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O eleitor não precisa ser refém de pesquisas

Por Joedson Telles

O Universo publicou, na última quinta-feira, dia 27, duas notícias oriundas das assessorias dos candidatos Fábio Mitidieri e Rogério Carvalho sobre pesquisas eleitorais, nesta reta final de campanha. Nada mais natural que um veículo de comunicação leve informação aos eleitores. Jornalismo.

Todavia, as notícias merecem alguns reparos, dada à disparidade dos números colhidos junto ao mesmo eleitor, praticamente, no mesmo período.

Está certo quem esteja a indagar: onde está a verdade: na pesquisa que aponta Fábio com 42% dos votos e Rogério com 37% ou no instituto que mostra Fábio com 43% e Rogério com 57%? Em qual pesquisa confiar?

Sobretudo em relação ao candidato Rogério, há uma diferença gritante. Como pode ele perder a eleição por cinco pontos, de acordo com uma pesquisa, e vencer com 14 pontos a mais numa outra? Há, evidentemente, ou algo errado  (propositalmente?) ou algo técnico demais, que para ser discernido requer “uma inteligência” que, certamente, a maioria das pessoas não tem.

É óbvio que se formos tirar tais dúvidas junto aos eleitores do candidato Fábio, estes defenderão a pesquisa que o coloca na frente. Do mesmo modo, o eleitor de Rogério apontará como verdadeira a pesquisa que favorece o petista. Trivial.

Aliás, a prova dos nove pode ser vista nas redes sociais não apenas dos candidatos e aliados como também de entusiastas. Em clima festivo do já ganhou, os números são expostos com a clara intenção de persuadir indecisos.

O eleitor precisa ficar esperto. Primeiro, descartar, de pronto, votar tendo como critério quem, supostamente, à luz de uma pesquisa, aparece em primeiro lugar. Nunca foi e nunca será um atestado para uma futura gestão eficiente. Há critérios imprescindíveis como, por exemplo, preparo, honestidade e um plano de governo voltado à demanda coletiva. Como já disse neste espaço, política não é futebol.

Além disso, mesmo sem base científica, sondagens feitas a familiares, amigos e até estranhos, volume de campanha, manifestação em redes sociais, comportamento dos candidatos e outros detalhes dão uma dica do que as urnas mostrarão, no próximo domingo. O eleitor não precisa ser refém de pesquisas.

 

 

Modificado em 28/10/2022 09:12

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