body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

“Ocorreu uma tragédia social e urbana”, resume Luciano Correia

Secretário de Comunicação terá a missão de cuidar da imagem da PMA

Luciano: desafio posto

Por Joedson Telles

O prefeito eleito Edvaldo Nogueira (PC do B) confiou ao experiente jornalista Luciano Correia a missão de cuidar da imagem da Prefeitura de Aracaju. Com dívidas e mais dívidas e sem dar respostas positivas aos mais variados e básicos problemas da população, a atual gestão do prefeito João Alves Filho (DEM) jogou a imagem de Aracaju na lona. Comandada por Luciano Correia, a Secretaria de Comunicação Social tem o desafio de espelhar uma gestão totalmente oposta, resgatando, assim, o sentimento de orgulho dos aracajuanos com a fama de capital da qualidade de vida. E, evidentemente, precisa estar preparada para defender a nova gestão do bombardeio de praxe da oposição. Luciano Correia conversou com o Universo sobre os desafios que tem pela frente, a partir do dia 2 de janeiro de 2017.

Entre outros cargos públicos importantes, Luciano Correia já foi secretário de Comunicação Social em outras oportunidades, mas esta será a missão mais difícil, por conta do estrago da Prefeitura de Aracaju?

Eu digo que os desafios são imensos pelo frenesi. O mundo está mudando a toda hora. Está sendo reconfigurado. Por si só, isso já é complicado. Do ponto de vista específico, em Aracaju temos uma gravidade maior – e duas questões que eu apontaria como fundamentais: uma crise geral do poder público, das instituições, da política, da administração pública, que tem sido muito marginalizada, tem sido muito posta sob fogo cerrado, em muitos casos de maneira procedente, mas em grande parte através de iniciativas seletivas. A sociedade precisa clarear mais essas questões. Ninguém sabia quem era ministro do Supremo. Hoje, a sociedade discute. Isso é bom. Eu acho que dessa crise toda haverá resultado positivo. Temos que buscar nos inserir nesse contexto com uma visão de cidade, outros olhares para cidade. A segunda questão é o desafio local. A gente encontra rigorosamente uma situação de terra arrasada. Aracaju vem tendo uma linhagem de grandes administradores, nos últimos 50 anos. O que ocorreu agora foi uma tragédia social e urbana. A malha viária, por exemplo, eu não sei se o prefeito Edvaldo consegue recuperar o estrago que foi feito em quatro anos. Mas vamos trabalhar pra isso, e, seguramente, vamos avançar muito.

Até para os adversários de João Alves foi uma surpresa essa trágica gestão?

E a população, que foi tão aliada a ele, acreditando na possibilidade dele fazer alguma coisa pela cidade. Há um desapontamento geral. Uma frustração geral. Eu não quero entrar no campo político, até porque não me interessa muito, mas acho que essa tragédia é tão grave que ele se encontra numa situação irreversivelmente em fim de carreira.

O prefeito eleito Edvaldo Nogueira lamentou o fato de João Alves não assumir a culpa. A população está atenta a este tipo de detalhe?

É muito fácil jogar para os outros. Ter sempre uma explicação na ponta da língua. Falar bem todo mundo fala. Eu posso articular três ou quatro teorias, citar autores e não resolve nada.  A gente pensa que as pessoas são bobas. A população sabe votar, se posicionar e cobrar. Você viu que, há quatro anos, ela deu a ele a carta branca, mas agora tirou de maneira humilhante. Que ninguém que ocupe um cargo público esqueça de ouvir essa voz inteligente, criativa e dura que é a voz da sociedade.

A sociedade precisa ter paciência com a nova gestão, já que nem todos os problemas herdados poderão ser solucionados do dia pra noite, não é isso?

Os problemas não partem do Executivo. Os problemas do Poder Executivo são os da sociedade em geral. Todos os poderes têm que dar sua contribuição, desde que sejam transparentes e honestos. Não há porque a gente lutar sozinho porque lutar é indício até de um boicote. A população tem culpa nisso, às vezes em algumas omissões, atitudes viciadas, e nós estamos aí pra isso. E uma questão de cultura também. A equipe foi montada agora, finaliza muito bem para novos olhares de cidade e para uma cultura que fortaleça a nossa sociedade aracajuana, mas sem perder a conexão com o mundo lá fora, que nos dará experiências importantes para tocar o dia-a-dia.

Foto: Facebook

Modificado em 30/12/2016 08:30

Universo Político: