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Jackson externa neutralidade na eleição da Mesa da Assembleia

Jackson: sem candidato

Por Joedson Telles

Como se não bastasse ratificar só ter amor a sua mãe, ao ser provocado sobre o desabafo feito pelo deputado federal Fábio Reis – os detalhes são do conhecimento de todos -, o governador Jackson Barreto confirma no Twitter um juízo já exposto aqui no Universo sobre este assunto abusado que é eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa: sua gestão, e não o polêmico pleito ocupa sua mente neste momento. Jura na cruz que sequer tem candidato.

“O povo nos confiou com a maior vitória na eleição. Estou preocupado é em atender ao povo”, disse. Sepultando os comentários de que o deputado estadual eleito Luciano Bispo é o seu candidato, JB sentenciou: “Eu estou conversando com todos. Eles vão fazer assim como desejam. Eu não lancei chapa para a Alese. Todos vieram conversar comigo, mostrando interesse, mas não tenho chapa”, disse no Twitter.

Evidente que mesmo que Jackson tenha, de fato, lá atrás cogitado se posicionar a favor de Luciano Bispo, algo que nunca externou, saliente-se, hoje, vive a ratificar sua posição de neutralidade. Está a cavaleiro. Aliás, mostra maturidade e coerência, já que não apenas Luciano Bispo, mas também os deputados Gustinho Ribeiro e Garibalde Mendonça, que também sonham com a presidência, são seus aliados. Votaram e pediram votos para sua permanência à frente do Governo do Estado.

A decisão de Jackson, ainda que contrarie Luciano Bispo e outros aliados, como o deputado Fábio Reis, mostra sua visão sobre o Poder Legislativo. Ao se manifestar livre e publicamente, deixando a decisão nas mãos dos próprios deputados, Jackson Barreto mostra respeito à Assembleia Legislativa. É lógico que lucra no varejo por não se indispor com deputados aliados, já que não tomará partido. Também tem a tranquilidade de a matemática impedir que a presidência da Alese aterrisse no colo da oposição. Mas nem por isso deixa de demonstrar respeito ao Poder Legislativo.

Evidente que os inimigos de Luciano Bispo ajuizarão de forma açodada que ele é um péssimo gestor, que tem processos nas costas e pode perder o mandato a qualquer momento. Argumentarão que, por conta disso, esperto, Jackson, para não pegar carona no desgaste, optou pela neutralidade.

Entretanto, além de os algozes estarem agindo nitidamente para desgastar Luciano no processo (serventia?), sonegam que Jackson, se quisesse mesmo Luciano, se este fosse seu candidato, o bancaria como já fez com outros políticos em eleições mais difíceis – como para prefeito de Aracaju. É só recorrer à história e atestar: Jackson Barreto de Lima nunca temeu desgaste em sua trajetória política. Nunca foi covarde. E não seria agora que porta a caneta e já anunciou aposentadoria.

P.S. Uma indagação básica para pensarmos na cama: se fosse João Augusto Gama, um dos deputados estaduais a sonhar com a Presidência da Alese, Jackson Barreto entraria em cena?

joedson: