças e dialogando com a população. Estamos no segundo mandato e foi dessa forma que construímos nossa trajetória na Assembleia Legislativa. Acredito que o nosso trabalho é valorizado pelos sergipanos e por isso o último ano de legislatura terá o mesmo fôlego do primeiro. Seguirei buscando o melhor para a nossa gente.
Quais são as principais ações do seu mandato, até este momento?
Existem temas que desde o nosso primeiro mandato estão presentes em nossas ações, a exemplo da defesa da energia solar fotovoltaica, da luta contra o desinvestimento da Petrobras em Sergipe, do incentivo ao desenvolvimento da economia e do estímulo à expansão do turismo sergipano. E existem pautas que abraçamos nos últimos anos, que é o caso da efetivação dos direitos dos autistas. Dessa forma, posso afirmar que tenho a alegria de, ao longo desta trajetória parlamentar, ter apresentado projetos de lei relevantes, que promoveram melhorias significativas na sociedade. Das proposituras que se tornaram leis estaduais, as que mais nos orgulham são: Lei nº 8.378/2018, que incentiva as feiras gastronômicas e regula a venda de alimentos em veículos automotores (Food Trucks); a Lei n° 8.410/2018, que determina a isenção do IPVA para os proprietários de veículos utilizados exclusivamente no transporte escolar; a Lei nº. 8.420/2018, que insere o Projeto “Remição pela Leitura” no âmbito dos estabelecimentos penais do Estado; e a Lei nº. 8.467/2018, que institui a Política Estadual de Incentivo à Geração e Aproveitamento da Energia Solar em Sergipe; Lei nº 8.522/2019, que obriga os órgãos públicos e privados a dar preferência no atendimento à pessoa com Transtorno do Espectro Autista; Lei nº 8.685/2020, institui no âmbito do estado o “Abril Azul” dedicado a ações de conscientização sobre o autismo; a Lei nº 8.690/2020, que dispõe sobre a obrigatoriedade do QR Code em todas as placas de obras públicas; e a Lei nº 8.916/2021, que dispõe sobre o prazo de validade do laudo médico que ateste o TEA.
Como avalia o governo Belivaldo Chagas?
Quando Belivaldo Chagas assumiu o estado, Sergipe estava sem capacidade de investimento e com déficit previdenciário exorbitante. E esses são apenas alguns dos problemas financeiros do estado na época. Somado a isso temos as adversidades que surgiram com a pandemia, que gerou uma crise socioeconômica sem precedentes em todo país. Não obstante a todas as dificuldades, o governador demonstrou uma enorme capacidade de gestão, levando o estado a uma eficaz gestão financeira que já apresenta resultados positivos através da realização de diversas obras estruturantes, a exemplo da reconstrução de rodovias. Belivaldo entregará ao próximo governante um estado totalmente diferente do que encontrou. Graças ao trabalho realizado por ele e por toda qualificada equipe do seu governo, Sergipe está com suas contas arrumadas, o que possibilitará ao novo gestor tranquilidade para atuar fortemente com uma bandeira desenvolvimentista de atratividade de novos investimentos, gerando mais empregos e renda para nossa gente.
O grupo governista está atrasado na indicação do nome que disputará o Governo do Estado? Isso pode prejudicar o projeto de alguma forma? Como o senhor avalia o processo?
Estamos iniciando 2022, então, não vejo que há um atraso na indicação. Pelo contrário. O que tenho notado é seriedade e cautela por parte do governador Belivaldo Chagas, líder do agrupamento, ao tratar deste tema. Quando falamos em campanha eleitoral, sempre há uma urgência injustificável. Entendo que esse imediatismo pode acabar prejudicando todo processo. Acredito que o governador também compreende isso e sabe das suas responsabilidades enquanto gestor. Ceder à pressão pelo anúncio seria desviar o foco das ações do Governo em plena pandemia. Dito isso, penso que o grupo governista possui opções tão qualificadas que falar em atraso seria reduzir a importância desses nomes e a capacidade que cada um deles tem de assumir uma campanha para o governo.
Há vários nomes de peso no bloco. Como escolher? Quais devem ser os critérios, na sua ótica?
Observar a trajetória política e profissional do candidato e de que forma a sua história está ligada ao nosso estado é sempre um critério importante a ser observado. A contribuição que cada um desses nomes deu a Sergipe através da sua atuação é uma forma de ter uma noção de como esse candidato será enquanto governador. E já na campanha, perceber quais os candidatos defendem uma bandeira desenvolvimentista, que possam continuar promovendo o crescimento econômico do nosso estado.
O senhor tem feito visitas aos municípios. Esteve, por exemplo, em Neópolis, recentemente. Quais as principais demandas?
Recebemos demandas de diversas áreas, tanto durante essas viagens ao interior do estado, quanto em diálogo com as lideranças que visitam o nosso gabinete. Pensando quantitativamente, as pautas relacionadas à pavimentação, ao recapeamento e a recuperação asfáltica de rodovias estaduais são as que chegam em maior volume e logo são transformadas em indicações ao Governo do Estado. Outros pedidos que recebemos com certa constância tratam da ampliação ou melhoria do abastecimento de água em povoados e da perfuração de poços artesianos. Com a pandemia e o anúncio da vacinação, o que recebemos bastante das categorias de profissionais, a exemplo dos bancários e corretores de imóveis, e também de familiares e pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi a solicitação de inclusão desses grupos entre os prioritários para imunização. Neste período, pedimos também a flexibilização do uso de máscaras para autistas, a prorrogação do Cartão Mais Inclusão. Temos também as solicitações nas áreas da saúde, educação e infraestrutura que originam Projetos de Lei, a exemplo da Lei nº 8.916/2021 que torna indeterminado o prazo de validade do laudo médico que comprova o TEA, e emendas parlamentares que apresentamos anualmente para beneficiar os municípios sergipanos. Para citar algumas dessas emendas, já destinamos recursos para Simão Dias, possibilitando a aquisição de uma ambulância e de aparelhos de raio x, CR digitalizador e ultrassom; para Siriri, que foram aplicados na realização da pavimentação dos povoados Coqueiro e Fazendinha; para Pedrinhas, garantindo uma ambulância para atender à população, permitindo a reforma das casas de farinhas do município e a aquisição de maquinário agrícola, e para Aquidabã, de apoio financeiro para aquisição de fardamentos e equipamentos para Lira Senhora Santana. Além disso, não podemos esquecer dos recursos para perfuração de poços artesianos em Cumbe, Malhador e Neópolis, para onde também destinamos emenda para construção do Centro de Reabilitação e Medicina Integrativa e de uma quadra de esportes no povoado Flor do Brejo. O que buscamos através dessas ações é atender a necessidade da população sergipana.
O senhor deixa o PSB, agora na janela. Já decidiu seu destino? O que está sendo levado em conta, para a escolha?
Graças a Deus, desde que manifestei o interesse de sair do PSB, e principalmente após a minha desfiliação, tenho sido bastante procurado por diversos partidos, o que me alegra imensamente. Estávamos aguardando as novas regras eleitorais, e, agora, começaremos a pensar para qual partido deveremos ir. Ouviremos com atenção os amigos e no momento que julgarmos adequado faremos a nossa opção por um novo caminho político.
Modificado em 24/01/2022 07:30