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Jackson conseguirá deixar de ser Jackson?

André: o peso da liderança que atrai até desafetos

Por Joedson Telles

A política já foi definida como “a arte do cão”. Não em alusão ao maior amigo do homem. Que cachorro que nada: a ideia é resumir numa frase tudo que não presta e aludir ao satanás. Ao demônio mesmo. Ao derrotado por Jesus Cristo. Eis a questão nua e crua dada à peculiaridade da arte engendrada para o bem, mas viciadamente inclinada para o contrário.

Nunca foi a praia de um cristão dar ibope ao inimigo. Todavia, não existe melhor definição que esta para a política, quando se leva em conta a presença do governador Jackson Barreto no ninho do deputado desafeto André Moura, em Brasília.

Evidente que, a julgar pelos discursos, os interesses de Sergipe asfixiam, de pronto, a animosidade. Se a prática, e, sobretudo, o tempo e os resultados ratificarem ótimo. Teremos virado uma página ou não. Mas que, ao menos por algum tempo, a política terá se mostrado grande isso terá. Sergipe poderá colher um fruto positivo.

O que preocupa, contudo, é a danada definição de política com o dedo do demo. E, assim, quem vive minimamente a política de Sergipe nutre, certamente, uma curiosidade ímpar – além, evidente, da curiosidade peculiar que um encontro deste tipo provoca: com que cara Jackson Barreto entrará no gabinete? Qual o semblante do governador, ao fitar os olhos de André, depois de tantas agressões? Isso, evidentemente, com os filmes que alimentam a animosidade se revezando entre a sua cabeça e a de André.

Jackson cumprimentará friamente André, irá de forma seca ao assunto e, feito isso, tratará logo de deixar o território inimigo? Já entrará no ambiente sem a menor graça, e, com um sorriso amarelo, cumprimentará, o deputado cuja liderança do Governo Federal no Congresso, miseravelmente, o atraiu? Retratar-se-á por conta dos ataques verbais que desferiu contra André Moura? Passará, assim, a enxergar André como um político sério e bem intencionado? A dor o ensinou a gemer? A reconhecer o peso da liderança conquistada por André?

Após bater à porta do adversário histórico, passará Jackson Barreto a respeitá-lo? Ainda que na base da falsidade, enquanto André Moura estiver na liderança de Michel Temer, e o governador vislumbre algo de bom para Sergipe, a paz estará convocada? Vá lá que o caldo entrone quando as leis eleitorais permitirem campanha nas ruas. Mas até lá? Jackson conseguirá deixar de ser Jackson?

Modificado em 15/03/2017 06:03

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