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Lógica de Almeida afronta o PT e pode ter sepultado o sonho da aliança João x Jackson

Por Joedson Telles

Admirou, mas não sem antes provocar gargalhadas nos mais lúcidos, a participação do deputado federal Zé Almeida no programa do radialista George Magalhães, na Mix FM, na manhã desta quarta-feira 21. Assim como a Copa do Mundo, Almeida Lima, vez por outra, aparece, e, quase sempre, tenta criar uma polêmica.

Hoje, por exemplo, sugere ao governador Jackson Barreto atear gasolina no incêndio que tenta destruir o seu grupo como a solução para apagar as chamas. Zé Almeida cogitou JB dar um carinhoso chute no deputado federal Rogério Carvalho (PT), que até para os adversários já é o pré-candidato do grupo governista ao Senado, e, assim, tentar persuadir o DEM a ocupar o lugar na chapa, através da senadora Maria do Carmo.

Ainda pela engenharia do deputado Almeida Lima, Valadares, o pai, abriria mão de ser senador, a partir de 2015, para, no caso de uma reeleição de JB, ser seu vice. Pela sua lógica, como JB não teria mais direito a reeleição, ele, Valadares, poderia disputar o governo, em 2018, com o apoio governista. A estratégia repousa ainda em contemplar o PT, que tem em José Eduardo Dutra, hoje suplente de Valadares, seu senador.

Prefiro acreditar na ignorância do deputado, no tocante à forma, digamos, ‘tratoral’, que o deputado Rogério Carvalho faz política, a nutrir a ideia que a intenção foi mesmo afrontar o presidente petista. Creio, porém, que em Sergipe, só na cabeça de Almeida Lima, Rogério aceitaria tudo isso inerte – sobretudo tendo o aval do partido para representá-lo na chapa majoritária.

Bolas! Rogério não abriu mão do seu projeto nestas eleições para a ex-primeira-dama Eliane Aquino, mesmo esta estando bem melhor nas pesquisas. Não quis nem ouvir falar do aliado PC do B e do sonho Edvaldo Nogueira no Senado. Imagine baixar a cabeça para uma conjectura construída por Almeida Lima “sabe lá com qual interesse”, velando logo o DEM para o seu lugar?

Avivo que quando Rogério optou pela pré-candidatura ao Senado, o presidente do PT deixou uma reeleição praticamente certa. No mínimo, infinitamente mais fácil que pisar no tapete azul. E, em nome do seu projeto, foi para cima e derrotou o grupo de Déda e Zé Eduardo no PT.

O que mais chama a atenção, no entanto, pela forma com que a política se supera na arte de tentar subestimar inteligências e arriscar apagar memórias, é Zé Almeida pregar o fora Rogério justamente para abrir uma vaga na chapa governista para o prefeito de Aracaju João Alves Filho (DEM) – ninguém menos que o homem que mais esteve na sua mira e foi alvo das mais variadas críticas que a história política de Sergipe já registrou.

Recentemente em 2012, por exemplo, Almeida fez de tudo para jogar João Alves contra a população e impedi-lo de chegar à Prefeitura de Aracaju. Quem não lembra a tal ‘nova ordem política’ e tome pancada no Negão? João, na boca de Almeida, era tudo que não presta acrescido do que não serve. Agora, num curto espaço de tempo, passa a ser o aliado dos sonhos? Serve para o Senado? Oh tempo irônico…

… Não duvido que a intenção do deputado Almeida Lima seja, de fato, ajudar Jackson a fortalecer sua chapa. Vai um oceano de distância afirmar aqui que o Zé Almeida sentenciou a decisão de João Alves em descartar apoiar o governador Jackson Barreto, ao meter o dedo onde não foi chamado. Todavia, com a sua participação indireta na articulação, mesmo falando em ‘dar contribuição’, se João Alves já teria sérias dificuldades de explicar aos eleitores uma possível aliança coma adversários históricos, agora, o martelo pode ter encostado com força na madeira.

www.universopolitico.com.br

Modificado em 21/05/2014 09:58

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