Jackson sente a obrigação dele mesmo cuidar da imagem do seu governo na imprensa

Por Joedson Telles

O governador Jackson Barreto voltou a conceder uma entrevista ao radialista Gilmar Carvalho, na Mix FM, na manhã desta segunda-feira, dia 21. De trivial, a atenção do político ao comunicador – e vice-versa – ganha contornos diferentes quando se observa quantas vezes Jackson Barreto colocou a cara na TV ou a inconfundível voz no rádio nos últimos dias. Foram várias entrevistas. Jackson anda inquieto.

Não é comum o chefe do Poder Executivo precisar ele mesmo, em carne e osso, conceder uma entrevista atrás da outra, cuidando da imagem do seu governo – exceto quando é candidato e os objetivos são outros. Mas não é o caso de Jackson. O Jackson de hoje é um Jackson, visivelmente, preocupado com a sua imagem e com a imagem do seu governo. Suas intervenções deixam isso evidente. Dizem com eloquência. Espelham sua insatisfação com seu próprio governo.

A ficha pode ter despencado. Jackson parece entender que seu governo é ruim, mas pode melhorar. Ou talvez pense que não seja tão ruim, mas não consiga persuadir do contrário. E, assim, deixa nas entrelinhas enxergar que amigo não é aquele que balança a cabeça como lagartixa mesmo diante de um equívoco. Mas aquele que respeita sua palavra final, mas deixa claro não comungar com o que acha errado.

Seria inteligente também da parte de Jackson Barreto meditar diante das críticas lúcidas que poucos têm a coragem de fazer ao seu governo, temendo se desgastar. Tais críticas devem funcionar como termômetro para se buscar acertos que beneficie o coletivo. Aliás, função de qualquer gestor…

… Jackson anunciou que não quer esperar fevereiro do ano quem vem, como havia dito antes, para promover uma reforma no seu secretariado. O fará até o Natal. Quer que a coisa comece a funcionar em janeiro de 2017. Está correto. Já perdeu tempo demais.

Assim como qualquer pessoa que fala em acertar, o governador Jackson Barreto precisa do voto de confiança de todos, neste momento. Seu governo errou? Até aqui muito. Ele escalou o time, algumas peças não corresponderam, mas houve insistência. Todavia, quando um governador fala em mexer no seu secretariado está dando o primeiro passo para começar a arrumar a casa.

Ainda restam dois anos, ao menos na teoria, para o final do governo Jackson Barreto, que dificilmente, terá outra chance de governar o Estado por vários motivos. A depender da profundidade das mudanças que fará em seu secretariado, das novas caras, Jackson poderá melhorar a imagem do seu governo e minimizar estragos. Queira Deus até superar expectativas. O que for bom para o coletivo, precisa ter o apoio de todos.