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Fábio Reis, por pouco, não tomou o DEM de João Alves

Por Joedson Telles

Depois de anos e anos dando as cartas no DEM em Sergipe, o ex-governador João Alves Filho, por muito pouco, não levou um chapéu. Há poucos dias, o deputado federal Fábio Reis esteve bem pertinho de deixar o PMDB do governador Jackson Barreto para comandar o antigo PFL. A costura chegou a ser iniciada pelo presidente da Câmara Federal, o deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ), que é ligado a Fábio Reis, e só foi desfeita quando João Alves entrou em cena e fez valer, junto aos caciques do DEM, sua história. Evidentemente, pesou também o prestígio da senadora Maria do Carmo Alves, mas Fábio Reis mandou a bola na trave. 

Como a política é tão dinâmica que já foi definida como uma nuvem, que a pessoa fita, desvia o olhar e quando volta a fitar já não a enxerga mais no mesmo lugar, Fábio Reis pode conseguir a chamada reviravolta, e passar a construir os destinos do DEM em Sergipe. Aliás, este era (é?) o projeto dos Reis. Uma vez Fábio Reis consiga “tomar” o partido João Alves, filia, automaticamente, entre outras pessoas, o ex-deputado e seu irmão, Sérgio Reis.

A ideia é, com o DEM em mãos, tentar construir uma pré-candidatura de vice-governador do Estado numa suposta chapa encabeçada pelo atual vice-governador Belivaldo Chagas – e apoiada, óbvio, pelo governador Jackson Barreto. A dobradinha tanto poderia (pode?) ser Balivaldo e Fábio como Belivaldo e Sérgio, a depender de “alguns detalhes”. Quem dos irmãos ficasse fora da chapa disputaria a Câmara Federal. Hoje, esta segunda opção estaria mais para Fábio Reis.

Os Reis (e registre-se que ainda há a deputada estadual Goretti e o ex-prefeito Jerônimo) precisam do DEM para colocar o projeto em prática pelo fato de Belivaldo Chagas também ser filiado ao PMDB. O chamado “puro sangue” não está em pauta. Só daria discurso aos concorrentes aliados: PSD, PRB e PT, que até ameaçam deixar a aliança, caso não ocupem, cada um deles, uma vaga na chamada majoritária.

Sem falar que, se o projeto “puro sangue” acabasse sendo viável, há concorrência pesada dentro da própria legenda em se tratando de representar como vice – como, por exemplo, o presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe, o deputado Luciano Bispo.

Por sua vez, o ex-governador João Alves, apesar da eterna vontade de voltar a governar Sergipe pela quarta vez, não lutou em causa própria. Ele não parece reunir grupo político, condições financeiras, para custear uma campanha deste porte, e nem saúde para, como ele costuma dizer, “gastar sola de sapato” por todo o estado.

O trabalho para não perder o comando do DEM está bem mais harmônico não só com os sentimentos da senadora Maria do Carmo, mas também, e, sobretudo, com o desejo da jornalista Ana Alves, filha do casal, que sonha em ser eleita deputada federal pela legenda. A primeira pedra já foi removida. Outros obstáculos, contudo, emergirão até o eleitor ir à urna decidir o jogo.

Modificado em 25/07/2017 00:42

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