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Georgeo Passos descarta trocar a oposição por Jackson

“Não tenho como compactuar com este desgoverno. Não queremos enganar quem nos colocou nesta cadeira”, justifica o líder da oposição na Assembleia Legislativa

Georgeo: Deso acomoda políticos sem mandato

Por Joedson Telles

Novo líder da oposição ao governo Jackson Barreto na Assembleia Legislativa de Sergipe, o deputado estadual Georgeo Passos (PTC) assegura, nesta entrevista que concede ao Universo, que assumiu o mandato sonhando em fazer algo por Sergipe, mas percebeu que a Alese faz opção pelo Governo do Estado. “Por exemplo, projetos importantes que apresentamos adormecem nas gavetas. Por outro lado, já assistimos a projetos de lei do governo chegarem num dia e serem aprovados com menos de 24 horas”, lamenta. O jovem deputado diz também que, a Deso vem sendo sucateada e usada para acomodar políticos sem mandato. Ele ainda explica sua preferência pelo nome do senador Eduardo Amorim (PSC) para ser o pré-candidato do grupo da oposição ao governo do Estado, em 2018. “Desde a última a eleição, que o grupo liderado por ele vem mostrando como o atual governo vem tratando mal o povo sergipano. Precisamos apontar soluções e não cair nas armadilhas colocadas pelo grupo que governa Sergipe há mais de 10 anos”, diz. E, por fim, descarta trocar a oposição pela bancada governista. “Não tenho como compactuar com este desgoverno. Prefiro retornar ao meu emprego no Tribunal de Justiça a me aliar a Jackson Barreto. Não queremos enganar quem nos colocou nesta cadeira, para esta posição”, explica. A entrevista:

O que Sergipe pode esperar da Assembleia Legislativa, este ano?

Chegamos na metade desta legislatura, no entanto a Assembleia Legislativa não conseguiu superar as expectativas dos sergipanos. Os grandes temas da atualidade não foram debatidos na Casa do Povo, a exemplo da Previdência dos servidores públicos, crise no sistema prisional, dentre outros. Vimos outros órgãos fazendo a nossa parte, nos omitimos. Mas confiamos que estes dois últimos anos sejam diferentes e o Parlamento chame para si a responsabilidade que lhe é devida, passando a desempenhar o papel com independência. Não podemos ficar sendo uma Casa que apenas chancela as proposituras dos outros Poderes. Podemos fazer muito mais.

E particularmente do deputado Georgeo Passos, o que Sergipe pode esperar?

Continuamos com nossa determinação, em que pese a frustração destes dois primeiros anos como deputado. Chegamos aqui com sonhos, com vontade de fazer algo por Sergipe, mas percebemos que as coisas não andam como gostaríamos. Por exemplo, projetos importantes que apresentamos adormecem nas gavetas. Por outro lado, já assistimos a projetos de lei do governo chegarem num dia e serem aprovados com menos de 24 horas. No entanto, não podemos desanimar – permanecemos estudando e debatendo o que é importante para nossa Estado, apresentando sugestões, bem como mostraremos o sofrimento de nosso povo e como a falta de uma gestão eficiente compromete a vida de muitos.

Como o deputado estadual Georgeo Passos avalia a privatização da Deso?

Ao longo do tempo, a Deso vem sendo sucateada, usada para acomodar políticos sem mandato, por exemplo.  Ou seja, nunca foi tratada como “a joia da coroa”, que pode trazer recursos para o Estado, mas o contrário acontece. Mas faço uma pergunta: qual o produto a Deso vende? Água, líquido essencial para sobrevivência do ser humano. Ou seja, nunca vai faltar cliente, mas o cliente deve ser bem tratado. Na minha visão, o problema é de falta de gestão técnica e eficiente. Vender não será a solução dos problemas. Podemos estar criando algo pior no futuro. Este processo deve ser bem pensado. Como ficarão os funcionários que lá trabalham? Como ficarão as regiões mais carentes do Estado?

Recentemente, Georgeo Passos e outros políticos que também fazem parte da oposição estiveram no TCE protocolando um pedido de auditoria na Fundação Hospitalar de Saúde. Foi um ato isolado ou a oposição pretende não ficar apenas no discurso frente aos problemas de Sergipe?

Durante nosso mandato, sempre fizemos o papel de fiscalizar. Encaminhamos várias solicitações de informações aos mais diversos órgãos. Logo, não ficamos só no discurso – sempre agimos querendo saber onde e como o dinheiro público é gasto. Temos vários procedimentos abertos em nosso gabinete. Alguns evoluíram e protocolamos no MP, CNJ e OAB, por exemplo. Inclusive, nossa provocação conseguiu suspender o pagamento retroativo de auxílio-moradia para alguns membros da magistratura. Em outro caso, foi proposto ação de improbidade administrativa contra um secretário de Estado. Não seria diferente com a FHS, que recebe por ano mais de R$ 500 milhões do Governo para gerenciar a saúde em Sergipe, sendo que este serviço não é bem avaliado pela população. Logo, cabe aos parlamentares cobrar providências.

