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Fábio Mitidieri e a eleição para prefeito de Aracaju

Por Joedson Telles 

Durante uma entrevista concedida à radialista Magna Santana, na Fan FM, o governador Fábio Mitidieri ratificou o sentimento da maioria do seu agrupamento: o momento não é para discutir as eleições de Aracaju. Muito menos para a definição do nome do candidato majoritário. Discurso tão afinado que até pareceu o prefeito Edvaldo Nogueira falando.

O governador, entretanto, salientou que “se tivermos sabedoria e inteligência, vamos marchar juntos; e, quando marchamos juntos, já mostramos nossa força. Se marchar rachado, corre-se um risco e não sei se há a necessidade disso”. Mandou bem.

Atitude de um líder que zela pela unidade dos seus liderados essa de Fábio Mitidieri. Ele e quem acompanha a política têm ciência da força deste bloco, desde a eleição do saudoso Marcelo Déda para o Governo do Estado, em 2006.

É verdade que houve uma renovação e, por exemplo, o PT não “marcha” mais com o bloco, para usar o mesmo verbo do governador. Do mesmo modo, o PSB tomou outro rumo.

Todavia, o chamado agrupamento governista permaneceu forte, sobretudo com o crescimento do PSD – do ex-governador Belivaldo Chagas, do atual Fábio Mitidieri e do presidente da Assembleia Legislativa, Jeferson Andrade -, do PP, que elegeu senador Laércio Oliveira,  e do PDT com a filiação do prefeito Edvaldo Nogueira.

Compute-se ainda o Republicanos, com destaque para o deputado federal Gustinho Ribeiro, o surgimento e a adesão ao bloco do União Brasil, comandado em Sergipe pelo ex-deputado federal André Moura, e dos desembarques do senador Alessandro Vieira (MDB) e da Delegada Danielle Garcia, entre outros políticos com densidade eleitoral. Sem falar de uma possível reaproximação do PT.

Líder maior do agrupamento, Fábio sabe das dificuldades de manter a coesão num bloco tão numeroso. São muitos interesses juntos. Alguns conflitantes, como é o caso, por exemplo, de querer ser escolhido internamente para disputar a eleição para a Prefeitura de Aracaju.

O fato de a indicação do nome ser feita, segundo um acordo de cavaleiros, pelo prefeito Edvaldo Nogueira não diminui a responsabilidade do governador, que além de chancelar politicamente terá que manter a harmonia entre aliados, evitando, inclusive, outras perdas.

Como o próprio Fábio Mitidieri externou, “se o bloco marchar rachado, corre-se um risco e não há a necessidade disso”. Ou seja, é preciso habilidade para evitar este possível “racha”. Perspicácia para administrar os interesses pessoais, canalizando-os para o bem do agrupamento, e, sobretudo, de Aracaju.

Modificado em 27/09/2023 11:16

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