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Marcos Aurélio explica opção pelo PDT de Fábio Henrique, Edvaldo e Ciro Gomes

Por Joedson Telles

“Quanto à filiação ao PDT, há mais de um ano que eu sugeri a Fábio Henrique trazer Edvaldo Nogueira e preenchermos os espaços do partido com gente capaz de compreender as necessidades dos cidadãos, pensar as cidades para o novo tempo que estamos vivendo. Edvaldo chegou e tenho absoluta certeza que vamos construir os canais de diálogo com a sociedade aracajuana e sergipana, disso eu não tenho a menor dúvida. Além disso, meu alinhamento com as ideias de Ciro Gomes, desde 2018, me deixaram muito à vontade para assinar a ficha do PDT”, diz o radialista Marcos Aurélio, nesta entrevista que concedeu ao Universo.

O que o motivou a deixar o PPS e se filiar ao PDT?

A minha saída do PPS se deu logo que esse grupo do delegado (o senador Alessandro Vieira) chegou ao Partido. Eles têm uma concepção que política se faz como se fosse uma delegacia, com dedo em riste, e sem nenhuma sensibilidade social, não entendem o que é a essência da política, que é fazer o bem, só pensam em prender, prender, e não conseguem enxergar o ser humano, aquele que faz a política do bem. Claro, quando houver algum desvio, que os órgãos de fiscalização façam sua parte e que a Justiça puna, mas não podemos marginalizar a política.
Quanto à filiação ao PDT, há mais de um ano que eu sugeri a Fábio Henrique trazer Edvaldo Nogueira e preenchermos os espaços do partido com gente capaz de compreender as necessidades dos cidadãos, pensar as cidades para o novo tempo que estamos vivendo. Edvaldo chegou e tenho absoluta certeza que vamos construir os canais de diálogo com a sociedade aracajuana e sergipana, disso eu não tenho a menor dúvida. Além disso, meu alinhamento com as ideias de Ciro Gomes, desde 2018, me deixaram muito à vontade para assinar a ficha do PDT.

Conversou com o deputado federal Fábio Henrique, antes de tomar a decisão, então?

Conversei, sim. Como disse anteriormente, e nos últimos dias, quando a movimentação aumentou, tive muito contato com ele. Nos bastidores o clima ficou muito tenso, alguns nomes que estavam decididos a ingressarem no PDT, quando viram a concretização da filiação de Vinicius Porto quiseram recuar, com medo do potencial de votos que ele demonstrou na última eleição – e eu disse a Fábio que mostrasse aos demais que um partido precisa de gente que tem votos. Acabou aquela história de dois ou três pertencerem a um partido e nas convenções pressionarem o candidato majoritário a empurrar de goela abaixo nas alianças proporcionais. A legislação mudou, e cada partido tem que mostrar sua própria força, com os seus próprios membros – e pra eleger três ou quatro tem que ter gente com votos. Os integrantes precisam entender que suas vitórias não são apenas suas. Elas dependem da soma de todos e se não valorizarem os suplentes, e todos que contribuíram com 500, 200, e até com 20 votos para alcançar a legenda e fazer dois, três ou quatro vereadores, estarão sempre angustiados nas próximas disputas. Esse é o principal problema, os que se elegem esquecem os que não conseguem as vagas. Agora precisamos de gente que pense no coletivo e não no individual.

E com o prefeito Edvaldo Nogueira, conversou também?

O prefeito Edvaldo Nogueira tem se dedicado exclusivamente a cuidar dos aracajuanos nessa tempestade que o mundo todo está atravessando com o coronavírus. Eu tomei a liberdade de enviar uma mensagem para o WhatsApp dele informando que estava me filiando ao PDT, e que ele contasse comigo, na condição de seu soldado, tanto agora na divulgação das ações da sua administração, quanto no momento que ocorrer a eleição. Ele retornou através de uma ligação, para agradecer e dizer exatamente o que conversei com Fábio Henrique, que pretende criar os mecanismos dentro do PDT para dialogarmos com a sociedade e construirmos as soluções para os problemas que afligem cada cidadão, em seu dia a dia.

Sua posição de aliado do deputado Luciano Bispo pesou até que ponto? Como foi a conversa com ele?

Luciano Bispo tem se dedicado intensamente em oferecer as condições ao governador Belivaldo Chagas e aos prefeitos sergipanos, a exemplo de Edvaldo Nogueira, para que possamos atravessar essa tempestade. Ele é meu amigo-irmão e líder político e mais que isso: é uma grande inspiração para mim, pela dedicação que tem durante a sua vida para fazer o bem ao próximo, independente de ser época de eleição ou não. Com Luciano Bispo, nesses mais de 10 anos juntos, vivencio a cada dia a política do bem sendo praticada, sempre na busca de melhorar a vida do cidadão, é isso pra mim é uma missão de vida.

Está nos seus planos uma pré-candidatura a vereador de Aracaju. O PDT está abrigando vários pré-candidatos. Não seria mais viável outra legenda, do ponto de vista individual?

