body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Prefeitura de Japaratuba investe na manutenção da cultura

O XVI Festival de Artes Arthur Bispo do Rosário, organizado pela Prefeitura Municipal de Japaratuba, através da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Eventos não para. E, nesta quinta-feira (19), diversos grupos culturais passaram pelo palco “Eduardo Carvalho Cabral”, montado em frente à Igreja Matriz de Nossa Senhora da Saúde. Reisado, samba de coco, cacumbi, dança afro e peças teatrais estiveram entre as atrações – além da presença de uma enorme escultura do grande artista japaratubense que empresta o nome ao evento.

Aclamado pelo público presente, a Companhia de Espetáculos “Rebiboka da Parafuzeta” mostrou, de maneira lúdica, a importância de um dos maiores ícones da tradição local: a cabacinha – objeto de parafina que, preenchido por água, é utilizado pelos moradores e visitantes numa festiva brincadeira, e que, consequentemente, serve como fonte de renda para dezenas de famílias que dependem da venda deste produto.

“Essa celebração cultural é de extrema importância para o município, pois atrai um grande número de visitantes e preserva a nossa cultura, além de agrupar nosso povo de maneira única”, explicou o secretário de Cultura, Turismo e Eventos, Periclys Rocha.

Grande parte do material que produz as cabacinhas é doado pela prefeita do município, Lara Moura (PSC), pois, segundo ela, é uma forma de contribuir com a tradição local e diminuir o custo dos produtores. “Sabemos das dificuldades enfrentadas pelo nosso povo e, com isso, fazemos a doação da parafina para que, assim, possam ter o aparato necessário para produzir as cabacinhas, ter lucro com as vendas e perpetuar nossa maior tradição cultura”, disse a prefeita.

 

Arthur Bispo do Rosário

Principal nome do artesanato da região, Arthur Bispo do Rosário, nasceu em Japaratuba em 1911, mas, em 1925, mudou-se para o Rio de Janeiro onde atuou na Marinha Brasileira e, posteriormente, na Companhia de Eletricidade Light. Diagnosticado como esquizofrênico-paranóico, foi internado na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, no ano de 1938 onde começou a desenvolver trabalhos artesanais.

Autodidata, criou cerca de mil obras rudimentares e diversas miniaturas de navios de guerra e automóveis, além de objetos do cotidiano, roupas e lençóis bordados. A qualidade de suas peças ganhou notoriedade nacional e se tornou temas de filmes  e objeto de estudos que derivou no livro “Arthur Bispo do Rosário: o Senhor do Labirinto,” de Luciana Hidalgo, e, também, peças teatrais.

Em sua homenagem, no ano de 1989,  foi fundada a Associação dos Artistas da Colônia Juliano Moreira, com o intuito de preservar a sua obra, tombada em 1992 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural – Inepac.

Arthur Bispo do Rosário faleceu em 1989 e, em memória do artista, uma estátua foi colocada numa das entradas de sua cidade natal.

Enviado pela assessoria 

Modificado em 21/01/2017 08:30

Universo Político: