body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Lula não manterá a palavra por força maior

Por Joedson Telles 

Lembram da frase do então candidato Lula, em 2022, antes do resultado das urnas: “se eleito, serei presidente de um mandato só”? Apesar de “estarmos distantes” das eleições presidenciais do ano de 2026, não seria precipitado registar, neste momento, que, dificilmente, Lula cumprirá sua palavra.

Salvo Deus não permita – e isso pode envolver um problema de saúde, por exemplo -, Lula é pré-candidato, sim senhor, a suceder a si mesmo.

Acredito que mesmo sendo um político de carreira, respirando a política desde jovem e gostar, evidentemente, de ser presidente, Lula falou com sinceridade, quando disse que não disputaria uma nova eleição aos 81 anos de idade.

A história que construiu, o fato de ser o maior líder político do Brasil e a forma como a maioria dos brasileiros abraçou a sua volta ao poder,  não permitiriam ao presidente externar que não estará na disputa, planejando estar. Os fatos advogam a sinceridade dos seus verbos. Lula não precisa de bravatas.

O problema – e é problema dos grandes para os que pensam como o presidente – repousa em duas vertentes: o bolsonarismo – mesmo com Bolsonaro inelegível – está vivo e com cólera por uma, digamos, “vingança política” e as condições que Lula encontrou o Brasil. Os quatros anos de Bolsonaro “fizeram um grande estrago”, para usar palavras petistas emprestadas.

Levando ambos os aspectos em conta, o raciocínio é simples: Lula vai manter a palavra, mesmo que um candidato apoiado por Bolsonaro e seus fieis seguidores apareça bem nas pesquisas e só ele, Lula, tenha condições, à luz das mesmas pesquisas, de vencê-lo? Lula carregaria em seu rico currículo político essa responsabilidade indireta de uma “volta do bolsonarismo” ao poder? Não creio.

Acredito que Lula, mas só o tempo poderá confirmar ou não, é, sim, pré-candidato. Só não será, se for possível transferir parte da sua densidade eleitoral para um nome que não apenas esteja afinado com os rumos que ele, Lula, almeja para o país, mas também herde seus votos. Entre quebrar a palavra ou permitir o bolsonarismo de volta, creio que Lula não teria um segundo de dúvida: optaria pela pré-candidatura.

 

Modificado em 26/07/2023 18:39

Universo Político: