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O que Edivan Amorim foi fazer no rádio?

Por Joedson Telles

A indagação que serve de título para este texto pode ser mais precisa: por que o empresário José Edivan do Amorim concedeu duas entrevistas, nesta quinta-feira, dia 21?

Logo cedo, às 6h30, Edivan estava na Fan FM, concedendo uma entrevista ao radialista Narcizo Machado. Na hora do almoço, lá estava Edivan para mais quase três horas de entrevista; desta vez, na Rio FM, no programa apresentado por Fábio Henrique, que dividiu a pauta com outros radialistas da emissora – Jailton Santana e Marcos Aurélio -, não deixando dúvidas da importância da entrevista e da fonte.

Aliás, ate então, Edivan estava em silêncio, há anos. Recusou ser entrevistado várias vezes e por vários jornalistas ou radialistas. Mas o que Edivan foi fazer nas duas emissoras? Por que decidiu abrir a boca, hoje?

Como se trata de um político estrategista que trabalha como poucos nos bastidores, e levando em conta o longo tempo das duas entrevistas e os vários assuntos políticos abordados é complexo precisar em apenas um juízo de valor – ou em uma frase, se o internauta permitir.

Presidente do PL de Sergipe, Edivan tinha e tem como objetivo reforçar que a vereadora Emília Corrêa tem total poder de decisão no processo de sua pré-candidatura à Prefeitura de Aracaju. Ele, Edivan, promete só se envolver diretamente, se assim for o desejo de Emília. Mas não creio repousarem neste paragrafo seus mais fortes sentimentos a motivar as entrevistas. Até porque, isso é um assunto que interessa mais internamente.

Edivan também elogiou o saudoso ex-governador João Alves e revelou que ele deixou como herança cerca de R$ 300 milhões; frutos de uma indenização por danos morais e materiais. Aliás, o próprio Edivan ganhou R$ 3 milhões também em ações judiciais. Ele assegurou não ter problemas com a Justiça. Penso, porem, que isso também não motivou o empresário quebrar o silêncio.

Sempre de bom humor e valorizando a sua família mais que a política, o presidente do PL disse ainda que recepcionará o ex-presidente Jair Bolsonaro, que fará uma visita a Sergipe. Explicou que, em 2022, pesquisas indicaram que ninguém do seu agrupamento substituiria o então candidato ao Governo do Estado, Valmir de Francisquinho, com chances de vencer o pleito.

A propósito, Edivan assegurou que o PL terá candidato (a) ao Governo do Estado, em 2026, e que não será Valmir, que, segundo ele, pretende focar Itabaiana. Edivan surpreendeu, ao ventilar que ter prefeitos aliados não tem o peso que muitos pensam, numa campanha para governador. Ele não está preocupado em ter o maior número de prefeitos Nada disso, porém, acredito que o motivou a voltar a conceder entrevista.

Edivan se referiu ao saudoso ex-governador Marcelo Deda como um homem probo. Reconheceu sua honestidade, mas disse que ninguém tem ciência das obras executadas com recursos do chamado Proinvest, pelo governo petista. Edivan disse ainda que todos os políticos já pediram seu apoio, em alguma eleição.

Ratificou que o ex-governador Jackson Barreto (desafeto declarado) fez a pior gestão de Sergipe e, que o governador Fábio Mitidieri merece nota 8, mas está tendo muito trabalho para consertar erros de outros governos; com destaque para a economia e o emprego. Apesar da importância deste tema, não acredito que tenha sido a locomotiva das entrevistas.

Evidentemente sem sonegar a importância dos tópicos levantados até aqui, prefiro arriscar que Edivan, ao, finalmente, topar conceder entrevistas, o fez para dar pessoalmente um recado aos adversários seus e, sobretudo, aos da pré-candidata Emília: ele sabe que pode ser atacado, durante a campanha, mas não teme; está preparado para, se for o caso, disparar a metralhadora também.

Modificado em 21/03/2024 23:18

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