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Homens agredindo e matando mulheres; até quando?

Por Joedson Telles 

Inconformado com o fim do relacionamento, homem mata ex-esposa com várias facadas, em Laranjeiras. Já em Nossa Senhora do Socorro, homem agride a ex-companheira com um pedaço de madeira. Em Aracaju, homem é preso após agredir a esposa…

Cito três casos de violência contra mulheres registrados, no último final de semana, mas, obviamente, o número é bem maior. Ninguém tem dúvida. existiram outros casos – inclusive muitos não são registrados pelo mesmo motivo: as vítimas, quando escapam da morte, temem as consequências. O agressor, mesmo quando é preso, não tarde a ser solto e parte para a vingança. Há também a dependência financeira.

O mais assustador, depois da agressão em si,  é o embrutecimento. O absurdo vai se tornando banal numa sociedade que parece vencida pelo mal.

Cada caso de violência contra uma mulher – e, óbvio, o problema não reside apenas em Sergipe – transmite a  sensação frustrante de que todos nós que, de alguma forma, fazemos a nossa parte para combater este mal, estamos enxugando gelo. Ou melhor, tentando enxugar.

Por mais que haja empenho para que a mulher esteja em segurança, novos casos de violência dizem com eloquência que estamos fracassando.

É evidente que não podemos desprezar o argumento válido que, hoje, existe uma preocupação bem maior com a causa – e há também leis mais duras contra os agressores. Há mais envolvimento e compromisso. Mais homens covardes sendo punidos. Entretanto, a equação ainda não está dentro da expetativa.

Uma mulher ser agredida é algo tão abominável, paradoxalmente, tão fora realidade que, mesmo que tivéssemos uma redução de 99% no número de casos, ainda assim, estaríamos derrotados enquanto sociedade civilizada. Se as leis feitas pelos nossos políticos não estão funcionando como deveriam, precisamos de novas leis, novas ideias e ferramentas. Envolver mais a sociedade. Não podemos desistir. Seria jogar a favor do criminoso.

Modificado em 12/06/2023 11:42

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