Motivado pela inesquecível forma como Genivaldo de Jesus Santos deixou este mundo, o Ministério Público Federal está recomendando à Polícia Rodoviária Federal a adoção de câmeras corporais para os trabalhos de policiamento ostensivo, patrulhamento rodoviário e cumprimento de medidas judiciais.
É uma medida acertada. Seria um avanço. Aliás, já deveria existir uma lei obrigando o uso da tecnologia nos contatos entre qualquer policial e um cidadão. Não só a PRF, mas todas as polícias.
Pra começo de conversa, todo o policial que desempenha suas funções dentro da legalidade não tem o que temer. Aliás, seria uma prova inquestionável a seu favor, caso uma pessoa abordada da forma correta usasse da fraude contra ele. As imagens estariam sempre disponíveis para os órgãos competentes fazerem a devida analise e validar a versão do sério policial.
Do mesmo modo, o cidadão de bem teria provas a seu favor contra possíveis abusos cometido por policias despreparados, que se achassem superior a lei. Sem falar que só o fato de portar a câmera já seria o bastante para que o agente público pensasse duas vezes e desistisse de cometer algum tipo de abuso.
Por fim, as imagens também seriam imprescindíveis à busca pela verdade factual nas investigações de mortes oriundas dos chamados confrontos policiais x bandidos – ou policiais x suspeitos. Hoje, existe apenas a versão policial, já que defunto não fala.
Modificado em 14/01/2023 09:05