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O jovem Rodrigo e a prática inaceitável até na idade da pedra

Por Joedson Telles

Rotulado numa nota de repúdio da Prefeitura de Aracaju como mentiroso, irresponsável, que ventila notícias falsas nas redes sociais à custa do drama de idosos, o deputado estadual Rodrigo Valadares gravou um vídeo no qual demonstra não ter noção do grave erro que cometeu e ainda, a julgar pelo fato, despreparo para fazer a oposição que, de fato, interessa à população de Aracaju: séria: calçada na verdade factual, apontando soluções e sem baixarias como caluniar adversários.

Rodrigo recebeu a denúncia como se o fato tivesse ocorrido em Aracaju e, simplesmente, ecoou. Jogou nas redes sociais e tratou de soltar verbos, tentando atribuir a culpa pelo drama do casal de idosos à gestão do prefeito Edvaldo Nogueira.

O próprio parlamentar, todavia, admite, no vídeo, que o fato aconteceu, na verdade, em Santa Rosa de Lima. Também faz uso do advérbio “infelizmente” – certamente por ter divulgado uma informação sem o princípio básico de se certificar antes se era verdadeira. Se o fez e divulgou assim mesmo, a coisa é mais grave ainda…

O pior de tudo isso, contudo, talvez seja o fato de que, em momento algum, mesmo diante da gravidade dos fatos, o deputado pediu desculpas pelos erros. Era o mínimo que deveria ter feito. Se não tem coragem para se desculpar com o prefeito e os servidores da PMA, ao menos, deveria pedir desculpas à população, e, sobretudo, aos idosos por motivos óbvios.

Deixando atônitas pessoas minimamente inteligentes, Rodrigo finaliza o vídeo alertando contra “Fake News” da Prefeitura de Aracaju. Isso mesmo: ele divulgou o drama dos idosos, que aconteceu em Santa Rosa de Lima como se tivesse ocorrido em Aracaju, bateu no prefeito Edvaldo Nogueira e o cuidado tem que ser com a PMA.

Felizmente, nem todo mundo é desprovido de inteligência para embarcar na retórica de um deputado jovem, mas de práticas inaceitáveis mesmo na idade da pedra.

Toda gestão, obviamente, precisa ter oposição. É salutar, democrático, imprescindível. Edvaldo não é dono da verdade. Comete erros, e cabe à oposição o importante papel de criticá-lo. Entretanto, em respeito ao adversário, que não precisa ser inimigo, à população e, inclusive, ao próprio opositor, a crítica precisa, obrigatoriamente, ser construtiva, sem ódio e verdadeira, sem atrelamento com a mentira. Caso contrário, já nasce fadada a desmoralizar seu autor.

Foto:  Jadilson Simões

 

 

 

Modificado em 12/07/2019 09:55

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