O governador Fábio Mitidieri ratificou, ao ser empossado, no último domingo, dia 1º de janeiro, o discurso de campanha focado, sobretudo, na geração de emprego e no combate à fome. Não são desafios fácies.
Todavia, atrelado a um trabalho exitoso também em áreas básicas – como educação, saúde e segurança -, em o jovem chefe do Poder Executivo cumprindo tais promessas, certamente, entrará para a história como um dos maiores governadores de Sergipe.
Exagero? Nem tanto. O critério para se eleger o melhor governador de um Estado sempre estará em harmonia com a sua capacidade de prover, na prática, respostas positivas às demandas do momento. E parece não haver dúvida que o desemprego e o combate à desigualdade social gritam pela atenção do governador.
Para citar apenas um caso, o saudoso ex-governador João Alves Filho, para muitos o melhor governador que Sergipe já teve, tinha esta capacidade de enxergar os maiores problemas e trabalhar pelas soluções – como, por exemplo, quando construiu o Hospital de Urgência que tem o seu nome.
Otimista, Fábio, durante o discurso de posse, observou que já conseguiu R$ 29 milhões em emendas, junto à bancada de Sergipe, em Brasília, para alavancar o Programa Primeiro Emprego e para investir em programas de segurança alimentar. Claro que não é o bastante para tudo. Mas iniciar o governo com essa informação não deixa de ser mais um estímulo importante.
O fato de Lula estar como presidente da República – e já ter provado ser sensível às causas sociais -, por certo, deixa o novo governador de Sergipe mais esperançoso em ter uma parceria benéfica ao Estado de Sergipe. Mais recursos. Se, por um lado, Fábio não foi o candidato a governador de Lula – por razões conhecidas do internauta -, por outro lado, também não lhe fez oposição. O governador tem acesso ao presidente.
Sem falar que petistas que ocupam, hoje, cargos estratégicos – acredito – devem descer do palanque e pensar em Sergipe – inclusive por sobrevivência política. São nomes como o senador Rogério Carvalho, o deputado federal João Daniel, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, e a secretária Nacional de Renda e Cidadania, Eliane Aquino. Sergipe não está largado à própria sorte.
Além disso, Fábio montou um bom time – mesclando experiência e juventude – e recebeu o Estado das mãos do ex-governador Belivaldo Chagas com as contas equilibradas. Muito diferente do Sergipe que Belivaldo encontrou.
Creio ser possível, sim, Fábio Mitidieri, se não solucionar 100% o problema – até porque ninguém resolve tudo -, ao menos reduzir consideravelmente não apenas o número de pessoas que passam fome, mas também o desemprego.
Modificado em 02/01/2023 10:40