 

Qual a sua visão sobre o próximo pleito? Como Georgeo pode contribuir?

O maior desafio da próxima eleição será o resgate junto ao eleitorado. Hoje, a classe política é muito mal avaliada. Teremos que superar esta situação com trabalho, já que palavras apenas não serão suficientes. Temos que aprender também a lidar com o curto espaço de tempo de campanha, bem como o uso de outras formas de comunicação, como as redes sociais. O eleitor que o candidato mais próximo e que este consiga honrar com sua palavra. Desta forma, pretendemos mostrar o sofrimento que o povo vive neste Estado. Com algumas sugestões para resolução dos problemas.

Quem é hoje o melhor nome da oposição para disputar o Governo do Estado?

Na minha visão, atualmente, quem vem construindo esta candidatura é o senador Eduardo Amorim. Desde a última a eleição, que o grupo liderado por ele vem mostrando como o atual governo vem tratando mal o povo sergipano. Precisamos apontar soluções e não cair nas armadilhas colocadas pelo grupo que governa Sergipe há mais de 10 anos.

Georgeo Passos pode um dia passar para a bancada governista ou descarta esta possibilidade de pronto?

Fui eleito pelo povo sergipano para fazer o contraponto ao governo eleito. Lógico, não fazemos uma oposição do quanto pior melhor. Pelo contrário, sempre estudamos para além de apontar os equívocos, sugerir soluções, mesmo não tendo a disposição o staff que o Governo possui. Sempre tivemos posição, nunca ficamos em cima do muro. Votamos a favor do que for bom para Sergipe, mas já votamos contra outras matérias que não concordamos. Não tenho como compactuar com este desgoverno. Prefiro retornar ao meu emprego no Tribunal de Justiça a me aliar a Jackson Barreto neste governo. Aprendemos assim. Não queremos enganar quem nos colocou nesta cadeira, para esta posição. Cremos que até nossos adversários nos respeitam.

Como avalia está animosidade Jackson x Valadares e Amorim que pauta a mídia e toma conta das redes sociais?

O governador tem um estilo peculiar e conhecido de fazer política. Todos em Sergipe já sabem do que ele é capaz para se manter no poder. Logo, não podemos cair neste jogo. Quem tem que distribuir a bola é o nosso grupamento, não o contrário. Por isso, os senadores Valadares e Amorim têm que mostrar as soluções dos problemas de Sergipe não cair nas armadilhas de Jackson Barreto.

O Governo do Estado olha para Ribeirópolis, como o município merece e precisa?

Infelizmente, não. Jackson esqueceu Ribeirópolis desde o momento que o ex-prefeito João Francisco rompeu com a aliada dele. Praticamente não vimos, de outubro do ano passado até hoje, nenhuma ação efetiva do governo. Pelo contrário: no quesito segurança, a delegacia local pode ser interditada por falta de mínimas condições de dignidade para acolher os que nela trabalham. Qual o estímulo que delegado e agentes tem em trabalhar em Ribeirópolis? Nenhum. Falta o básico e a consequência é o aumento da criminalidade. Situação parecida vivem os homens da Polícia Militar que com um efetivo reduzido tem que dificuldades para fazer a sua parte na questão da segurança. Também há a falta de ajuda ao homem do campo nesta seca. Apenas a Prefeitura sozinha está fazendo algo. O hospital local está fechado desde o ano passado por falta de repasses do Estado do valor conveniado. Com estas questões, que poderíamos citar outras, que é que sofre? A família Passos? O governo mira em nós, mas atinge os mais necessitados.

Quais os principais pleitos do município, atualmente?

Hoje, o clamor é por segurança. No entanto, outras áreas precisam de ajuda do Governo. Por exemplo, ajuda aos moradores dos povoados, que sofrem com a seca. Precisamos de carros para fornecer água para o consumo humano e para os animais, pois os três da Prefeitura são insuficientes. A reabertura do Hospital também é importante para atender as urgências. Emprego também é muito cobrado depois do fechamento da Azaleia. O Governo tem o galpão e já pedimos, mas até agora nenhuma fábrica nova para gerar empregos foi instalada, infelizmente. Outra necessidade é o reparo das rodovias estaduais que cortam o município, a limpeza dos tanques que estão secos, entre outros.

 

Modificado em 18/02/2017 20:59

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