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Nas mãos do PSDB, Temer insiste em permanecer mesmo sem governabilidade

Por Joedson Telles

As últimas notícias, assim como as anteriores, aliás, não são nada animadoras para o presidente Michel Temer, que mesmo sem ter mais governabilidade insiste em dar aula de como não se deve ter amor à pátria, ao não ter a grandeza de renunciar, mesmo ciente que o governo acabou e o país está a sangrar.

Nesta sexta-feira, dia 2, a Procuradoria Geral da República denunciou o senador Aécio Neves ao Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva e obstrução à Justiça. Os motivos são de conhecimento de todos.

O fato é que Aécio Neves começou a descer ao inferno depois da delação de Joesley Batista, da JBS, e pode virar réu. Pessoas próximas ao presidente, asseguram analistas políticos, não admitem abertamente, mas, no chamado off, já esperam o mesmo destino para Temer, que também foi delatado pelo empresário.

Em outra notícia quentinha, também no dia de ontem, a Polícia Federal, seguindo a delação de Joesley Batista, apreende documentos no escritório do coronel João Batista Lima Filho, que, de acordo com a delação, teve o papel de intermediar propinas que foram dadas ao presidente pela JBS, também segundo delatores.

Evidente que todos são inocentes até que se prove o contrário, mas que o presidente precisará explicar ponto a ponto não há dúvidas. E que na condição de suspeito não tem como permanecer no cargo qualquer mentecapto entende.

E este sábado, dia 3 de junho, começa com a notícia que a Polícia Federal prendeu, nas últimas horas, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB/PR), amigo e ex-assessor especial do presidente Michel Temer. Rocha Loures é aquele flagrado com uma mala contendo R$ 500 mil. O fantasma de uma delação, evidentemente, já paira no Palácio. Um homem quando perde a liberdade é capaz de tudo, e Rocha Loures pode ter revelações pra lá de comprometedoras. A chamada cereja no bolo.

Neste clima maravilhoso, somado ao que já vazou e ao que pode estourar a qualquer momento, o ainda presidente Temer segue mendigando apoio da base aliada – sobretudo do PSDB que, caso confirme o sentimento da maioria e deixe o governo, nas próximas horas, a pá de cal estará jogada. O que há de aliado esperando apenas o PSDB fazer o papel de locomotiva…

Na verdade, além do eterno amor aos cargos e outras pérolas que compõem o cimento das relações políticas, salvo exceções, o que segura aliados, neste momento, ao lado de Temer é o fato de, se houver a tal eleição indireta, ninguém – leia-se, sobretudo, o PSDB – quer se permitir ao luxo de ter jogado na lata do lixo o suposto apoio dos parlamentares eleitores ligados a Temer.

Óbvio que o PSDB quer Temer fora. Sonha em apresentar Geraldo Alckmin, FHC… Sonha com um tucano para o mandato tampão, mas tenta conciliar interesses.

Todavia, a cada notícia nova, vai ficando menos latente que a situação do presidente é insustentável. Aliados vão percebendo que o Brasil está de olhos bem abertos. Já entendeu o que se passa. E não é interessante para quem tem pretensões políticas estar ao lado do presidente Michel Temer com as eleições 2018 batendo à porta. Os “benefícios” de hoje serão juros amanhã. Altíssimos juros que os atilados, evidentemente, não estão dispostos a pagar.

Modificado em 03/06/2017 10:17

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