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“Não tem como eu ser amado por uma esquerda que se lambuzou na corrupção”

Frase é do deputado Laércio Oliveira alvo de críticas de filiados a partidos de esquerda

Por Joedson Telles 

Provocado sobre o fato de estar sempre na mira de críticas feitas por filiados aos partidos tidos como de esquerda, o deputado federal Laércio Oliveira (Progressistas) explica, nesta entrevista que concedeu ao Universo, no sábado, dia 23, que tudo que produziu como parlamentar vai de encontro às práticas políticas da esquerda brasileira, que não consegue olhar para o país e entender o que é melhor para a sociedade. “Sou um político liberal ativista. Não tem como eu ser amado por uma esquerda que se lambuzou na corrupção, mentiu para a população – e, hoje, ainda tenta enganar o povo com as famosas ideologias de porão”, justifica o parlamentar. “A história conta isso e, mais recentemente, com enredos estarrecedores. Sempre trabalhei por aquilo que eu acredito, e nos debates sempre disse aos críticos que, um ano depois, eles iriam vivenciar as conquistas. Elas estão aí. Antes da Lei da Terceirização, o Brasil perdia 100 mil empregos por mês. No mês seguinte da sanção da Lei da Terceirização deixamos de perder os empregos e começamos a reconstrução do número de empregos com saldo positivo.”A entrevista:

O Natal Iluminado está consolidado?

É uma alegria muito grande. A expectativa para o dia têm deixado todo mundo empolgado com o que a gente espera acontecer, no dia 29. Todo mundo está empenhado.Toda a Diretoria do Sistema Fecomércio/ Sesc/ Senac está trabalhando. Cada um em uma frente, para a gente promover nosso melhor Natal. Eu acredito que, a partir de 2019, o Natal Iluminado, nas Praças Fausto Cardoso e Olímpio Campos, se consolida como verdadeiro cartão postal de Aracaju – pela beleza de luzes, de cores e atrações que estarão disponíveis para todos. Há algumas surpresas que serão apresentadas no dia. Teremos diversas atrações (brinquedos, Papai Noel, presépio, música, teatro, dança, bibliosesc, etc), porque a gente quer que o cartão postal se transforme no encontro das famílias de Sergipe, que retornarão às praças de Aracaju. Serão mais de 30 dias de atrações. Isso enche a gente de muito orgulho. Todos os patrocinadores estão comprometidos em dar o seu melhor pelo Natal Iluminado. O protagonismo é da Federação do Comércio, que idealizou esse projeto, em 2017. Na minha gestão à frente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac sempre considero todas as entidades de classe como parceiros. Não importa o tamanho da contribuição que cada um deu, mas é esse processo, essa somação de forças que promove conquistas como o Natal Iluminado.

A cada ano, o Natal Iluminado se consolida mais. Vai aperfeiçoando…

As atrações são inúmeras. Não é apenas você chegar à praça e ver que as árvores estão iluminadas. Atrai muita gente para vender ou comprar. O Sesc leva atividades para lá. O Sebrae e a Prefeitura de Aracaju levarão também. Haverá um palco montado com atrações durante todos os dias do Natal Iluminado. A partir das quintas-feiras vai ter encenação natalina, corais, grupos vocais, orquestra, cantores. Teremos o papai Noel, durante toda a semana, circulando na praça. Haverá brincadeiras, brinquedos e muitas outras atrações. Vai ser um espetáculo lindo no acender de 1,5 milhão de lâmpadas de uma vez só. Estou muito emocionado e com muita expectativa de ver esse momento chegar.

Foi um ano difícil para o comércio de Sergipe?

Menos difícil que o ano anterior, mas ainda temos um longo caminho até o ambiente ideal. Porém, vamos chegar ao final do ano comemorando o crescimento das vendas. Existe um horizonte que a gente consegue enxergar hoje. Comércio e Serviços vão crescer. O setor de turismo não avança mais do que a gente esperava porque precisamos dos equipamentos de infraestrutura necessários para o seu desenvolvimento.isso. Certamente, vamos terminar o ano melhor do que terminamos o ano de 2018.

As mudanças que estão acontecendo no país contribuíram para este crescimento, mas o comércio fez a sua parte, não?

Sim. Todo mundo trabalhou dentro do seu negócio para superar esse momento difícil que o Brasil atravessa. O empresário tem essa capacidade. É incrível como o empresário se reinventa, na certeza de que vai dar certo. O empresário carrega consigo um otimismo que você não encontra em nenhuma outra profissão. Ser empresário é um dom. Ele é o sujeito que acredita sempre que vai dar certo – e investe tudo que tem, se preciso for, nessa certeza. O empresário é um sujeito que se transforma, principalmente, na adversidade. Isso dá ao negócio uma dinâmica especial e inigualável.

A carga tributária segue uma queixa dos empresários?

