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O desenho da disputa Fábio Mitidieri x Rogério Carvalho

Por Joedson Telles 

Os candidatos Fábio Mitidieri e Rogério Carvalho promoveram, esta semana, atos políticos oficializando a campanha neste segundo turno. Como é de conhecimento de todos, se trata de uma nova eleição – sobretudo pela vitória virtual do inelegível candidato Valmir de Francisquinho, no primeiro turno. Espera-se, portanto, uma acirrada disputa por cada um dos 457.922 mil votos “creditados em favor do ex-prefeito de Itabaiana”.

Além de tentar obter o auxílio luxuoso de Valmir, os candidatos já deram pistas do que pode ser este segundo turno. Das mensagens que serão passadas ao eleitor nas entrevistas, nos debates, no programa eleitoral, nas redes sócias,  no corpo a corpo…

Em sintonia com a militância nas ruas, o candidato petista Rogério Carvalho, evidentemente, voltará a apresentar propostas do seu plano de governo, mas, dificilmente, mudará sua principal estratégia: não descolar um segundo a sua imagem do ex-presidente Lula. Fez isso no primeiro turno, deu certo e acredita chegar ao governo desta forma.

Além de óbvia, a linha adotada por Rogério é inteligente. Quem estando no mesmo partido de Lula deixaria o eleitor esquecer isso? Rogério usa bem o “13 lá e 13 cá”.

Todavia, se não souber equilibrar esta ligação petista com seu preparo para administrar Sergipe, pode dar ao adversário o discurso que ele, Rogério, não está pronto para ser governador; quer apenas uma carona na onda Lula. Os debates, sobretudo, serão imprescindíveis para sepultar as dúvidas.

Já o candidato Fábio Mitidieri, acredito, seguirá apostando, sobretudo, na força do agrupamento a gastar sola de sapato – no chamado corpo a corpo – e em apresentar seus projetos para o eleitor.

Contra as setas adversárias, Fábio ratificará que, mesmo sendo aliado do governador Belivaldo Chagas, são pessoas distintas. Políticos distintos. Fábio continuará assegurando que um possível governo seu não teria nenhuma obrigação de ser igual ao atual. Ele seria o governador, e não Belivaldo. Entretanto, não deixará de tentar computar a seu favor as boas obras e ações do aliado. Veja, a propósito, o que disse, na última sexta-feira, dia 7, ao ser entrevistado na Jovem Pan.

“Não escondo meu governo, mas Rogério esconde Jackson. Estou ao lado do governador Belivaldo, que organizou as contas do Estado que paga salário em dia, e meu adversário está do lado do governador que quebrou Sergipe, que atrasou salário, que parcelou décimo terceiro em seis vezes. Hoje, Sergipe tem fila de banco para oferecer empréstimo. Era inimaginável fazer obras com recursos próprios e hoje conseguimos mil quilômetros recuperados com dinheiro próprio. Sergipe quer um governo que avance nas políticas públicas”.

O candidato do PSD, que já deixou claro que só  será “55 cá”; ou seja, não pedirá voto para nenhum dos dois candidatos a presidente a República, espera com a neutralidade, acredito, receber votos dos eleitores de ambos. Tem eleitor que vota em Lula, mas não está fechado com Rogério e há os eleitores bolsonaristas que votaram em Valmir. Fábio sinaliza tê-los no foco para chegar ao governo.

Os dois candidatos, contudo, demonstram também um ponto convergente: a inclinação à tática de tentar desconstruir a imergem do adversário. Isso ficou evidente não apenas no primeiro turno, mas também no início deste segundo, quando Rogério usou as redes sociais para afirmar que Fábio tem “problema com sonegação” e, por sua vez,  Fábio se referiu a Rogério com a frase “suspeita de corrupção”. Um nível de campanha rasteiro que o eleitor não merece. O caminho das ideias realizáveis, com certeza, será bem mais inteligente e produtivo para apontar soluções para os problemas de Sergipe.

 

 

 

Modificado em 08/10/2022 12:42

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