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João Alves não será pré-candidato a governador, em 2018. João Alves nunca deixou de ser

Por Joedson Telles

Pode soar brincadeira para adversários políticos – sobretudo pela melancólica gestão à frente da Prefeitura de Aracaju, aliás, cruelmente já espelhada pelas urnas -, mas o prefeito João Alves espera tão somente transferir o comando da PMA ao seu sucessor, em janeiro de 2017, para “começar a planejar” governar Sergipe pela quarta vez. Estas aspas serão entendidas até o final do texto. Eis a política mais viva que nunca.

Evidente, se ele admitisse isso publicamente, se convocasse a imprensa e, em meio aquela gargalhada conhecida, se lançasse pré-candidato, não seria João Alves Filho. O ex-governador que nunca deixou de sonhar em voltar a ser vai dizer que “nem sob tortura confessa” até aonde o calendário eleitoral lhe permitir. É o político dos 44 do segundo tempo. Todavia, dos mais próximos, não esconde que estará, sim, na disputa. Exceto Deus, só mesmo algum problema de saúde pode atrapalhar seus planos e fazê-lo desistir. Se entrará na briga com chances reais de vitória, a história é outra. Mas que cogita disputar, cogita.

O que mais João Alves pode fazer da vida sem mandato? Indago aos botões. Curtir a família e dar um tempo para ele mesmo. Emergem as possíveis respostas lógicas. Seriam caminhos acertados? Se estivéssemos falando da maioria dos internautas, sem dúvida. Aliás, muitos sequer teriam disputado a Prefeitura de Aracaju, em 2012. Naquela segunda derrota para Marcelo Déda, em 2010, penduravam a chuteira. No entanto, estamos falando de João Alves. E é difícil imaginar uma pessoa viciada, no bom sentido, em política como ele ficar fora da atmosfera.

Paradoxalmente, a pífia gestão à frente da PMA não lhe estimula a aposentadoria. João Alves sabe que nem de longe foi aquele Negão dos tempos do Palácio do Governo de Sergipe. Aquele político que, com erros e acertos, sempre deixou a sua marca. A Orla da Atalaia, o Hospital João Alves, a Ponte Aracaju/Barra e outras formas de escrever seu nome na história de Sergipe contrastam, hoje, com um prefeito que sequer conseguiu fazer o básico – como pagar servidores em dia e honrar compromisso com fornecedores.

João Alves tem dito aos mais próximos que essa gestão pífia o incomoda bastante. Perder a fama de tocador de obras nunca esteve nos seus planos. Tampouco se aposentar sem ter a chance de provar a Sergipe que ainda é o mesmo João Negão. Que seu discurso é verdadeiro: Dilma e a crise amarraram suas mãos. E, como já dito aqui, na sua cabeça, só Deus ou a falta de saúde pode atrapalhar seus planos. E, cá pra nós, que diferença faria se o eleitor lhe desse de ombros outra vez? Nada a perder. Continuaria sem mandato. João Alves não será pré-candidato, em 2018. João Alves nunca deixou de ser. Agora, se vence a eleição, evidentemente, não é com ele. É com o senhor e a senhoras, internauta.

P.S. João Alves teria muita dificuldade para reunir um agrupamento forte em torno do projeto. Deixou escapar aliados com densidade eleitoral, nos últimos anos. Mas é política, não é mesmo? Quem duvida de nada?

Modificado em 26/10/2016 05:56

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