Muita gente acha que a Reforma Tributária que se discute hoje no Congresso vai melhorar o ambiente de negócios, porque os impostos vão diminuir. Isso é um engano. O que a reforma se propõe é melhorar o ambiente de negócios através de uma simplificação tributária para desburocratizar as dezenas e milhares de Leis. Em um segundo momento, aí sim, vamos discutir o tamanho da carga tributária no Brasil.Não será uma tarefa fácil, mas também não é impossível. Eu tenho a esperança que o Brasil consiga fazer uma Reforma Tributária, e acho que vai fazer sem perdas para ninguém. O grande equilíbrio é simplificar sem perder. Esse é o “X” da equação que a gente vai precisar enfrentar. Basta diminuir o tamanho do Estado que a conta fecha.

As reformas são um remédio amargo, mas, no tempo certo, o fruto positivo será colhido? É isso que o senhor quer dizer?

Amargo é o enfrentamento. A ideia que precisamos passar para a população é totalmente deturpada pelas inverdades que são disseminadas principalmente na internet. Foi assim com a Reforma Trabalhista, com a Lei da Terceirização, com a Reforma da Previdência. Como parlamentar eu enfrentei esses desafios, e o que coleciono, hoje, são conquistas. Mas na época não foram vistas como conquistas. Eu fui chamado de traidor do trabalhador. Aquele que trabalhava contra o emprego. Aquele que acabou com a aposentadoria dos mais necessitados, e por aí vai. O que importa mesmo é que vamos terminar o ano com quase um milhão de novos empregos. A Reforma Trabalhista já está totalmente consolidada. A Reforma Tributária também está em construção para ser debatida e votada em breve.

O senhor se sente o principal alvo de partidos como o PT, por conta destas bandeiras?

Sou um político liberal ativista. Não tem como eu ser amado por uma esquerda que se lambuzou na corrupção, mentiu para a população – e, hoje, ainda tenta enganar o povo com as famosas ideologias de porão. Tudo o que eu produzi como parlamentar vai de encontro às práticas políticas da esquerda brasileira. Eles não conseguem olhar para o país e entender o que é melhor para a sociedade. Foram doutrinados para serem desonestos ideológicos e ponto final. A história conta isso e, mais recentemente, com enredos estarrecedores. Sempre trabalhei por aquilo que eu acredito, e nos debates sempre disse aos críticos que, um ano depois, eles iriam vivenciar as conquistas. Elas estão aí. Antes da Lei da Terceirização, o Brasil perdia 100 mil empregos por mês. No mês seguinte da sanção da Lei da Terceirização deixamos de perder os empregos e começamos a reconstrução do número de empregos com saldo positivo. Claro que tudo isso ainda em uma situação econômica muito ruim. Tenho procurado ser o mais coerente possível nas minhas posições. Tenho respeito por todos, mas aquilo que eu entendo que é bom para o país é o que me interessa fazer. As críticas da oposição fazem parte do contexto político. A política é uma discussão de ideias que se consolida a cada dia que passa. Aqueles que se sentem incomodados acham você um péssimo político, mas existem aqueles que têm uma avaliação diferente. É esse enfrentamento que vai formando uma massa crítica e as pessoas começam a fazer uma avaliação. Quando dizem que o deputado Laércio Oliveira tem um jeito diferente de fazer política, naturalmente, você começa a formar uma personalidade política perante a sociedade. Quando isso acontece, você está maduro politicamente. Nesses nove anos, eu acho que eu consegui. Eu inicio meu terceiro mandato tendo a confiança que hoje a população do meu estado sabe que personalidade política sou eu – e quais são os caminhos que eu trilho ou não. Existe essa consciência. Não só da sociedade, mas também dos próprios políticos. Eu acho isso bom.

A decisão do STF sobre não caber prisão aos condenados em segunda instância foi uma conquista ou um retrocesso para o povo brasileiro?

Foi uma decepção enorme para a sociedade brasileira. Antes de político, eu fico indignado como cidadão. Quem cometeu seus ilícitos precisa pagar por eles. A segunda instância foi uma construção jurídica feita de forma legítima que começou a ser colocada em prática para o bem do país. Coloca-se isso num segundo plano e desfazem tudo aquilo que foi feito. O prêmio para isso é a liberdade de várias condenados. Quem sou eu para tolher a liberdade de ninguém? Só estou analisando a situação. Houve um desmantelo jurídico no nosso país, e a sociedade reage de uma forma muito forte. A gente precisa tomar muito cuidado com as decisões que nós, homens públicos, tomamos, porque qualquer decisão tem um reflexo direto nas pessoas. A gente precisa respeitar as pessoas, a Constituição. Entender o que precisa e deve acontecer pelo bem do país. Que benefício essa decisão trouxe para a sociedade brasileira? Trouxe decepção. Nos votos apresentados por alguns ministros do Supremo, eles alegam que é o Congresso Nacional que precisa resolver isso. Se tem que ser assim, então vamos votar. Lamentavelmente têm muitas dezenas de deputados desinteressados em votar. Com muito esforço, será instalada uma comissão especial para dar celeridade ao tema para, em seguida, votarmos no plenário. Eu não sei qual será a decisão do plenário. Eu sei da minha posição. Como cidadão e político estou indignado. Eu estou pronto para votar a favor da prisão em segunda instância. A gente restaura uma situação que já existia na prática no nosso país. Eu quero enfrentar esse momento. É a nossa representatividade que nos impõe isso.

O discurso inflamado de Lula, ao ser solto, surpreendeu?

Negativamente. Na estatura de um homem que exerceu tantos cargos, que viveu tantos momentos, que teve o privilégio de sentar na principal cadeira para ocupar o maior cargo do nosso país, não deveria ter o comportamento que teve. Talvez o dissabor e a tristeza da cadeia ainda não foram suficientes para ensina-lo o equilíbrio, a sensatez, a responsabilidade de um ex-presidente. Foi um momento muito infeliz e a consequência disso também foi de muita infelicidade, fazendo enfrentamento com o governo que aí está, que foi escolhido pelo povo, assim como Lula, quando foi candidato. A gente precisa respeitar a vontade do povo. Ele deveria passar para seus seguidores um ideal político para fazer uma oposição qualificada. Mas, infelizmente, preferiu trilhar outro caminho e não vai ganhar nada com isso.

Pelo discurso, ele já está em campanha?

Ele acha que tem o que não tem. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, ele já sabe que não é o território dele. Ele foca nas regiões Norte e Nordeste, onde ele acha que tem o reduto eleitoral mais forte, o que por enquanto ainda é verdade. Acha que vai conseguir manobrar as pessoas outra vez com emoção, mas não é isso que vai acontecer. Lula vai encontrar muita resistência. Fazer caravana talvez sirva apenas para tentar continuar disseminando a ideologia petista que ruiu com os seus malfeitos.

Se disputar a reeleição, o prefeito Edvaldo Nogueira será favorito?

Ele tem todas as condições de vencer as próximas eleições. Conseguiu afastar muito a conversa política de dentro da gestão municipal. Acho que isso ajudou bastante. As coisas estão acontecendo na capital, que hoje é melhor em todos os sentidos. As obras estruturantes que estão acontecendo, principalmente, na periferia da cidade apontam para isso. Eu mesmo já participei de várias ordens de serviço. O que a gente enxerga é uma população diferente, desejando melhorias que vão chegando. Claro que obra não ganha eleição, mas ajuda bastante. Eu consigo enxergar que existe essa satisfação da população. Além disso, o cenário político atual não identifica um candidato que tenha capacidade de competitividade com ele. O partido Progressista tem um alinhamento construído com o prefeito Edvaldo Nogueira. Provavelmente, iremos para o palanque ao lado dele. Já conversamos isso com nossos correligionários. O partido tem se organizado na capital para fazer uma chapa e disputar a Câmara de Aracaju, mas também temos quadros muito bem qualificados para ajudar o prefeito a montar a chapa majoritária. O Progressista quer contribuir na majoritária dentro da qualidade dos nossos correligionários. Mas esse é outro momento. A gente precisa respeitar esse momento do prefeito. Acho que foi uma medida acertada dele em não querer discutir isso agora. Temos uma coligação de partidos bons, aliados, e, certamente, na hora que o prefeito convocar todos esses aliados, a gente precisa ter sabedoria e maturidade suficiente para construir uma chapa que seja a melhor possível. Que a gente entenda que o importante é vencer as eleições.

O senhor vê a oposição desarticulada, não existe oposição ou não há um nome forte?

A oposição não se estruturou. Surgiu uma onda de uma nova política: a política de pregar uma participação diferente, mas, com o passar do tempo, isso esmoreceu e ficou na mesmice. Eu não consigo enxergar nenhuma renovação dentro desse contexto. Nos últimos anos, a gente não viu nenhuma mudança significativa no comportamento político daqueles que desejam uma disputa no cargo majoritário. São as mesmas pessoas.

Será uma eleição atípica, então?

Acho que surgirão cinco ou seis candidatos para a disputa, talvez dois nomes mais competitivos. Eu acho que a sociedade já enxergou, claramente, que o modismo de 2018 não fez a boa política. A boa política é feita com ação, com competência, com capacidade, com vontade de querer fazer, mostrando as pessoas do que aquele que se propõe a ser um gestor púbico é capaz. A sua história, o que tem no seu portfólio que a sociedade enxerga que é capaz. Isso é o que vai valer em 2020. O povo já percebeu que rostinho bonito, instagram e whatsapp não vai a lugar nenhum.

O senhor participou, na semana passada, da solenidade de assinatura do Termo de Arrendamento da Fafen. Como foi este momento?

Foi um momento muito feliz para Sergipe. O grupo Brasileiro UNIGEL venceu a licitação feita pela Petrobras e assinou o termo de arrendamento para comandar a FAFEN. Nos próximos seis meses, a empresa vai preparar a indústria para o reinício da operação. Alguns entendimentos ainda serão feitos com a Petrobras e com o Governo de Sergipe, porém são protocolos de rotina. Felizmente, os negócios e os empregos na região serão retomados em breve.

Modificado em 24/11/2019 09:25

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