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Heleno Silva: “A oposição em Sergipe está sem rumo”

Por Luiz Sérgio Teles

“A oposição em Sergipe está sem rumo. Quem pensar em algum projeto político pensando na união da oposição, isso não vai acontecer nunca. O tempo da política é que vai mostrar como isso vai ser curado. É uma grande ferida e eu não vejo as pessoas com vontade de que as coisas sejam resolvidas”, diz o ex-deputado federal Heleno Silva (PRB), que tão logo terminou o primeiro turno das eleições 2018 voltou a fazer parte do bloco governista. “No segundo turno, decidimos apoiar Belivaldo Chagas. Fomos para as ruas e entendemos que fizemos a coisa certa. Não fizemos isso em troca de cargos e de espaço político até porque a gente entende que o resultado eleitoral para nós não foi bom e sabemos o nosso lugar.”

 

O que foi tratado na reunião que o senhor teve com a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, na semana passada?

Fui fazer uma visita de cortesia porque eu conheço bem ela desde 2003, quando ela era assessora da bancada evangélica. Ela aproveitou e me mostrou o que concerne hoje a pasta que ela administra, onde existem políticas públicas para juventude, para os idosos, mulheres, o enfrentamento da violência contra a mulher. Inclusive, no momento que eu estava lá, liguei para a secretária de Ação Social do Estado, Leda Lúcia, e coloquei para falar com a ministra. Damares disse que estava esperando a visita da secretária para tratar desses temas importantes também para Sergipe.

O PRB já tem data definida para tratar dos rumos para o próximo pleito?

Nossa data é depois do carnaval. A gente vai definir, principalmente, nosso posicionamento em Brasília. Estamos passando por uma mudança profunda nas questões políticas do país. O PRB tem uma tendência de apoiar o governo Bolsonaro, mas, mesmo assim, vamos aguardar qual o posicionamento nacional do partido para traçarmos nossos objetivos em relação a Sergipe. A gente sabe que os deputados vão tomar posse em fevereiro, mas tudo só voltará a normalidade depois do carnaval. Somos um partido forte, tivemos uma baixa eleitoral muito grande dada a uma mudança política nossa e a gente vai reorganizar essas questões.

Qual a perspectiva de Jony Marcos assumir uma vaga na Câmara, caso Valdevan 90 seja cassado?

Isso não está na nossa pauta. É um advento que não depende politicamente da gente. A gente está evitando falar desse assunto para não dizerem que estamos interessados em alguma coisa. Se vier a calhar de Jony assumir, ele vai fazer o trabalho que um deputado deve fazer. Mas a gente está consciente de que Jony é primeiro suplente e não estamos com ansiedade ou expectativa. Estamos tranquilos quanto a isso.

O senhor está no agrupamento do Governo, como há especulações?

No segundo turno, decidimos apoiar Belivaldo Chagas. Fomos para as ruas e entendemos que fizemos a coisa certa. Não fizemos isso em troca de cargos e de espaço político até porque a gente entende que o resultado eleitoral para nós não foi bom e sabemos o nosso lugar. A gente está torcendo por Belivaldo, nos aproximamos de novo dele. Se amanhã tivermos uma conversa tem muita chance de estarmos dentro do grupo e ele ser o nosso líder político maior.

Está descartada uma conversa com a oposição?

Não temos interesse em conversar com a oposição. Nossa experiência na oposição não foi boa. Se mostrou um grupo dividido, um grupo que nem na perda total que tiveram houve solidariedade. No que depender de mim, não tenho interesse em conversar com a oposição. É uma oposição que não há humildade. Um querendo ser melhor do que o outro. A gente está disposto a seguir o nosso caminho e escolher lá na frente o melhor que for para o nosso partido.

O deputado federal André Moura mencionou que o senhor ligou pra ele pedindo a união da oposição. O senhor confirma?

No Ano Novo, a gente se solidariza com muita gente. Solidarizei-me com André. Alguns movimentos políticos de oposição sonham com essa união, mas eu acho muito difícil de acontecer dado às declarações deles. Não há união de maneira nenhuma com eles. A oposição em Sergipe está sem rumo. Quem pensar em algum projeto político pensando na união da oposição, isso não vai acontecer nunca. O tempo da política é que vai mostrar como isso vai ser curado. É uma grande ferida e eu não vejo as pessoas com vontade de que as coisas sejam resolvidas.

Alguns partidos já tratam de 2020 e até de 2022. E o PRB? Terá candidato próprio a prefeito de Aracaju?

A gente tem candidato a prefeito já em algumas cidades do interior. Em Aracaju não nos posicionamos sobre isso. Na eleição passada, nós votamos em Edvaldo, participávamos do Governo. Vamos decidir essa questão de Aracaju também numa discussão a partir de março.

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