body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Laércio chegaria ao grupo de Jackson como nome forte para disputar o Senado. Ou mesmo o governo

Laércio: nunca fez oposição com o fígado

Por Joedson Telles

Cortejado pelo governador Jackson Barreto para passar a compor a base governista, o deputado federal Laércio Oliveira ainda não definiu se respirará ou não novos ares. Deduzo, entretanto, que ele pensa, analisa, escuta, reflete… E não tarda a decidir se deixa ou não o grupo do senador Eduardo Amorim e do deputado federal André Moura para se juntar, justamente, ao alvo principal dos seus atuais aliados. Se tivesse apenas uma moeda, ainda assim, apostaria a solitária que Laércio aceitará o tapete estendido.

Pela sua postura, Laércio não teria (não terá?) dificuldade alguma em ser acolhido pelo grupo. Nunca foi um político de oposição radical. De criticar por criticar. De agir com o fígado. Nunca agrediu o governador Jackson Barreto ou quem quer que seja na mídia, nas redes sociais ou na tribuna da Câmara.

Além disso, Laércio, note-se, faz parte do bloco de oposição, mas sempre demonstrou postura de independência – como quando na contra-mão do seu grupo declarou apoio à aprovação do Proinveste, pleiteado pelo saudoso petista Marcelo Déda, ou quando aderiu ao projeto do então candidato à reeleição, o ex-prefeito João Alves, no ano passado, à revelia do agrupamento.

Ali, diante da indefinição do grupo, se lançava Eduardo Amorim, outro nome do agrupamento ou se abraçava o então candidato Valadares Filho, Laércio deu a palavra a João Alves e segurou. Manteve a coerência, mesmo contrariando alguns aliados…

Caso se concretize a ampliação da aliança governista, Jackson Barreto, numa tacada só, abre uma lacuna irreparável na base da oposição, cutuca os senadores Eduardo Amorim e Antônio Carlos Valadares, e ainda ganha forças, em Brasília, junto ao Governo Federal, por passar a ter mais um deputado aliado. Isso sem falar no ganho político local. Leia-se: votos.

Por sua vez, Laércio precisa levar em conta como ficaria seu projeto pessoal: trocar a Câmara Federal pelo Senado, ou quem sabe pelo Governo do Estado, a partir de 2019. Laércio não vai recuar. Mas como há aliados de primeira hora do governador a sonhar também com este voo, a questão é saber como reagiriam. O suposto sentimento contrário teria forças para impedir um apoio do governador ao projeto Laércio Oliveira 2018?

E se o próprio Jackson Barreto for candidato a senador? Apoiará Laércio Oliveira na disputa pela segunda vaga no Senado ou mesmo para disputar o Governo de Sergipe? Ninguém tem dúvida que Laércio chega como um forte nome para a disputa majoritária. Um reforço de peso para o grupo governista. E como evidenciei aqui, nada impede o acordo no terreno político, que, em sendo confirmando, ao menos na teoria, ganham Jackson e Laércio e perdem Eduardo e Valadares.

 

Modificado em 20/01/2017 08:54

Universo Político: