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Flamengo e a necessidade de ajustes para ir do cheirinho à verdade factual das conquistas

Por Joedson Telles

Ao empatar com o Coritiba, ontem, no Maracanã, o Flamengo, praticamente, oficializou o Palmeiras campeão do Brasileirão 2016 – apesar de o Santos ainda ter uma luzinha acesa. O Flamengo joga suas duas últimas partidas no campeonato para saber se fica em segundo ou em terceiro lugar, mas já garantiu presença na Taça Libertadores da América, em 2017.

Mesmo sem ser campeão, o Flamengo dá um salto altíssimo para quem, nos últimos Campeonatos Brasileiros, misturava o clima do Natal com a preocupação de continuar na primeira divisão. Para quem vivia o drama de defender o título virtual de nunca ter sido rebaixado para a segunda divisão – como foram Vasco, Fluminense, Botafogo, Corinthians, Palmeiras e tantos outros.

O Flamengo, portanto, está em crescimento. A briga este ano foi na parte de cima da tabela. Além dos resultados positivos dentro de campo, mesmo com um elenco caro, o time tem suas contas equilibradas. Organizado financeiramente, o Flamengo está no caminho certo. Agora, é preciso corrigir algumas falhas para que a Taça Libertadores não tenha o mesmo desfecho que o Campeonato Brasileiro. Torcedor é o oposto de Jó da Bíblia: quer todos os títulos para ontem.

Para corresponder às expectativas da sua grandeza, em 2017, o Flamengo precisa manter seus melhores jogadores e contratar mais dois ou três pontuais. Precisa escalar, de fato, quem joga mais bola, inclusive abrindo espaços para os garotos da base, e ainda se desfazer daqueles jogadores que, comprovadamente, não têm condições de vestir o manto.

Também precisa contratar um treinador experiente e à altura do time. Um treinador que enxergue no elenco os melhores e os escale. Que saiba mexer durante as partidas para melhorar o time, e não para derrubá-lo. O atual treinador não é ruim, mas sentiu o peso e cometeu erros primários e imperdoáveis. Os jogos contra o Corinthians, Inter e Atlético Mineiro foram alguns emblemáticos.

Por fim, o Flamengo precisa resolver os problemas que, hoje, o impede de jogar, em 2017, no Maracanã. Se um time pequeno necessita de um estádio para mandar seus jogos, imagine um gigante como o Flamengo, dono da maior torcida do Brasil? É inconcebível. Nem se discute isso.

Se o Flamengo observar os pontos expostos, seus rivais enfrentarão um time muito mais forte, em 2017. Terá, portanto, bem mais chance de transitar do cheirinho à verdade factual das conquistas.

Todavia, se insistir nos erros primários, não tem Papa que resolva. O Flamengo dará aos adversários o gostinho da nova gozação. Ainda que estejam abaixo na tabela de classificação ou mesmo na segunda divisão, os adversários tirarão sarro com os flamenguistas. E não sem razão. Pense numa torcida enjoada quando o time ganha…

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