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“João Alves não sai candidato a governador e vem compor com a gente”

Juízo é do vereador do PMDB Robson Viana: “tenho certeza absoluta de 99,9%”, diz

Robson: esperançoso

Por Joedson Telles

Se depender do otimismo do vereador Robson Viana (PMDB), o prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), não precisa mais conceder a esperada entrevista prometida para amanhã, sexta-feira 4, para dar ciência a Sergipe de como será a sua participação nas eleições 2014. Principal aliado do governador Jackson Barreto (PMDB), que é pré-candidato à reeleição, Robson Viana aposta que o prefeito não deixará a Prefeitura de Aracaju, e ainda anunciará seu apoio ao projeto Jackson Barreto de Lima. “Estamos aguardando até dia 4 que é o prazo final para ver se João vai sair ou não. Mas eu tenho certeza absoluta de 99,9% que João Alves não sai candidato a governador e vem compor com a gente nessa eleição. A gente está aguardando com paciência, tranquilidade, é normal”, ajuíza o aliado. Robson Viana, que por várias vezes fez o papel de porta-voz do governador Jackson Barreto, também comenta, nesta entrevista, a possibilidade de um rompimento entre JB e o senador Antônio Carlos Valadares (PSB), que entregou todos os cargos que tinha no Governo do Estado. “Cada um procura o entendimento que for melhor. O que for melhor para o PSB é o senador que vai decidir juntamente com Valadares Filho, e o que for melhor para o PMDB é nossa liderança maior, Jackson Barreto, quem vai decidir para nosso grupo.” A entrevista:

 

A sua pré-candidatura como deputado estadual está mantida?

Depois que passou o Carnaval, como todo mundo, a gente começou pensar mais nisso, mas é o momento também da gente estar ajudando o governador Jackson Barreto em sua gestão.

O PMDB continua esperançoso de ter o prefeito João Alves apoiando a chapa governista?

Não tenha dúvida. Eu sou uma das pessoas que também estou contribuindo para isso. Desde o ano passado que eu venho dizendo que é importante que João Alves participe desse processo. Eu acho que Jackson sinalizou bastante para o prefeito, seria uma sintonia muito boa administrativa, e tenho certeza que as coisas vão se concretizar. A gente vai ter uma parceria muito boa em relação à pré-candidatura de Jackson Barreto.

João Alves sinalizou para esta aliança com o PMDB?

Estamos aguardando até dia 4 que é o prazo final para ver se João vai sair ou não. Mas eu tenho certeza absoluta de 99,9% que João Alves não sai candidato a governador e vem compor com a gente nessa eleição. A gente está aguardando com paciência, tranquilidade, é normal. Estamos conversando com todos os partidos da base que fazem parte desse projeto, entendendo que o projeto maior agora é a pré-candidatura de Jackson Barreto para governador.

Em vingando esta conjetura, a vaga oferecida a João Alves seria de vice-governador ou de senador?

Tudo isso é diálogo. Tem o PT também aí que vai entrar na chapa majoritária e a gente vai discutir se o Senado vai ficar com o PT ou com o DEM. É uma coisa que vai amadurecer, mas não tenha dúvida que tanto o PT como o DEM estará na chapa majoritária lutando e andando com Jackson Barreto nessa campanha.

Diante da postura do senador Valadares, que entregou todos os cargos que tinha no governo, o PMDB ainda conta com o PSB?

Eu tenho ouvido o senador e o respeito muito. Acho que a gente tem que respeitar a decisão do senador Valadares, mas acho também que a gente tem que olhar para o passado um pouquinho. O que Jackson já fez pelo senador, na eleição do filho dele para prefeito de Aracaju, eu acho que está no momento de o senador fazer um gesto com Jackson. Isso já ocorreu em outras oportunidades, em 1998, quando Jackson estava melhor nas pesquisas e acabou o senador sendo candidato. Eu acho que é o momento para a gente pensar, refletir, ter paciência, responsabilidade, mas acho que cabe ao senador a decisão. Se ele quiser ficar com a gente não pode pressionar. Exigir ficar na chapa majoritária, até porque Jackson quando foi pra rua pedir voto pra Valadares Filho e fez a campanha em Aracaju não exigiu nada, e era majoritário. Então, eu acho que é o momento da reciprocidade. Eu acho que é o momento de Valadares reconhecer que é o momento natural de Jackson Barreto. Vamos aguardar. Respeitamos a decisão do PSB, mas pelas últimas declarações do senador, a gente está vendo que está muito difícil essa composição na eleição desse ano. Mas tudo na política pode acontecer.

Então, em o DEM se aliando ao grupo, não teria vaga na majoritária para o PSB?

Eu acho que na eleição de prefeito a majoritária foi Valadares Filho, tanto que foi retirado uma candidatura do PT (Rogério Carvalho). Eu acho que é o momento do PT colocar uma pessoa na majoritária e a gente compor porque é importante. Política a gente não ganha sozinho. Mas composição, mais fortalecidos. Agora o candidato é do PMDB, não é do PT e nem do PSB. Se o senador achar que, infelizmente, não estando na majoritária sairia do projeto é uma decisão deles. Foi assim a reunião do diretório estadual do PSB, que saiu com a nota afirmando que, se não estivesse na majoritária, sairia do projeto. Aí fica difícil, até porque Jackson conversou várias vezes com o senador, vários almoços, vários jantares, mas as coisas não andarem. Acho que é o momento de Jackson fazer essa composição. É preciso deixar Jackson com tranquilidade para poder compor, e a gente continuar no Governo do Estado, mantendo tudo que Marcelo Déda deixou, continuando agora com o PMDB, porque eu tenho certeza que Jackson mostrou a lealdade dele, a fidelidade a todo esse projeto. Jackson vem apoiando o governador em quatro eleições. Acho que é o momento dessa turma toda ter discernimento e compreensão que agora é o momento de Jackson Barreto. Jackson tem que fazer a composição – como foi feito em 2010, quando Marcelo Déda foi buscar apoio do PSC. A humildade também é importante nesse processo.

Em 2000, se Jackson Barreto não tirasse a candidatura do ex-prefeito João Gama, para apoiar Marcelo Déda, talvez esse grupo não chegasse aonde chegou… É isso que o senhor quer dizer?

É verdade. Tem que ter o momento de avançar e recuar. Jackson tem esse comportamento da fidelidade e lealdade com o projeto, ajudou muito na eleição de Déda. Tudo isso foi na retirada do projeto de reeleição de Gama para prefeito de Aracaju. A política vive de gestos. Infelizmente, Jackson não tem sido muito prestigiado em relação a gesto. Jackson tem elogiado bastante o senador, mas se não der paciência, cada um pegue o seu caminho que é normal, o senador pegue o espaço dele e a gente vai caminhar com outro espaço, outra coligação, e tenho certeza absoluta pelo trabalho e dinâmica que Jackson tem dado no Governo do Estado o povo de Sergipe vai dar resposta.

Está superada a animosidade do passado entre João e Jackson?

Isso já está superado. Ninguém aqui pode falar de coligação. De acordos políticos com ninguém. Valadares já teve com João Alves, com Albano… O único que poderia falar, infelizmente, não está mais aqui: Marcelo Déda do PT, que nunca se coligou com o DEM. Até o próprio senador Valadares disse que, se não houver entendimento com Jackson, ninguém vai esculhambar ninguém no programa político, denegrir a imagem de ninguém. Eu acho que a gente tem que falar em projetos que melhorem a qualidade de vida do povo sergipano. Cada um evitando esse embate, essa baixaria no embate político. Cada um procura o entendimento que for melhor. O que for melhor para o PSB é o senador que vai decidir juntamente com Valadares Filho, e o que for melhor para o PMDB é nossa liderança maior, Jackson Barreto, quem vai decidir para nosso grupo. Vamos aguardar e nas definições cada um pegue o seu caminho. O povo vai decidir dia 5 de outubro quem será o governador do Estado de Sergipe.

Modificado em 03/04/2014 09:47