Está sim (nos planos uma pré-candidatura). Sou político e me orgulho disso, pois faço a política do bem e tenho conversado com meus amigos e amigas sobre esse projeto. Veja, quanto aos vários nomes que se filiaram ao PDT, pra mim é motivo de orgulho e aumenta ainda mais a minha responsabilidade junto a todos os aracajuanos. Venho conversando com os meus queridos amigos e amigas que estão participando do projeto e sou muito grato a todos. Sempre entendi que um partido é feito por um conjunto de pessoas, com o mesmo propósito, e jamais pode ser um projeto individual. Quem pensa assim deve repensar ou então será expurgado da política. Na vida, a regra básica é solidariedade, ou entendem isso ou ficarão para trás na estrada da vida. Recebi alguns convites que me diziam assim, “venha para o partido e você tem a eleição garantida, nós vamos eleger, ao menos um vereador e com certeza será você”, eu não dizia nada, mas estava claro que essa fala não era dirigida somente a mim. E mais: se também já havia a combinação e se tinha o aval dos demais candidatos.

O que Aracaju pode esperar deste seu projeto?

Veja, aos 51 anos de idade, não posso deixar de buscar contribuir mais com a minha cidade e com meu estado. É uma responsabilidade grande que temos: preparar o caminho para os jovens e adolescentes que estão chegando para a vida econômica ativa. Nosso sistema educacional não pode continuar preparando as pessoas sem qualquer base em três grandes pilares, a inteligência emocional; o empreendedorismo e a educação financeira. Hoje, grande parte dos que saem da faculdade, formados nas mais diversas áreas, não conhecem a si mesmos, não conhecem o mercado para o que se habilitaram e não sabem noções básicas de educação financeira. E hoje, o cenário mundial modificou por completo. Nossos jovens estão aprendendo no formato da educação do século passado, precisamos dar um F5 (atualizar) o ensino da rede pública de educação. Os mais ricos já possuem esse modelo na suas famílias, os mais pobres não têm essa mesma oportunidade e esse é o meu principal projeto, oferecer essas ferramentas a todos.

Como avalia o momento que o mundo vive com essa pandemia do coronavírus?

Você já ouviu a expressão ”freio de arrumação”? Pois bem, acredito que seja isso que está acontecendo com o planeta Terra. A humanidade estava num processo de degradação muito forte, onde a falta de amor e o desrespeito pelo outro chegaram a níveis insuportáveis. O ódio, a individualidade, a indiferença com a vida do outro estava absurda. Pessoas que diante da morte de outras, pegavam os celulares para gravar vídeos e conseguir curtidas em suas redes sociais, ignorando a dor e a tristeza das famílias estranguladas, isso sem contar que passavam por crianças, adultos e idosos famintos e não havia mais compaixão. Agora, que todos estamos na mesma situação, ricos e pobres, trancados em casa, devemos refletir sobre como iremos nos comportar, quando tudo isso passar. Todos os governos estão focados na construção de hospitais, em distribuir dinheiro para os mais pobres a fim de minimizar a fome desses, os garis estão sendo vistos e reconhecidos por sua importância em nossas vidas, essa nova visão de humanidade precisa ser mantida e consolidada, para que todos os seres humanos possam usufruir das riquezas da Terra.

E a forma com a qual o Brasil (políticos e população) lidam com a crise? Como avalia?

No Brasil, devido às informações que foram chegando de países onde a pandemia chegou primeiro, conseguimos nos informar sobre o problema. Claro que ainda temos muita gente que não tem consciência da gravidade de uma pandemia e minimiza os riscos. Pra aumentar esse problema ainda temos um presidente da república completamente sem noção e que entende haver um movimento político, eleitoral, contra si. Como pode ir de encontro a todos os líderes mundiais, todos os especialistas em saúde do planeta? Como pode ele bater de frente com o próprio Ministro da Saúde do seu governo, que tem se mostrado um homem equilibrado e corajoso, pra enfrentar além da pandemia, as articulações do gabinete do ódio. Graças a Deus que, diferente do presidente, os governadores e prefeitos das capitais adotaram medidas protetivas, objetivando minimizar os efeitos dessa tragédia planetária. É preciso que aumentemos nossa conexão com Deus para podermos atravessar essa tempestade.

Na Assembleia Legislativa, órgão do qual você é diretor de comunicação, o presidente, Luciano Bispo, adotou algumas medidas por conta da pandemia. De alguma forma, isso está prejudicando os trabalhos dos deputados?

Sem duvidas que todos foram afetados com essa pandemia. Os deputados e deputadas sergipanos tiveram interrompidas as suas atividades, tanto na Assembleia quanto na movimentação pelas cidades, onde possuem amigos. Para não paralisarmos as atividades no parlamento, a direção geral conseguiu implantar um sistema que já foi testado e permitirá a realização de sessões por teleconferência, onde cada deputado e deputada participará de suas casas, discutindo e votando matérias que não podem esperar, como os decretos de calamidade pública solicitados pelos prefeitos, assim como projetos do governo do estado, com medidas voltadas para o combate ao coronavírus.

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