body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

O que o bom senso espera de Valmir

Por Joedson Telles 

O resultado da disputa pelo Governo do Estado de Sergipe, adiado para o próximo dia 30, não apenas é imprevisível, neste momento, como também precisa ser construído sem que seus atores percam de vista que se trata de uma nova eleição – muito diferente da que aconteceu no primeiro turno.

Os candidatos Rogério Carvalho e Fábio Mitidieri, além manterem apoios e votos obtidos no primeiro turno, têm o desafio óbvio de conquistar a maior fatia do eleitorado que optou por anular o voto, descartando, miseravelmente, os dois. Estes votos colocarão Fábio ou Rogério sentado na cadeira de governador, a partir de janeiro de 2023.

Se a anulação dos votos fosse explicada apenas pela rejeição aos projetos para Sergipe dos dois candidatos, não é que seria fácil reverter, mas, evidentemente, o trabalho dos publicitários seria menor.

O problema, acredito, repousa em persuadir um eleitor que pode (não tenho em mãos um trabalho científico provando) ir às urnas ainda insatisfeito com o fato de Valmir de Francisquinho ter sido excluído da disputa e, por conta disso, endurecer o coração. Querer vingança. Não receber as propostas de Rogério ou de Fábio. Simplesmente adotar o efeito blindagem e voltar a anular o voto – algo sempre nocivo e que não deve ser estimulado.

Neste script, Fábio e Rogério precisam, penso eu, antes mesmo de partir para ganhar estes votos, tentar o apoio de Valmir. A tarefa não é fácil, já que Valmir externou que todos os seus adversários trabalharam contra ele.

Todavia, como a politica é feita de diálogo, não soa impossível Valmir, ainda que não tenha sinalizado em momento algum, se somar a um dos projetos. Pelo menos ficar neutro – e não incentivar o voto nulo.

Aliás, para o bem de Sergipe creio, que Valmir, se for derrotado também neste último recurso, precisará mudar a postura. Terá, nas suas palavras, chegado à “última gota de sangue”. Aceitar que travou uma batalha judicial e perdeu será grande de sua parte. A política é assim. A vida é assim. Não se vence sempre.

O politico precisa ter limite. O homem precisa ter limite. Chega um momento que isso precisa ficar manifesto. Não é razoável jogar contra o coletivo em causa própria. Sergipe precisa ser posto em primeiro lugar, e hoje, só há dois projetos vivos : Fábio ou Rogério.

Eis a consciência, a maturidade que o bom senso espera de Valmir. Se ele não for capaz de discernir esta importância sozinho, que o seu entorno o auxilie. Já basta parte do eleitor ter votado nele, no primeiro turno,  inconsciente que tais votos seriam nulos. O protesto já foi feito. Agora, insisto, é pensar em Sergipe. Fábio, Rogério e seus aliados têm até o dia 30 para este exercício de persuasão junto ao eleitor – com ou sem o apoio de Valmir.

P.S. Se estivesse elegível e vencesse a eleição, Valmir, se fizesse um trabalho próximo do que fez na Prefeitura de Itabaiana, Sergipe teria um grande governador. Projeto para futuras eleições, quem sabe? Valmir é um político jovem.    

 

Modificado em 03/10/2022 09:58

Universo Político: