“Não têm o que falar da gestora Hilda Ribeiro, e atacam enquanto mulher”

Juízo é do deputado  Gustinho Ribeiro que aponta uma oposição desleal, em Lagarto

Por Joedson Telles

Provocado a ajuizar se a oposição à prefeita de Lagarto, Hilda Ribeiro, tem sido “dura”, o deputado federal Gustinho Ribeiro avaliou que, mais que isso, os adversários políticos são desleais. “Infelizmente, Hilda sofreu ataques de diversas formas, durante a campanha, e quase nenhum pela sua forma de trabalho, mas, sim, por ser mulher. Não tinham e ainda não têm o que falar da gestora Hilda Ribeiro, e atacam ela enquanto mulher”, diz Gustinho ao Universo, neste domingo , dia 13. O parlamentar fala ainda do seu trabalho por Sergipe, na Câmara Federal, da boa relação com o presidente Jair Bolsonaro e da sua migração do Solidariedade para o Republicanos.

Como avalia a sua experiência na Câmera Federal?

No nosso primeiro mandato como deputado federal, temos desenvolvido um grande trabalho em prol dos sergipanos. Foram anos difíceis, o Brasil enfrentou algumas crises, mas não paramos. Foi aí que trabalhamos mais para trazer mais resultados para o nosso povo. Através do Dnocs, conseguimos cerca de R$ 48 milhões para obras de pavimentação asfáltica, sistema simplificado de abastecimento de água – poços artesianos -, distribuição de equipamentos para os municípios e uma adutora para Gararu. Fui relator do PLP-09, que irá ajudar os pequenos e microempresários. Lutamos pela aprovação do Fundeb, para a liberação de recursos para compra da vacina contra o coronavírus, entre tantas outras ações. Viabilizamos mais de R$ 350 milhões em investimentos para Sergipe. Mas, a principal delas, foi sem dúvidas nenhuma, a concretização da vinda do Hospital de Amor para Sergipe. Esse será um marco na história do estado.

O que já foi possível fazer por Lagarto de mais importante, através desta parceria entre o seu mandato e a gestão da prefeita Hilda Ribeiro?

Como eu disse, nossa atuação em Brasília consolidou a vinda do Hospital de Amor de Barreto, que contou com o trabalho da prefeita Hilda que doou o terreno através da Prefeitura. Conseguimos destinar recursos para diversas obras de recapeamento, pavimentação, melhorias de estrutura, reformas de praças, foram cerca de R$ 100 milhões em obras e isso tem trazido resultado muito positivo para nosso município. Ou seja, nosso grupo está bem estabelecido e determinado a trabalhar para o lagartense.

Ainda assim, a oposição tem sido dura com a prefeita?

Eu não diria que tem sido dura. Mas, sim, desleal. Infelizmente, Hilda sofreu ataques de diversas formas durante a campanha, e quase nenhum pela sua forma de trabalho, mas, sim, por ser mulher. Não tinham e ainda não têm o que falar da gestora Hilda Ribeiro, e atacam ela enquanto mulher. Então, não considero as críticas feitas a ela duras, mas, sim, desleais.

O que pesou para que o senhor trocasse de partido? Quais as suas expectativas com a mudança?

Com a nova legislação eleitoral, os partidos políticos precisaram se adequar às novas formas de composição. O Solidariedade é um partido que me acolheu muito bem, assim que eu cheguei. Ainda mantenho uma relação muito boa com a Direção Nacional da sigla, em especial, com presidente Paulinho da Força. Mas foi preciso mudar um pouco a rota neste momento, e buscar um partido que pudesse viabilizar nossa eleição no sentido de garantir uma composição forte que nos faça ter condições de garantir uma reeleição. Então, já encaminhamos conversas com o Pastor Heleno e o Pastor Jony e a expectativa e que nos filiemos ao Republicanos, nos próximos dias.

Essa aproximação do presidente Jair Bolsonaro tem sido importante para suas pretensões enquanto parlamentar?

Sem dúvidas nenhuma. Essa proximidade nos possibilitou buscar diversos recursos para Sergipe. Fez com que pudéssemos levar diversos prefeitos do nosso Estado nos mais variados ministérios, a fim de que Sergipe fosse agraciado com obras e serviços que melhorassem a qualidade de vida do nosso povo. Então, se através dessa proximidade, eu pude destinar mais recursos para nossa gente, eu avalio que ela foi benéfica enquanto parlamentar.

Como avalia as pesquisas que colocam o pré-candidato Lula à frente do pré-candidato Bolsonaro, na disputa pelo Governo Federal?

Ainda não sabemos o real cenário das eleições presidenciais nacionalmente. Ainda temos muita coisa pela frente. Lula já é candidato, mas a campanha de fato ainda não começou. Temos de aguardar muitas definições que virão.

Como tem sido sua relação com o governador Belivaldo Chagas?

A mais republicana e cordial possível. Desde quando assumi o mandato de deputado federal, mantenho um bom diálogo com Belivaldo Chagas. Inclusive, recebi o governador em nosso gabinete de representação em Aracaju. Foi uma visita surpresa. Conversamos sobre destinação de recursos para o estado. Ele até reconheceu o trabalho que estamos desenvolvendo no Congresso em prol de Sergipe. Foi um excelente papo.

Essa indefinição do nome que disputará o governo pelo bloco pode prejudicar o projeto?

De forma alguma. Temos até o dia 2 de abril para definição de filiação partidária, em maio sai a definição sobre federações. Então, as conversas estão sendo encaminhadas e tudo dentro de um prazo com folga. Os diversos grupos estão conversando para que tudo esteja alinhado e possamos definir nomes para a chapa majoritária.

O senhor tem preferência por algum nome? O que se deve esperar do candidato?

A partir da nossa filiação ao novo partido, vamos poder definir os nomes do majoritário e qual será a nossa preferência. Isso tudo parte de uma discussão de grupo.

O Partido Republicanos almeja participar da chapa majoritária?

Sem dúvidas nenhuma, o Republicanos possui bons nomes que podem compor a chapa majoritária. Estamos conversando internamente para definições dos nomes que irão compor o partido para a disputa na Alese e na Câmara Federal, mas sempre abertos ao diálogo para a composição com nomes disponíveis para o Senado, bem como para vice-governador.